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sábado, 22 de junho de 2019

Genocídio indígena dos EUA um ato que jamais será esquecido



O Genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos durante o século XIX, que resultou no massacre de milhões e na destruição irreversível de várias culturas, disfarçado sob a máscara de uma guerra justa, ou guerra indígena, teve características próprias, que diferem o que aconteceu nos Estados Unidos do que aconteceu no restante da América de uma forma dramática. A limpeza étnica do oeste americano tornou-se política oficial do governo americano, que passou a declarar guerra às tribos indígenas sob qualquer pretexto, mesmo quando a origem dos conflitos devia-se a agentes externos ...
e não aos nativos. Assim os apaches foram destruídos pela ação do exército americano após a entrada de mineiros e bandidos no que era legalmente território dos apache. A eliminação dos índios também foi defendida por dificultarem o trabalho dos empreiteiros e empresários de ferrovias que construíam e cortavam suas terras com a nova malha viária, ou como uma forma de se desobstruir o solo das planícies, destruindo suas culturas de subsistência, substituídas por lavouras comerciais em contato com os mercados consumidores através do novo sistema ferroviário. Os indígenas foram paulatinamente empurrados pelo governo americano para territórios cada vez mais áridos, inférteis, isolados e diminutos. O antigo "Território Indígena", que cobria a superfície de 4 estados da União, acabou sendo abolido e trocado por pequenas e esparsas reservas indígenas.

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Estimam-se mais de 25 milhões de índios na América do Norte e cerca de 2 mil idiomas diferentes. Ao fim das chamadas "guerras indígenas", restavam 2 milhões, menos de 10% do total. Para o etnólogo americano Ward Churchill, da Universidade do Colorado, esse mais de um século de extermínio e, particularmente, o ritmo com que isso ocorreu no século XIX, caracterizaram-se "como um enorme genocídio, o mais prolongado que a humanidade registra".

O genocídio nos EUA foi um processo claramente controlado e impulsionado pelo governo dos EUA, com o apoio declarado dos setores que deslumbravam a possibilidade de lucros com o extermínio generalizado dos índios e sua substituição por áreas integradas ao sistema de comércio, que renderia dividendos a banqueiros, fazendeiros, industriais das ferrovias e implementos agrícolas e outros capitalistas.
Genocídio nos EUA em comparação com os genocídios latino-americanos

Os genocídios indígenas abaixo do Rio Grande em sua ampla maioria foram frutos das ações particulares locais e descoordenadas: fazendeiros que ampliavam seus domínios de terras e servos (América Espanhola) ou escravos (Brasil) e que para tanto precisavam destruir a população nativa.

Quando o Estado tomou as rédeas do processo de extermínio, sempre pretendeu caçar um único grupo ou tribo, perfeitamente definido quanto à etnia e ao território, como o decreto contra os botocudos elaborado por D. João IV, ou as guerras contra os Kaigang em Guarapuava, ou a questão dos índios araucanos no Chile e os mapuches na Argentina. Muitas vezes a pretensão tanto de particulares como de governos era não o extermínio completo das tribos, mas a sua interiorização e afastamento das novas áreas arrancadas à civilização ocidental, como foi o caso das investidas mexicanas contra os apache logo após a independência em 1821 - situação bem diferente da dizimação imposta pelo exército dos EUA poucos anos depois, principalmente dos índios navajo, que quase desapareceram por completo.

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Nos EUA o extermínio foi preferencialmente obra de particulares até o século XIX. Durante dois séculos, os colonos que arranhavam a costa leste precisavam se defender das incursões indígenas – em que algumas tribos que se auto-identificavam como guerreiros violentos, pretendiam apagar os primeiros núcleos colonizadores – o que de fato fizeram no século XVI. A expansão da fronteira para regiões densamente habitadas por índios, como Albany, na segunda metade do século XVIII, empurraram a participação dos colonos das Treze Colônias na Guerra dos Sete Anos, uma vez que os indígenas se cindiram entre aqueles que estavam com os franceses e aqueles que estavam com os ingleses e os colonos.

As ações do governo estadunidense se dirigiam para um limpeza étnica geral e irrestrita quanto aos grupos indígenas. Já não faziam mais distinção entre os grupos amistosos ou mesmo aliados e os mais hostis e agressivos.


O extermínio foi feito através da disseminação de doenças ou de longuíssimas marchas forçadas, ou marchas da morte, que atravessavam um ou vários estados inteiros da União, nas quais todos os índios – crianças de colo, mulheres, idosos, enfermos - eram obrigados a fazer, e muitos morriam aos milhares pelo caminho. Essas marchas se destinavam às reservas delimitadas pelo governo americano, que eram os piores pedaços de terra de todo o país, que simplesmente não encontrariam interessados do Homestead Act de 1862, que eram também diminutas, onde muitos índios iriam simplesmente morrer de inanição ou com o impacto de morar em um clima e local totalmente estranhos ao que conheciam, sem que tivessem qualquer tecnologia para se adaptar às novas condições. Esses locais não deviam nada aos campos de trabalho forçados no meio do nada criados por Stalin, ou aos campos de concentração nos Estados Unidos (que seriam recriados para aprisionar toda a população de ascendência nipônica nos EUA durante a Segunda Guerra). O extermínio ocorreu também por matança pura e simples, através de ataques ocasionais ou grandes operações de limpeza étnica empreendidas pelo exército, ou ainda nesse critério, através de ações de subsídios e gratificações para os particulares que se unissem ao esforço de extermínio, como pagamentos por cada índio morto.

A ideologia por detrás desse processo tinha um esteio bem evidente no darwinismo social e na eugenia, que, no século XX, dariam origem ao nazismo e ao holocausto.

Os genocídios promovidos pelos ingleses contra os colonos holandeses bôeres em 1903 ou os dos alemães contra tribos da atual Namíbia em 1907 (genocídio dos hererós e namaquas) tiveram como primeiro laboratório a política oficial do governo americano para a questão indígena. A posição de que eles deveriam dar lugar para que povos mais civilizados tirassem proveito dos recursos naturais ficava evidente nos discursos dos presidentes dos EUA.

Apesar de ser muito conhecida, a carta escrita em 1854, ao presidente dos Estados Unidos, pelo chefe Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, depois que do Governo norte americano ter proposto a compra do território ocupado por aqueles índios, é uma exceção à regra. Em geral não havia oferta monetária ou qualquer outra, exceto a troca compulsória de terras vastas e férteis por pequenas reservas estéreis, pedregosas e áridas. Algo parecido foi feito com o povo filipino durante a Guerra Filipino-Americana e o Genocídio Filipino que se seguiu.

“ Tentamos correr, mas eles nos alvejavam como se fôssemos búfalos. Sei que há alguns brancos bons, mas os soldados deviam ser maus, para disparar contra crianças e mulheres. Soldados índios não fariam isso contra crianças brancas. ”

A limpeza étnica nos EUA foi contundente uma vez que não havia a escapatória de assimilação e mestiçagem, seguida de uma política de branqueamento, que foi largamente empregada na América Latina. A população branca não deveria se misturar aos índios, o que poderia enervá-la e torná-la decadente, como considerava-se decadentes povos que se miscigenaram, nem que fosse nas altas esferas, como a China da ultima dinastia Manchu. Por isso, sua desaparição física tinha que ser clara.

O governo dos Estados Unidos começou a exterminar populações indígenas inteiras, em eficientes operações de limpeza étnica, a começar com a temível varíola, contaminada em roupas e lençóis, que eram distribuídos entre estas comunidades, juntamente com os inúmeros conflitos criados pelo governo norte americano, onde o winchester dos soldados ianques falava mais alto. Os indígenas sobreviventes eram confinados em reservas cada vez menores e impróprias ao seu modo de vida, e aqueles que impunham qualquer resistência eram sumariamente executados.

Ações genocidas

Os Cheyenne, por conta das marchas da morte as quais foram obrigados a realizar pelo governo americano, como a Trilha das Lágrimas, enfrentaram outros extermínios. Em novembro de 1864 houve o Massacre do Riacho de Areia, onde foram mortos mais de cem Cheyenne que estavam sob os cuidados do grande chefe Chaleira Preta. Este brutal ato de genocídio e as mutilações que se seguiram contra os indígenas, fizeram com que os Cheyenne não tivessem alternativa, a não ser entrar em constantes guerras com soldados e colonos ianques, o que causou quase a extinção desta tribo.

Em 1874, o ouro foi descoberto nas Terras Sagradas dos Sioux e Cheyenne, em Black Hills, e em poucos dias milhares de garimpeiros invadiram as terras indígenas. As batalhas entre garimpeiros e indígenas foram sangrentas e, para garantir a extração do ouro, o governo norte-americano resolveu expulsar os Sioux de suas terras e levá-los para as reservas. Touro Sentado recusou-se a ir e o exército ianque foi mobilizado para remover o grande chefe Sioux e seu povo da região. Tatanka Iyotake viria a se tornar o famoso chefe Touro Sentado, imortalizado pelo cinema e seriados de TV, nasceu em 1831, nas proximidades do Grand River, em Dakota, na tribo Hunkpapa, da linha Sioux. Era curandeiro.

As rotas das tribos Choctaw, Seminole, Muscogee/Creeks, Chickasaw e Cherokee nas remoções indígenas no sudeste americano

Ameaçado pelo exército dos Estados Unidos, e cansado das invasões dos homens brancos às suas Terras Sagradas em Black Hills, Touro Sentado e Cavalo Louco, ou Tashunkewitko, convocou os guerreiros Sioux, Cheyenne, Arapaho, Hunkpapas, sans arc, pés pretos, Miniconjou, Brule, Oglala, kettles e arikara para seu acampamento no vale de Little Bighorn, para lutarem juntos e defenderem as suas terras e famílias, contra a expedição de Custer, para quem índio bom era índio morto.

Cavalo Louco, nascido em 1842, em 1866, havia participado do massacre do Capitão William J. Fetterman e sua tropa de 80 homens perto de Fort Kearny (hoje no Nebraska e na altura no território do Wyoming), e que foi considerada a pior derrota que o exército norte-americano sofreu nas mãos dos índios naqueles tempos.

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A morte de Custer, nove dias antes da celebração do primeiro centenário do nascimento dos Estados Unidos da América, mobilizou a opinião pública norte-americana, os jornais e os membros do Congresso para alavancarem o extermínio indígena. Um exército que compreendia dez soldados para cada combatente indígena, foi enviado para o território que compreende o que hoje são os estados da Dakota do Sul e do Norte, Montana e Wyoming, limpando os indígenas destas terras.

Em 1890, Touro Sentado retornou de seu refúgio no Canadá para vincular uma profecia de que um dia todos os combatentes indígenas mortos retornariam e expulsariam os homens brancos da terra roubada. No mesmo ano aconteceu o massacre de Wounded Knee, realizado pela Sétima Cavalaria, que barbaramente assassinou 250 indígenas, na sua maior parte mulheres e crianças.

Em 1830, o presidente Andrew Jackson determinou a remoção de várias tribos, Cherokee, Chickasaw, Choctaw, Creek e Seminole, entre os anos de 1831 e 1838, das mais ricas terras do sudeste americano, para míseras reservas a milhares de quilômetros de onde moravam, tendo que cumprir o trajeto – sob pressão dos militares americanos – a pé. Só entre os Choctaws, entre 2.500 e 6.000 morreram durante a remoção.

Em média, 1/3 da população morreu apenas para conseguir fazer a travessia épica.[2] Por isso esse acontecimento passou para a história como a Trilha das Lágrimas.

O estado da Geórgia desejava obter o direito de dispor das terras indígenas demarcadas por tratados dos tempos coloniais para poder entrega-las à especulação de terras. No desejo de fazê-lo o mais rápido possível, enviou corretores e agiotas para as terras indígenas para fazerem demarcações e loteamentos antes mesmo que os índios fossem obrigados a abandonar o local.

De 1871 a 1934, um modelo de atribuição de terras aos índios foi implementado pelo governo federal norte-americano.
Viveu-se uma política de assimilação forçada (allotment period and forced assimilation); crianças indígenas eram punidas nas escolas por usarem trajes típicos, por praticarem cerimonias tribais, pelo uso da língua nativa; o mote dava-nos conta de que tradições tribais eram inimigas do progresso. Para que a política oficial do governo americano, do tempo de Washington e Adams , quando os índios eram necessários como patrulheiros e soldados, fosse substituída, era necessário que os índios fossem parar no limbo do formalismo jurisprudencial de meados do século XIX.

A força de um guerreiro está em sua mente:

À luz de reflexão mais profunda, o momento transita com as complexidades jurídicas de acomodação de ideais democráticos e elementos decorrentes e sub-produtos do capitalismo; tratados eram assinados, mas jamais foram honrados; negava-se cidadania, negava-se também estado político autônomo, sob retórica protecionista, trilha sonora de inegável homicídio. A opinião do juiz Marshall, do Suprema Corte dos Estados Unidos, que analisou o caso, centrou uma dubiedade que matizava sua linha de pensar. Desenvolve raciocínio simpático aos índios que na conclusão despreza, ao não aceitá-los como nação livre e independente, reduzindo-os a grupos domésticos e dependentes.

O assassinato em massa dos povos indígenas americanos


2016 - Como de costume, no dia 27 de Janeiro de cada ano é celebrado o Dia da Memória para comemorar os judeus deportados e mortos pelo regime nazista. Facto curioso: é o único "Dia da Memória", apesar dos não poucos exemplos de genocídio ao longo da História. Os meios de comunicação realçam pontualmente o martírio do povo judeu, acusando de anti-semitismo e racismo qualquer pessoa que simplesmente coloque não dúvidas mas perguntas, por exemplo acerca da legitimidade das acções de israel ou da ideologia sionista.

Pelo contrário, outros e mais extensos genocídios foram completamente removidos da consciência comum, ou, pior ainda, justificados de várias maneiras. Para tamanho e método de execução, não é minimamente possível comparar o genocídio dos judeus com aquele dos nativos americanos: apesar das dificuldades em obter números certos, não há dúvidas que desde a chegada dos primeiros europeus até o final do séc. XIX, 50 milhões de nativos morreram por causa das guerras, perda do ambiente onde viviam, mudanças no estilo de vida, doenças. Mas outros estudos apontam para 100 ou até 114 milhões de vítimas.

De acordo com o estudioso David Carrasco, em 1500 cerca de 80 milhões de pessoas ocupavam o Novo Mundo: em 1550 apenas 10 milhões de indígenas ainda sobreviviam. No México, havia cerca de 25 milhões de pessoas em 1500 enquanto em 1600 não sobravam mais de que um milhão de indivíduos.

Particularmente trágico foi o destino dos nativos da América do Norte: aqui morreram menos indígenas em termos absolutos, mas o impacto foi de longe mais devastador dado que o total inicial de nativos era bem mais reduzido. Em 1890 não sobravam mais de 250.000 indivíduos, 80 % (cerca de 1 milhão) da população original foi simplesmente exterminado.

"Dia da Memória" também para os nativos americanos? Não há.
Como

O genocídio dos nativos que povoavam a América do Norte (e que são normalmente conhecidos como índios), como vimos, começou alguns anos após a descoberta do Continente e terminou no limiar da Primeira Guerra Mundial, desenvolvido ao longo dum amplo período de tempo e dificilmente definível.

Os meios do genocídio têm sido vários: do massacre de inteiras comunidades por parte de exércitos regulares ou mercenários até a propagação intencional de doenças endémicas como a varíola. Lembramos as palavras do general britânico Jeffrey Amherst durante a revolta de Pontiac em 1763:


Fazem bem a tentar contaminar os índios por meio de cobertores em que dormiram doentes de varíola ou por quaisquer outros meios para exterminar esta raça abominável

Entre os outros métodos de genocídio havia também:

Destruição do habitat.Caça intensiva ao bisonte, fonte de sustento dos nativos.Escravização e extermínio através do trabalho.Massacres voluntários.Provocar confrontos entre tribos e grupos étnicos.Incendiar intencionalmente os frutos da terra.Transmitir de forma involuntária novas doenças (contra as quais os nativos não tinham anticorpos).Libertação deliberada de varíola como arma biológica (além dos já citados cobertores, também oferta de comida contaminada)

Esterilização forçada.Actos voluntários de provocação e sacrilégio contra membros duma tribo para desencadear uma reacção violenta.Guerra aberta, com o uso de tecnologias modernas, tais como metralhadoras.

Assassinatos secletivos de líderes carismáticos.Assassinatos deliberados de crianças indígenas capturadas.Propagação deliberada de alcoolismo entre os nativos.Transferências com marchas forçadas em péssimas condições climatéricas e higiénica.

Muitos foram também os índios que morreram em guerras entre potências europeias que ocuparam o solo americano (Espanha, Império Britânico, França) e, posteriormente, durante a guerra de independência das colónias americanas. Nestes casos, os índios que tinham escolhido servir o lado perdedor (e, infelizmente, a maioria fez essa escolha como no caso dos Franceses ou permanecendo leais ao Império Britânico) sofriam as consequências. Os colonos não perdiam nenhuma oportunidade para provocar os índios para que estes cometessem actos violentos, atraindo-os para brigas, violando os seus territórios de caça, exterminando o bisonte, vendendo-lhes álcool. Os povos indígenas destas terras tinha uma longa tradição guerreira e uma psicologia baseada no sentido de comunidade, portanto um mal feito a um membro duma tribo era para eles um acto contra a comunidade toda e desencadeava a reacção índia contra o "inimigo branco" (e essas reacções violentas contra os colonos eram na verdade muito mais perniciosas para os índios).


Outro pretexto que foi utilizado contra os índios foi acusá-los de "tradicionalismo irracional", isso é, a hostilidade deles em recusar submeter-se a costumes e tradições que não lhes pertenciam e reivindicar direitos sobre enormes porções de terra (que, de facto, sempre lhes tinham pertencido).

A tudo isso era adicionada a ideia de que a história humana é feita de choques de civilizações e, portanto, uma sociedade mais "avançada" e mais poderosa tem o direito legal de utilizar qualquer meio contra culturas mais "fracas"; assim os índios, considerados inferiores aos anglo-saxónicos, não tinham o direito de impedir o desenvolvimento do futuro Estado americano.

Outro aspecto que pesa sobre a questão do genocídio na América do Norte é que os índios, ao contrário de outros casos semelhantes, não abdicaram passivamente dos direitos deles mas reagiram enfrentando corajosamente a violência dos colonizadores com continuas tentativas de libertação, compensando com astúcia e habilidade a enorme diferença de forças no campo, conseguindo não poucas vezes derrotar os adversários.

Como muitas vezes acontece, infelizmente, aqueles que reagem à violência com violência são vítimas do hipócrita pensamento pacifista, pelo que não é raro ver os nativos americanos no papel de "maus", de guerreiros sanguinários; e "normal" e "justificada" parece a reacção dos colonialistas. Até poucas décadas atrás, Hollywood alimentava este quadro com produções historicamente absurdas nas quais os índios eram invariavelmente os maus da fita.

Porquê

Nos presentes dias deveria ser analisada a razão pela qual um evento tão trágico (e bem pior de outros "holocaustos") recebe muito pouca atenção por parte das supostas "mentes abertas" da civilização moderna. E isso apesar dos índios ainda representarem uma das faixas mais desfavorecida da população dos Estados Unidos. O rendimento médio semanal duma família indígena é de 30 Dólares (média nacional: 130 Dólares); a expectativa de vida é de 42 anos (média nacional: 67 anos); uma taxa de suicídio e de mortalidade infantil respectivamente 5 e 10 vezes a média nacional; 45% dos habitantes das reservas estão desempregados e 42% deles são analfabetos.

Ao mesmo tempo, os territórios das reservas são ricos em matérias-primas: 80% do urânio, 40% do petróleo, 75% do carvão extraídos em todos os EUA vêm das reservas, mas a exploração desses recursos é a prerrogativa de vinte grandes empresas, enquanto aos índios são reservadas apenas pequenas comissões. Para aqueles que procuram uma fuga das reservas, a situação não melhora: tristes realidades dispersas na degradação urbana, poucos recebem ofertas para um emprego estável, a maioria vive marginalizada e desprezada, os descendentes das antigas tribos tornam-se alvo de drogas, alcoolismo e criminalidade. Não é possível não realçar o enorme contraste com a comunidade judaica, cujos membros têm agora importantes posições institucionais em muitos órgãos políticos e económicos, tanto ao nível nacional quanto naquele internacional; são donos de bancos, corporações, multinacionais, rádio, jornais e televisão.


Se compararmos a área-símbolo da comunidade judaica internacional, ou seja o Estado de israel, com as pobres e exploradas reservas indígenas, o contraste é impressionante. E aqui pode ser encontrada a razão do esquecimento geral, pois tudo pode ser reconduzido a um mero cálculo económico e geopolítico por parte das potências imperialistas: lembrar o genocídio dos índios em nada favorece nem gera lucros, enquanto o genocídio judeu é útil para tais fins. Todas estas razões são necessárias não apenas para entender o porquê do genocídio dos nativos americanos ficar "atrás" em relação a outros; mas também para entender que o holocausto dos indígenas da América do Norte ainda não acabou.

Holocausto Americano. Genocídio dos índios americanos


2015 - Hitler é um filhote de cachorro em comparação com os "conquistadores da América. " O que não é ensinado nas escolas americanas: como foi o resultado do Holocausto do Índio Americano, também conhecido como "os quinhentos anos da guerra" e esse é o "O Holocausto mais longo na história da humanidade", foi destruído 95% dos 114 milhões de habitantes indígenas do atual território dos Estados Unidos e do Canadá.

Esses assassinatos por motivos étnicos, são silenciados. Todo mundo sabe sobre o Holocausto, o genocídio dos judeus, mas sobre os índios ... ? Pessoas foram mortas apenas porque eram índios! Mais de meio século após a descoberta da América por parte da população local eles não eram considerados como seres humanos e sim como animais. Baseado no fato de que os índios não são mencionados na Bíblia. Então, eles não estavam lá.

O conceito dos campos de concentração de Hitler, ele deve muito ao estudo do Inglês e da história dos Estados Unidos. Ele admirava os campos para os Boers na África do Sul e para os índios no Velho Oeste, e muitas vezes em suas imediações elogiou a eficácia da destruição da população indígena das Américas, os selvagens vermelhos que não podem ser capturados e domesticados, combate desigual e fome.

Os Estados Unidos se recusaram a ratificar a Convenção da ONU sobre Genocídio. E não é para admirar. Muitos aspectos do genocídio foram implementadas sobre os povos indígenas da América do Norte.


O termo vem do Genocídio Latina (genos - raça, tribo, cide - assassinato) e literalmente significa a destruição ou a destruição de uma tribo inteira ou nação. O Dicionário de Inglês Oxford define genocídio como "o extermínio deliberada e sistemática de grupos étnicos ou nacionais", e refere-se ao primeiro uso do termo na Raphael Lemkin sobre as ações dos nazistas na Europa ocupada. Pela primeira vez o termo foi documentado e usado nos julgamentos de Nuremberg como um descritivo e não um termo legal. Genocídio é geralmente refere-se à destruição de uma nação ou grupo étnico.

A lista de política dos EUA do genocídio incluem: destruição em massa, guerra biológica, despejo forçado de suas casas, prisões, a introdução de produtos que não agregava valores indígenas , a esterilização cirúrgica forçada das mulheres locais , proibição de realização de serviços religiosos, etc...

A decisão final

"solução final" do problema dos índios da América do Norte se tornou um modelo para posterior Holocausto judeu e o apartheid Sul-Africano.

Mas por que o maior holocausto é escondido do público? Será que é porque ela durou tanto tempo que se tornou um hábito? É significativo que as informações sobre o Holocausto foram deliberadamente excluídas do conhecimento e da consciência dos habitantes da América do Norte e ao redor do mundo.

A Assembléia Geral da ONU adotou o termo em 1946. A maioria das pessoas tendem a associar com o genocídio o assassinato em massa de indivíduos específicos. No entanto, em 1994, a Convenção das Nações Unidas sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, genocídio é descrito pela morte direta de pessoas, como a destruição e a destruição da cultura. O artigo II da Convenção enumera cinco categorias de atividades, que são dirigidos contra a grupos nacionais, étnicos, raciais ou religiosos específicos, que devem ser considerados genocídio.



Essas categorias são:



• Homicídio de membros do grupo; 
• que causam sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo; 
• Deliberar Criar um grupo a condições de existência que acarretarão a sua destruição física no todo ou em parte; 
• medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; 
• transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

Os alunos são ensinados ainda que nas grandes áreas da América do Norte, elas eram desabitadas. Mas antes da chegada dos europeus eram uma "cidade" próspera do Índio Americano. Na Cidade do México, que abrigava uma grande população maior que uma cidade da Europa. As pessoas eram saudáveis ??e bem alimentadas. Os primeiros europeus ficaram surpresos.Os produtos agrícolas cultivados por povos indígenas ganharam reconhecimento internacional.

Ao contrário do pós-guerra na Alemanha, América do Norte se recusa a reconhecer como genocídio a destruição dos índios. Autoridades na América do Norte não querem admitir que foi e continua a ser um plano sistêmico para destruir a maior parte da população indígena.

"Nós reconhecemos que crianças indígenas perdem a sua resistência natural à doença nessas escolas próximas, e que eles morrem a taxas muito mais elevadas do que em suas aldeias. Mas isso por si só não é uma razão para mudar a política deste departamento destinada a uma solução final do nosso problema índio ".

Colonização européia das Américas mudou para sempre a vida e a cultura dos nativos americanos. Nos 15-19 º séculos, seus assentamentos foram destruídos, as pessoas exterminadas ou escravizadas.

Marlon Brando em sua autobiografia dedica várias páginas para o genocídio dos índios americanos:
"Depois de suas terras foram tomadas a partir deles, os sobreviventes foram levados para reservas, e o governo os enviou missionários que tentaram forçar os índios a se tornarem cristãos. Depois eu me interessei por índios americanos, descobri que muitas pessoas nem sequer considerá-los seres humanos.

Em 1864, o coronel do Exército norte-americano chamado John Shevinton, disparando em aldeia indígena disse que as crianças indígenas não devem ser poupados por causa de piolhos. Ele disse aos seus oficiais: "Eu vim para matar índios, e eu penso que é dever e honrado. E você deve usar qualquer meio, debaixo do céu de Deus para matar os índios. "
Os soldados cortavam as vulva das mulheres indias e seios para fazer bolsas , cachorros eram alimentados com pedaços de crianças, eles mostravam como troféus narizes, orelhas e couro cabeludo de índios mortos no Denver Opera House. Educação, devoto cultural e civilizador que mais dizer?

CULTURA

A cultura é a expressão da criatividade humana, e inclui praticamente todas as suas atividades: linguagem, música, arte, religião e cura, a agricultura, estilos de cozinha, instituições de regulação da vida social. A colonização não só mata os índios. Ela mata-los espiritualmente. Colonização distorce relações, destrói e corrompe relacionamento existentes. Quase simultaneamente com a destruição física das tribos inteiras que perseguem uma estratégia de assimilação de crianças indígenas.

Os Jesuítas construíram fortes, em que a juventude indígena foi presa, onde eram incutidos valores cristãos e forçados ao trabalho físico duro. A educação é uma ferramenta importante em mudar não só a língua, mas também a cultura dos jovens. O fundador da Escola Industrial indiano em Carlisle, Pensilvânia, capitão Richard Pratt, em 1892, descreveu a filosofia de sua escola: "Mate o indio para salvar o homem." Crianças em idade escolar foram proibidos de falar sua língua nativa, eles foram obrigados a usar uniformes, cortar o cabelo e cumprir com disciplina rígida. Várias crianças nativas americanas foram capazes de escapar, enquanto outros morreram de doença, e alguns morreram de saudade.

Esta perda da identidade cultural leva ao suicídio e violência. O aspecto mais prejudicial de alienação é a perda de controle sobre seu destino, sobre suas memórias de seu próprio passado e futuro. A introdução forçada do pensamento colonial nas mentes dos filhos de índios americanos serviu como meio de violar transmissão cultural entre gerações, genocídio cultural, usado pelo governo dos EUA como outro meio seleção de terras de índios americanos

O governo dos EUA proclamou um extermínio em grande escala do bisonte no século 19 levou à destruição quase completa desses animais. Este golpe foi doloroso para os índios, para quem a carne de búfalo é um alimento básico. Da fome que foi projetada pelos americanos que matou muitos nativos. Ex: Inverno 1880-1887 anos tornou-se faminto para tribos indígenas, com uma alta taxa de mortalidade.

O US General Philip Sheridan escreveu: "caçadores de búfalos fez nos últimos dois anos mais para resolver o problema agudo dos índios do que todo o exército regular nos últimos 30 anos.

O extermínio geral do búfalo atingiu o seu pico nos anos 60 do século XIX, quando a construção da ferrovia transcontinental. Que também eram mortos por diversão.

O mais famoso foi contratado pela administração da ferrovia "Kansas Pacific reylueyz" foi o caçador Buffalo Bill, que matou milhares de búfalos.

Hollywood não se cansa contar história mentirosas e fazer romances baratos. O herói nacional William Frederick Cody, melhor conhecido como Buffalo Bill, durante dezoito meses (1867-1868), sozinho, matou a 4280 buffalos. Pior que esse lixo é glorificado , por exemplo, na Wikipedia, veja só que ridículo (ele serve como a cuidar do fornecedor), ele supostamente fornecia aos trabalhadoresda estrada de ferro alimentos.

Os norte-americanos perceberam que os índios ainda permaneciam em grande quantidades eles maciçamente o conduziam sobre a i nfame "Trail of Tears" em campos de concentração chamadas de (reservas). Fonte: O Arquivo



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Xingu - 2012

Sinopse: Anos 1940. Três jovens irmãos decidem viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio (João Miguel), 26, e Leonardo (Caio Blat), 24, os Irmãos Villas-Bôas, alistam-se na Expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo eles se tornam chefes da empreitada, envolvendo-se na defesa dos povos indígenas e de suas diversas culturas, registrando tudo num diário batizado de A Marcha para o Oeste.





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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Experimento inverte o sentido do fluxo de calor e do tempo causando repercussão no meio científico


Inversão do calor e do tempo

Um experimento crucial e que causou grande repercussão no meio científico, divulgado aqui no Site Inovação Tecnológica em Dezembro do ano passado, foi finalmente publicado por uma revista científica revisada pelos pares.

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A demora na publicação talvez possa ser explicada pelos efeitos verificados pela equipe internacional liderada por físicos brasileiros: eles inverteram o sentido do calor e, ao fazer isto, demonstraram que o conceito da seta do tempo pode ser visto como um conceito relativo, não necessariamente viajando de forma inelutável do passado rumo ao futuro.


Seta termodinâmica do tempo

O calor flui dos objetos quentes para os frios. Quando um objeto quente entra em contato térmico com um frio, ambos evoluem para uma configuração de equilíbrio. O quente esfria e o frio esquenta. Esse é um fenômeno da natureza constatado pela experiência diária e explicado pela segunda lei da termodinâmica.

Segundo essa lei, a entropia de qualquer sistema isolado tende sempre a aumentar com o tempo, até alcançar um valor máximo. A entropia é a grandeza que descreve o grau de indiferenciação de um sistema. Os sistemas isolados evoluem espontaneamente para estados cada vez mais indiferenciados.

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O experimento mostrou que correlações quânticas afetam a maneira como a entropia se distribui entre as partes em contato térmico, alterando o sentido da chamada "seta termodinâmica do tempo". Em outras palavras, o calor pode fluir espontaneamente do corpo frio para o quente sem a necessidade de se investir energia no processo, como ocorre em uma geladeira comum.

"Podemos pensar que correlações representam informações compartilhadas entre diferentes sistemas. No mundo macroscópico, descrito pela Física clássica, o aporte de energia externa pode inverter o sentido do fluxo de calor de um sistema, fazendo-o escoar do frio para o quente. É o que ocorre em um refrigerador comum, por exemplo.

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"É possível dizer que, em nosso experimento nanoscópico, as correlações quânticas produziram um efeito análogo ao da energia. O sentido do fluxo foi invertido, sem que isso tenha constituído uma violação da segunda lei da termodinâmica. Ao contrário, incorporando elementos da teoria da informação na descrição do transporte de calor, encontramos uma forma generalizada da segunda lei, desvendando o papel das correlações quânticas no processo," explica o professor Roberto Serra, da UFABC.

Invertendo calor e tempo

O experimento foi realizado com uma amostra de moléculas de clorofórmio (um átomo de hidrogênio, um de carbono e três de cloro) marcada com o isótopo 13 do carbono. Essa amostra foi diluída em solução e estudada por meio de um equipamento de ressonância magnética nuclear, similar aos empregados em hospitais para exames de imagem, mas com campo magnético muito mais intenso.

"Investigamos mudanças na temperatura dos spins dos núcleos de hidrogênio e de carbono. Os átomos de cloro não desempenharam papel relevante no experimento. Usando pulsos de radiofrequência, colocamos os spins de cada um dos núcleos de hidrogênio e de carbono em temperaturas diferentes, um mais frio, outro mais quente. As diferenças de temperatura foram muito pequenas, da ordem de dezenas de bilionésimos de kelvin. Mas as técnicas modernas possibilitam manipular e medir sistemas quânticos com extrema precisão. Nesse caso, o que se mediu foram oscilações de radiofrequência produzidas pelos núcleos atômicos," disse Serra.

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Os pesquisadores exploraram duas situações: uma em que os dois núcleos (hidrogênio e carbono) iniciavam o processo descorrelacionados e outra em que ambos estavam correlacionados de forma quântica.

"No primeiro caso, dos núcleos descorrelacionados, observamos o calor fluindo no sentido usual, do quente para o frio, até os dois núcleos ficarem na mesma temperatura. No segundo caso, com os dois núcleos inicialmente correlacionados, observamos o calor fluindo no sentido inverso, do frio para o quente. O efeito durou alguns milésimos de segundo até que a correlação inicial fosse consumida," disse.

O mais interessante nesse resultado é que ele possibilita pensar em um processo de refrigeração quântico no qual o aporte de energia externa (que é o recurso empregado nas geladeiras e aparelhos de ar condicionado para esfriar um determinado ambiente) seja substituído por correlações, isto é, por troca de informações entre objetos.

Demônio de Maxwell

A ideia de que informação poderia ser usada para inverter o sentido do fluxo de calor - vale dizer, para promover a diminuição local da entropia - surgiu na Física clássica do fim do século 19, em uma época em que nem existia uma teoria da informação.

Isso ocorreu em um experimento mental proposto por James Clerk Maxwell (1831-1879), autor, entre outras coisas, das famosas equações do eletromagnetismo clássico. Nesse experimento mental, Maxwell afirmou que, se existisse um ser capaz de conhecer a velocidade individual de cada molécula de um gás e atuar sobre ela em escala microscópica, ele poderia separar essas moléculas em dois recipientes. De um lado, colocaria as moléculas mais velozes, criando um compartimento quente. Do outro, colocaria as moléculas mais lentas, criando um compartimento frio. Dessa forma, o gás, inicialmente em equilíbrio térmico devido à mistura de moléculas rápidas e lentas, evoluiria para um estado diferenciado, portanto, de menor entropia.

A ideia de Maxwell com esse experimento mental era provar que a segunda lei da termodinâmica tinha um caráter meramente estatístico.

"O ser proposto por ele, capaz de intervir no mundo material em escala molecular ou atômica, ficou conhecido como 'demônio de Maxwell'. Era uma figura fictícia, que Maxwell inventou para apresentar seu ponto de vista. Mas, hoje, somos efetivamente capazes de atuar nessas escalas e até em escalas menores, modificando as expectativas usuais," disse o professor Serra.

O experimento que motivou o artigo agora publicado é prova disso. O estudo não reproduziu o experimento mental de Maxwell, mas produziu um resultado análogo.

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"Quando falamos em informação, não estamos nos referindo a algo imponderável. A informação precisa de um substrato físico, de uma memória. Hoje, para apagar um bit de memória de um pendrive é preciso gastar 10 mil vezes uma quantidade mínima de energia constituída pela Constante de Boltzmann vezes a temperatura absoluta. Esse mínimo de energia necessária para apagar informação é conhecido como Princípio de Landauer e, por isso, apagar informação gera calor. Aquecimento é o que mais consome a bateria dos notebooks," disse Serra.

O que os pesquisadores observaram foi que a informação presente nas correlações quânticas pode ser usada para produzir uma tarefa que, no caso, foi transferir calor de um objeto mais frio para outro mais quente, sem consumo de energia externa.

"Podemos quantificar a correlação de dois sistemas por meio de bits. Conexões entre a mecânica quântica e a teoria da informação estão criando hoje o que a comunidade científica já denominou como ciência da informação quântica. Do ponto de vista prático, o efeito estudado pode vir a ser empregado para resfriar parte de um processador de um computador quântico no futuro."
Fonte: Inovação Tecnológica

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Saiba as 10 situações sobre defesa planetária


1. Por que os asteroides colidem com a Terra?

Esses objetos orbitam o Sol exatamente como os planetas, como vêm fazendo há bilhões de anos, mas pequenos efeitos, como os "esbarrões" gravitacionais dos planetas, podem afetar suas órbitas, fazendo com que eles mudem gradualmente em escalas de tempo de mais de um milhão de anos, ou se reposicionem abruptamente se houver um encontro planetário próximo.

Ao longo do tempo, suas órbitas podem cruzar o caminho da Terra ao redor do Sol. Durante os milênios, quando um asteroide está em uma órbita que cruza a Terra, é possível que o asteroide e a Terra se encontrem no mesmo lugar ao mesmo tempo. Então acontece a colisão.

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Mas mesmo a Terra é relativamente pequena em comparação com o tamanho das órbitas dos asteroides, e é por isso que os impactos de asteroides são tão raros.

2. Há esse risco na atualidade?

Nem sempre soubemos que os impactos de asteroides eram uma possibilidade moderna. De fato, essa percepção não veio até que os cientistas começaram a provar que muitas das crateras na Terra foram causadas por impactos cósmicos, em vez de erupções vulcânicas (e, da mesma forma, as crateras na Lua). Na década de 1980, os cientistas descobriram evidências de que a extinção dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás, foi provavelmente causada pelo impacto de um asteroide. Depois da descoberta da Cratera Chicxulub, no Golfo do México, essa ideia passou a ser aceita pela comunidade científica.

Em 1994, o mundo testemunhou impactos semelhantes ocorrendo em tempo quase real, quando fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 se chocaram contra Júpiter - foi quando realmente começamos a entender que grandes impactos de asteroides ainda poderiam acontecer hoje.


3. Frequência dos impactos de asteroides


A cada dia, cerca de 100 toneladas de material espacial interplanetário chovem em nosso planeta, a maior parte dele na forma de minúsculas partículas de poeira. Pequenos detritos planetários do tamanho de grãos de areia, seixos e pedras também caem diariamente na atmosfera da Terra, produzindo os meteoros - comumente chamados de estrelas cadentes - que você pode ver em qualquer noite escura e com céu limpo. Ocasionalmente, a Terra passa por correntes mais densas de pequenos detritos liberados pelos cometas - é assim que temos as chuvas de meteoros.

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Às vezes, objetos espaciais maiores, do tamanho de cadeiras ou até mesmo do tamanho de carros, entram na atmosfera da Terra e criam meteoros realmente brilhantes, chamados bolas de fogo ou bólidos, que se desintegram conforme explodem na atmosfera.

Muito raramente, a cada poucas décadas, objetos ainda maiores entram na atmosfera, como o objeto do tamanho de uma casa que cruzou o céu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, produzindo uma bola de fogo superbrilhante e uma onda de choque que sacudiu portas e quebrou janelas.


4. Repositório Mundial de Dados de asteroides

O Centro de Planetas Menores (MPC: Minor Planet Center) tem um nome modesto, mas esse escritório tem um trabalho importante. Localizado em Cambridge, nos EUA, e operado pelo Observatório Astrofísico Smithsoniano, o Centro é o repositório mundial de todas as observações e órbitas computadas de asteroides e cometas no Sistema Solar, incluindo todos os dados sobre "Objetos Próximos da Terra" (ou NEO, Near-Earth Object).

Perigos da internet:

Um NEO inclui qualquer asteroide, meteoroide ou cometa orbitando o Sol dentro de órbitas de 30.000 quilômetros da órbita da Terra. Sempre que um astrônomo observa um NEO usando um telescópio no solo ou no espaço, ele envia suas medições da posição do objeto para o Centro de Planetas Menores.

5. Quem procura os objetos próximos da Terra?


Em 1998, a NASA estabeleceu o Programa Observações Objeto Próximo da Terra (NEOO) e tem detectado, rastreado e monitorado esses objetos desde então.

Várias equipes de astrônomos trabalham sob o Programa, ajudando a descobrir, monitorar e estudar NEOs. Os observatórios que atualmente fazem a maioria das descobertas de NEOs são os telescópios Catalina Sky Survey, no Arizona, e os telescópios Pan-STARRS, no Havaí.

Saiba e conheça:

O telescópio espacial NEOWISE, da NASA também descobre NEOs e fornece dados críticos sobre seu tamanho físico.


6. Como é calculada a órbita de um asteroide?

Os cientistas determinam a órbita de um asteroide comparando as medições de sua posição conforme ele se move pelo céu com as previsões de um modelo computacional de sua órbita ao redor do Sol. Este modelo leva em consideração todas as forças conhecidas que atuam no movimento dos asteroides, consistindo principalmente da gravidade do Sol, de todos os planetas e de alguns dos outros asteroides maiores.

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Então, para cada asteroide eles refinam o modelo de órbita - é possível calcular uma órbita aproximada com apenas três observações, mas quanto mais observações forem usadas, e quanto maior o período no qual essas observações são feitas, mais precisa é a órbita calculada e as previsões que podem ser feitas a partir dela.

7. Encontrando os grandões

O Programa de Observações NEOO da NASA começou a pesquisar para valer em 1998, quando apenas cerca de 500 asteroides próximos da Terra eram conhecidos. Em 2010, a equipe havia identificado mais de 90% dos cerca de 1.000 asteroides próximos da Terra que têm 1 km ou mais.

Grandes asteroides foram a primeira prioridade na busca porque o impacto de qualquer um deles poderia ter efeitos globais. Os programas de busca da NASA continuam encontrando alguns desses grandes asteroides a cada ano, e os astrônomos acreditam que ainda há algumas dezenas a serem encontradas.

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Por causa dos esforços da NASA, 90% do risco de impacto súbito e inesperado de um grande asteroide desconhecido foi eliminado - observe que o que foi minimizado não é a chance do impacto em si, mas a surpresa com ele.

8. Asteroides que passam perto

Você já deve ter ouvido falar de um asteroide ou cometa fazendo uma "aproximação" com a Terra. Isso acontece quando o objeto em sua órbita natural em volta do Sol passa particularmente próximo da Terra.

Não há uma regra firme sobre o que conta como "próximo", mas não é incomum que pequenos asteroides passem mais perto da Terra do que nossa própria Lua. Isso pode parecer muito próximo para nos sentirmos confortáveis, mas lembre-se que a Lua orbita a Terra a cerca de 385 mil quilômetros de distância. Se você representasse a Terra por uma bola de basquete em um modelo em escala, a Lua seria do tamanho de uma bola de tênis e estaria a cerca de 7 metros de distância. Nesta escala, um asteroide de 100 metros de largura seria muito menor que um grão de areia, ainda menor que uma partícula de poeira.

9. Estudando um objeto próximo da Terra de perto


Está em andamento uma missão da NASA chamada OSIRIS-REx, que está estudando de perto um objeto próximo da Terra - um asteroide chamado Bennu. Os cientistas calcularam recentemente que este asteroide tem 1 chance em 2.700 de atingir a Terra no final do século 22 (mais de 150 anos no futuro, por enquanto), mas não tem chance alguma de causar impacto antes disso.

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Neste momento, a OSIRIS-REx está orbitando o asteroide e estudando sua superfície para coletar uma amostra e trazê-la de volta à Terra em 2023. A sonda espacial também está estudando um fenômeno chamado efeito Yarkovsky, que é uma pequena força que desloca a órbita do asteroide levemente quando a superfície aquecida pelo Sol irradia calor de volta para o espaço.

10. Deflexão de asteroide

Os impactos de asteroides são o único desastre natural potencialmente evitável - desde que avistemos o asteroide ameaçador com tempo suficiente para lançar uma missão ao espaço para desviá-lo.

A NASA e seus parceiros estão estudando várias abordagens diferentes para desviar um asteroide perigoso. A mais avançada dessas técnicas é chamada de impactor cinético, e a missão para demonstrar essa tecnologia é a DART, sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Dois Asteroides, que está prevista para ser lançada em 2021.

Se um asteroide perigoso for encontrado uma década ou mais antes de um impacto em potencial, provavelmente haveria tempo para lançar uma missão de deflexão para o asteroide, e precisaríamos mudar sua órbita apenas um pouquinho - apenas o suficiente para que ele cruze a órbita da Terra cerca de 10 minutos "mais tarde", por assim dizer, o que seria suficiente para evitar a colisão com o nosso planeta. Fonte: Inovação Tecnológica

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Coronavírus - A Origem - Documentário - 2020

Título Original: My Octopus Teacher Lançamento: 2020 Gêneros: Documentário Idioma: Inglês Qualidade: 1080p / Full HD / WEB-DL Duração: 1h 25...

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