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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Pelo menos existem 11 galaxias errantes no universo



Astrônomos do Centro Smithsonian para Astrofísica de Harvard (EUA) detetaram 11 galáxias errantes circulando pelo espaço intergaláctico a até 6 milhões de km por hora. Cada um desses montes de estrelas ultrapassou a velocidade de escape, o que significa que estão quebrado os laços gravitacionais que as seguram na sua vizinhança cósmica. A descoberta dessas exiladas solitárias foi publicada nesta semana na revista “Science”. Os pesquisadores descobriram esses nômades galácticos enquanto garimpavam arquivos de dados astronômicos em busca de elípticas compactas, uma classe relativamente nova ...

de pequenas galáxias que, acredita-se, se formam quando um grupo de estrelas se separa de uma galáxia muito maior. Por causa de sua formação, as galáxias elípticas são normalmente encontradas muito próximas umas das outras, ou bastante perto de uma vizinha maior.

Um monte de novas galáxias

A pesquisa identificou quase 200 elípticas compactas anteriormente desconhecidas. Para surpresa dos pesquisadores, no entanto, 11 delas eram completamente isoladas no espaço intergaláctico. Além disso, as elípticas isoladas estavam se movendo muito mais rápido do que suas irmãs ligadas a aglomerados.

Os pesquisadores desenvolveram uma teoria sobre a origem destas galáxias solitárias: “Uma estrela de hipervelocidade pode ser criada se um sistema estelar binário vaga perto do buraco negro no centro da nossa galáxia. Uma estrela é capturada enquanto outra é arremessada para fora a uma velocidade tremenda”.

A pesquisa identificou quase 200 elípticas compactas anteriormente desconhecidas. Para surpresa dos pesquisadores, no entanto, 11 delas eram completamente isoladas no espaço intergaláctico. Além disso, as elípticas isoladas estavam se movendo muito mais rápido do que suas irmãs ligadas a aglomerados.

Os pesquisadores desenvolveram uma teoria sobre a origem destas galáxias solitárias: “Uma estrela de hipervelocidade pode ser criada se um sistema estelar binário vaga perto do buraco negro no centro da nossa galáxia. Uma estrela é capturada enquanto outra é arremessada para fora a uma velocidade tremenda”.

De maneira similar, uma elíptica compacta pode ser emparelhada com a grande galáxia que despôs de suas estrelas. Em seguida, uma terceira galáxia entra na dança e lança a compacta elíptica à distância. Como castigo, o intruso fica acrescido da grande galáxia restante”.

Quanto mais aprendemos sobre as guerras territoriais cósmicas acontecendo ao nosso redor, mais podemos ficar gratos que o nosso pequeno sistema solar ainda não foi pego no fogo cruzado. É só mais uma daquelas coisas que coloca os nossos minúsculos problemas em perspectiva, afinal, o que é perder o ônibus num dia de chuva comparado com ser acertado por uma galáxia errante?
Fonte:  https://hypescience.com


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domingo, 24 de novembro de 2019

NASA confirma presença de de vapor d'água na lua Europa, um indício de vida fora do nosso planeta



A NASA confirmou que a equipe de pesquisadores do Goddard Space Flight Center encontrou traços de vapor de água acima da superfície da lua de Júpiter, Europa. Essa é uma grande descoberta, já que o satélite natural do planeta é uma das prioridades na busca de vida extraterrestre. Segundo artigo publicado na revista Nature Astronomy, a equipe da NASA descobriu vapor de água suficiente para encher uma piscina olímpica em minutos. Das 17 observações feitas do Observatório WM Keck, no Havaí, os cientistas detectaram o vapor de água em apenas uma delas. Foi usado um espectrógrafo para detectar as composições químicas das atmosferas de outros planetas, examinando a luz infravermelha que eles liberam ou absorvem.

"Sugerimos que a liberação de vapor de água na lua Europa ocorra em níveis mais baixos do que o estimado anteriormente, com apenas eventos raros, e localizados, de atividade mais forte”, escreveu Lucas Paganini, pesquisador chefe e cientista planetário da NASA. Mais de duas décadas atrás, a sonda norte americana Galileo encontrou evidências de um líquido condutor de eletricidade na superfície da lua. Em 2018, uma análise de dados encontrou evidências de enormes quantidades de fluido. “Eventualmente teremos que nos aproximar de Europa para ver o que realmente está acontecendo”, disse o cientista planetário Goddard Avi Mandell. Fonte: Revista UFO

A próxima missão Europa Clipper, da NASA, terá uma visão muito mais próxima da superfície da lua de Júpiter, em 2023. A sonda terá um conjunto de câmeras, espectrômetros e um radar para investigar a espessura da crosta gelada da Europa durante 45 sobrevoos. A NASA divulgou um vídeo explicando a descoberta. Veja abaixo:





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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

NASA obtém foto de inseto no planeta Marte



Insetos em Marte
A ideia de encontrar supostos objetos nas fotos que as sondas e robôs da NASA tiram em Marte é tão antiga quanto as próprias fotos - há sugestões para todos os gostos, de algumas que até parecem fazer sentido até as mais bizarras.

Agora a proposta ressurgiu com algum crédito por nascer no meio científico acadêmico, submetido para publicação na forma de um artigo revisado por outros pesquisadores e apresentado em um evento científico.

A alegação do professor William Romoser, da Universidade de Ohio, nos EUA, é simples e direta: Insetos marcianos podem ser vistos nas fotos da NASA.

Ele encontrou numerosos exemplos de formas semelhantes a insetos, estruturadas de maneira semelhante a abelhas, bem como formas semelhantes a répteis - e ele alega que aparecem tanto fósseis quanto criaturas vivas.

"Houve e ainda existe vida em Marte. Há uma aparente diversidade entre a fauna semelhante a insetos marciana, que apresenta muitas características semelhantes aos insetos terráqueos que são interpretadas como grupos avançados - por exemplo, a presença de asas, flexão das asas, planagem/voo ágil e elementos de pernas em variadas estruturas," 
 disse Romoser durante sua apresentação na reunião anual da Sociedade Entomológica da América no último dia 19.

Como localizar insetos nas fotos de Marte
Em sua análise das imagens, o pesquisador afirma ter-se limitado a variar os parâmetros fotográficos, como brilho, contraste, saturação, inversão etc, sem adição ou remoção de nenhum conteúdo da imagem original. Ele detalhou os critérios que usou para identificar seus insetos marcianos: Contraste dramático com o ambiente, clareza de forma, simetria corporal, segmentação de partes do corpo, repetição de formas, restos de esqueletos e observação de formas próximas umas das outras.




"Uma vez que uma imagem clara de uma determinada forma foi identificada e descrita, ela se tornou útil para facilitar o reconhecimento de outras imagens menos claras, mas não menos válidas, da mesma forma básica," disse Romoser. "Um exoesqueleto e apêndices articulados são suficientes para estabelecer a identificação como um artrópode. Três regiões do corpo, um único par de antenas e seis pernas são tradicionalmente suficientes para estabelecer a identificação como 'inseto' na Terra. Essas características também devem ser válidas para identificar organismos em Marte como um tipo de inseto. Nestas bases, formas artropodanos, similares a insetos, podem ser vistos nas fotos dos robôs espaciais em Marte."

O pesquisador ilustrou sua palestra com várias dessas fotos - todas originalmente disponíveis nos sites da NASA - que, segundo sua interpretação, mostram imagens em que os segmentos do corpo dos artrópodes, junto com as pernas, antenas e asas, destacam-se claramente da área circundante. Uma delas parece mostrar um dos insetos de Marte saindo de um mergulho acentuado e virando-se para cima pouco antes de atingir o chão, disse Romoser.

Segundo ele, posturas específicas, evidências de movimento, de fuga, aparente interação, como sugerido por posições relativas, e olhos brilhantes foram considerados consistentes com a presença de formas vivas.

O pesquisador também identificou um fóssil similar a uma cobra.


Justificativa para mais estudos
Em comunicado à imprensa sobre as conclusões de Romoser, a Universidade de Ohio destaca que ele foi professor de entomologia na universidade por 45 anos, co-fundou o Instituto de Doenças Tropicais e passou quase 20 anos como pesquisador visitante de doenças transmitidas por vetores no Instituto de Doenças Infecciosas do setor de Pesquisas Médicas do Exército. Entre 1973 e 1998, Romoser foi o autor e co-autor de quatro edições do livro "The Science of Entomology", largamente utilizado nas universidades norte-americanas e outras partes do mundo, atesta a instituição.

"A evidência de vida em Marte apresentada aqui fornece uma base sólida para muitas questões biológicas importantes, assim como para questões sociais e políticas. Também representa uma justificativa sólida para um estudo mais aprofundado," defendeu Romoser. Fonte: Revista: Proceedings of the Entomology 2019



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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O robô espacial Curiosity mostra o oxigênio de Marte sumindo e aparecendo um resultado misterioso para nossos cientistas



Oxigênio que vai, oxigênio que vem
Com o mistério do metano de Marte ainda sem solução à vista, o robô espacial Curiosity trouxe aos cientistas um novo enigma: o oxigênio marciano.

A informação veio com a medição dos níveis sazonais de todos os gases na atmosfera diretamente acima da superfície da Cratera Gale, onde está o Curiosity. O resultado é desconcertante.



Em Marte, o oxigênio, o gás que a maioria das criaturas da Terra usa para respirar, se comporta de uma maneira que até agora os cientistas não conseguem explicar através de nenhum processo químico conhecido.

Ao longo de três anos marcianos (quase seis anos da Terra), um instrumento do Curiosity, chamado SAM (Sample Analysis at Mars), inalou o ar da Cratera Gale e analisou sua composição.

Os resultados confirmaram a composição da atmosfera superficial marciana: 95% em volume de dióxido de carbono (CO2), 2,6% de nitrogênio molecular (N2), 1,9% de argônio (Ar), 0,16% de oxigênio molecular (O2), e 0,06% de monóxido de carbono (CO).

As medições também revelaram como as moléculas no ar marciano se misturam e circulam com as mudanças na pressão do ar ao longo do ano. Essas mudanças são induzidas quando o gás CO2 congela nos pólos no inverno, diminuindo a pressão do ar em todo o planeta após a redistribuição do ar para manter o equilíbrio da pressão. Quando o CO2 evapora na primavera e no verão e se mistura em Marte, a pressão do ar aumenta

O mistério do oxigênio de Marte
Nesse ambiente, os dados mostram que o nitrogênio e o argônio seguem um padrão sazonal previsível, com sua concentração aumentando e diminuindo ao longo do ano em relação à quantidade de CO2 existente no ar.

Os cientistas esperavam que o oxigênio seguisse o mesmo ritmo, mas não é isso o que acontece. Em vez disso, a quantidade de oxigênio no ar aumenta ao longo de toda a primavera e verão em até 30%, e depois volta aos níveis previstos pela química conhecida no outono. Esse padrão se repete a cada primavera, embora a quantidade de oxigênio adicionada à atmosfera varie, implicando que algo está produzindo o oxigênio e depois levando-o embora.

"A primeira vez que vimos isso, ficamos quebrando a cabeça," contou Sushil Atreya, professor de ciências climáticas e espaciais da Universidade de Michigan.

A equipe partiu em busca de possíveis explicações, começando por considerar a possibilidade de que moléculas de CO2 ou água (H2O) pudessem liberar oxigênio quando se separam na atmosfera, levando à breve elevação do oxigênio. Mas isso consumiria cinco vezes mais água do que a que existe na atmosfera de Marte, além do que o CO2 se decompõe muito lentamente para gerá-lo em tão pouco tempo. E quanto à diminuição do oxigênio? A radiação solar não poderia quebrar as moléculas de oxigênio em dois átomos, que então vazariam no espaço? Não, concluíram os cientistas, já que levaria pelo menos 10 anos para o oxigênio desaparecer por esse processo.

"Estamos nos debatendo para explicar isso," disse Melissa Trainer, cientista planetária do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA. "O fato de o comportamento do oxigênio não se repetir perfeitamente a cada estação nos faz pensar que não é um problema que tem a ver com a dinâmica atmosférica. Tem que ser uma fonte química e um sumidouro que ainda não podemos explicar"..

Metano e oxigênio, biológicos e abióticos
A história do oxigênio é curiosamente semelhante ao mistério do metano de Marte. O metano está constantemente no ar dentro da Cratera Gale em quantidades tão pequenas (0,00000004% em média) que quase passa despercebido pelos instrumentos mais sensíveis já enviados à Marte. Embora o metano aumente e diminua sazonalmente, ele aumenta em abundância em cerca de 60% nos meses de verão por razões inexplicáveis - na verdade, o metano também dispara de forma aleatória e dramática, mas ninguém tem ainda alguma ideia do porquê.

Com as novas descobertas de oxigênio em mãos, a equipe da NASA se pergunta se uma química semelhante à que está gerando as variações sazonais naturais do metano também pode explicar as variações do oxigênio - os dois gases até flutuam em conjunto, mas apenas ocasionalmente.

"Estamos começando a ver essa correlação tentadora entre metano e oxigênio durante boa parte do ano em Marte," disse Atreya. "Acho que há algo aí. Ainda não tenho as respostas. Ninguém tem."

O oxigênio e o metano podem ser produzidos biologicamente (a partir de micróbios, por exemplo) e abioticamente (a partir de produtos químicos relacionados à água e às rochas). Os cientistas estão considerando todas as opções, embora não tenhamos nenhuma evidência convincente de atividade biológica em Marte.

O robô Curiosity não possui instrumentos que possam dizer definitivamente se a fonte de metano ou oxigênio em Marte é biológica ou geológica. Com os dados atuais, as explicações não biológicas são mais prováveis. Fonte: 
Revista: Journal of Geophysical Research: Planets


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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A crise do conhecimento humano, não se sabe se o universo é plano ou esférico




Teoria do Universo Plano

Se lhe parece difícil de acreditar que ainda existam pessoas que afirmam que a Terra é plana, talvez também possa lhe causar algum espanto o fato de que toda a teoria científica atual, expressa no famoso modelo do Big Bang, propõe que o Universo é plano.

Não se trata de algo filosófico, mas da matemática hoje disponível para descrever o que aconteceu logo após a grande explosão que teria dado origem ao Universo - e, convenhamos, modelar o início do Universo inteiro não é tarefa pequena, de forma que a matemática usada é extremamente simplificada.

Mas também não é só teoria: Virtualmente todos os dados cosmológicos coletados até hoje se enquadram nessa ideia de que o Universo é plano, o que significa que ele não teria curvatura, semelhante a uma folha de papel.

É claro que existem os descontentes com a "Teoria do Universo Plano" - sem contar os proponentes do Universo Holográfico.

E um trio deles acaba de apresentar dados observacionais que mostram um Universo esférico, ou fechado. Em outras palavras, assim como no modelo cosmológico padrão, aceito pela comunidade científica, se você sair com uma nave espacial em qualquer direção irá viajar para sempre, no modelo do universo fechado sua viagem sempre lhe trará de volta ao seu ponto de partida.


Dados das lentes gravitacionais

Eleonora Di Valentino e seus colegas usaram dados do telescópio espacial Planck, que operou de 2009 a 2013 mapeando o fundo cósmico de micro-ondas, um mar de luz primordial que restou do Big Bang.

Um conjunto de observações mostra que há mais lentes gravitacionais - um alongamento da luz devido à forma do espaço-tempo, que pode ser distorcido pela matéria - do que o esperado. E esses dados podem ser explicados se a forma do Universo for diferente do que pensávamos.

O efeito extra de lente gravitacional implica a presença de mais matéria escura do que o proposto pelo modelo atual, o que levaria o Universo a uma esfera finita, em vez de uma folha plana infinita.

Segundo essas observações, o Universo tem 41 vezes mais chances de ser fechado do que plano. "Esses são os dados cosmológicos mais precisos e estão nos dando uma imagem diferente," disse Alessandro Melchiorri, da Sapienza Universidade de Roma.

Crise cosmológica

Se o Universo for realmente fechado, isso se torna um grande problema para a nossa compreensão do cosmos.

Por exemplo, outro enigma cosmológico é que nossas imediações cósmicas parecem estar se expandindo mais rápido do que deveriam, algo que é difícil de explicar com nosso modelo padrão de cosmologia, que inclui um universo plano, e a equipe calculou que isso fica ainda mais difícil com um universo esférico, juntamente com algumas outras incompatibilidades cósmicas que ainda carecem de explicação.

É tão ruim que o trio afirma que seus dados desencadearam uma "crise cosmológica".

"Em um universo fechado, essas anomalias são mais graves do que pensávamos," disse Melchiorri. "Se nada estiver de acordo, temos que pensar muito sobre o nosso modelo do universo e sua formação".

A explicação usual da formação do Universo inclui um período logo após o Big Bang, chamado inflação, quando o Universo se expandiu rapidamente. Nossos modelos atuais de inflação levam a um universo plano; portanto, se o nosso Universo for realmente fechado, esses modelos terão que ser mudados.

"Nós precisamos de um novo modelo e ainda não sabemos como ele é," disse Melchiorri. Ninguém encontrou uma maneira de conciliar essas observações do telescópio Planck com as muitas medidas cosmológicas discordantes, algumas das quais incluem até mesmo outras observações do próprio observatório Planck.

Existe a hipótese de que os novos dados sejam apenas uma flutuação estatística, mas os dados do observatório WMAP, que também mapeou a radiação cósmica de fundo, já foram igualmente interpretados de forma a mostrar um Universo esférico.

Assim, vamos ter que esperar por mais dados. O Observatório Simons, atualmente em construção no Chile, poderá medir as lentes gravitacionais de maneira ainda mais precisa do que o telescópio Planck, e deverá nos dizer se realmente existe uma crise de magnitude cósmica em nossas teorias cosmológicas.

Fonte: Revista: Nature Astronomy


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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Físicos agora podem detectar um buraco de minhoca no universo






Como encontrar um buraco de minhoca

A existência dos buracos de minhoca é prevista pela teoria, mas sua existência real continua em debate. Portanto, uma receita prática para detectar esses caminhos cósmicos parece ser uma ótima notícia.

Os buracos de minhoca podem conectar uma área do nosso Universo a um local diferente - ou a um tempo diferente - em nosso próprio Universo, ou mesmo a um universo completamente diferente, defendem alguns.

O que De-Chang Dai (Universidade de Yangzhou, na China) e Dejan Stojkovic (Universidade de Búfalo, nos EUA) se deram conta é que, se há um caminho aberto, então o entorno da entrada do buraco de minhoca deve ser de algum modo influenciado pelo que está do outro lado - e essas influências podem ser detectadas.

"Se um buraco de minhoca conecta suavemente dois espaços-tempos diferentes, então o fluxo não pode ser conservado separadamente em nenhum desses espaços individualmente. Então, objetos que se propagam nas proximidades de um buraco de minhoca em um espaço devem sentir a influência de objetos que se propagam no outro espaço. Mostramos isso nos casos dos campos escalar, eletromagnético e gravitacional.




"O caso da gravidade é talvez o mais interessante. Nomeadamente, estudando as órbitas das estrelas ao redor do buraco negro no centro da nossa galáxia, em breve poderemos dizer se esse buraco negro abriga um buraco de minhoca atravessável," escreve a dupla.


Então, vamos à receita prática proposta pelos dois físicos.

Eles sugerem procurar um buraco de minhoca em torno de Sagitário A*, um objeto que se acredita ser um buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea. Embora não haja evidências de um buraco de minhoca lá, é um bom lugar para procurar por um porque se espera que os buracos de minhoca exijam condições gravitacionais extremas, como as presentes em buracos negros supermassivos.

Se existe um buraco de minhoca em Sagitário A*, as estrelas próximas seriam influenciadas pela gravidade das estrelas no outro extremo da passagem. Como resultado, seria possível detectar a presença de um buraco de minhoca procurando pequenos desvios na órbita esperada dessas estrelas.

"Se você tem duas estrelas, uma de cada lado do buraco de minhoca, a estrela do nosso lado deve sentir a influência gravitacional da estrela que está do outro lado. O fluxo gravitacional passará pelo buraco de minhoca. Portanto, se você mapear a órbita esperada de uma estrela em torno de Sagitário A*, você deve ver desvios dessa órbita se houver um buraco de minhoca com uma estrela do outro lado," detalha Stojkovic.

A dupla recomenda que a busca comece procurando perturbações no caminho de S2, uma estrela que os astrônomos observaram orbitando Sagitário A*.

Embora as técnicas atuais ainda não sejam precisas o suficiente para revelar a presença de um buraco de minhoca, Stojkovic afirma que a coleta de dados de S2 por um longo período de tempo, ou o desenvolvimento de técnicas para rastrear seu movimento com mais precisão, tornariam essa detecção possível.

Esses avanços não estão muito longe e podem acontecer dentro de uma ou duas décadas, diz Stojkovic.Fonte: Revista: Physical Review D


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domingo, 3 de novembro de 2019

Telescópio Hebble captou um rosto assustador no universo


Hebble capta rosto no universo

Parece o rosto de um fantasma ou alienígena, observando nosso planeta com seus olhos enormes e brilhantes.

A imagem acima foi capturada em junho pelo telescópio Hubble, que pertence às agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), mas só foi divulgada nesta semana, como parte das comemorações do Halloween.

"Quando os astrônomos olham as profundezas do espaço, não esperam encontrar algo olhando de volta para eles", diz o comunicado da Nasa sobre a descoberta.

Mas o fenômeno fotografado não tem nada de sobrenatural.

A imagem mostra uma colisão entre duas galáxias, mas muito mais violenta que o normal:

'Interações incomuns entre galáxias'

O fenômeno que o Hubble capturou está listado no "Catálogo de Galáxias e Associações Peculiares do Sul", elaborado pelos astrônomos Halton Arp e Barry Madore entre 1966 e 1987, a 704 milhões de anos-luz da Terra.

É daí que vem o nome — nada assustador — do que vemos na foto: sistema Arp-Madore 2026-424 (AM-2026-424).

O catálogo em que está inserido foi criado para inventariar milhares de interações incomuns entre galáxias.

E, como seu nome indica, o AM 2026-424 apresenta certas peculiaridades.

Forma de anel

Os "olhos" do "rosto fantasmagórico" são o núcleo de cada galáxia.

Anéis de estrelas azuis jovens e discos de gás e poeira das galáxias dão forma ao rosto, nariz e boca do "espectro".

As agências espaciais enfatizam que, embora as colisões de galáxias sejam comuns na formação do universo, os choques frontais não são.

Essas colisões violentas dão origem à forma anelar do sistema.

"As galáxias em forma de anel são raras; apenas algumas centenas residem em nossa vizinhança cósmica. As galáxias precisam colidir na direção certa para criar o anel", afirmam a Nasa e a ESA.

Outra característica "frequente" da colisão entre galáxias é que uma grande se choca com uma menor e a devora, acrescentam as agências.

Mas, neste caso, o tamanho semelhante dos "olhos" do sistema AM 2026-424 sugere que as duas galáxias são aproximadamente do mesmo tamanho.

Os astrônomos estimam que esse fenômeno manterá sua aparência "assustadora" por "apenas" aproximadamente 100 milhões de anos:

"As duas galáxias vão se fundir completamente em aproximadamente 1 a 2 bilhões de anos".
Fonte: BBC News


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sábado, 2 de novembro de 2019

NASA revela foto sugerindo que o asteroide Bennu está repleto de tecnologia alienígena


A NASA divulgou uma nova foto do famoso asteroide do dia do juízo final - e colocou os teóricos da conspiração em um frenesi. Eles alegam que a imagem prova que uma civilização alienígena misteriosa já viveu na rocha espacial Bennu, que orbita o Sol a 100 mil km/h.

Estudando uma imagem feita pela sonda Osiris-Rex da NASA, alguns sites de especulação ufológica que não merecem referência, estão afirmando que uma "tecnologia alienígena" pode ser vista no asteróide.


"O asteroide está cheio de pedras, no entanto, alguns desses objetos pretos ou prateados são mais interessantes do que a NASA quer que você saiba", diz um conspiratório em seu blog.

"Essas estruturas estão no asteroide Bennu e mostram edifícios, torres, pirâmides e até algumas naves abandonadas. Todos parecem um pouco desgastados, pois provavelmente foram abandonados neste asteroide por milhões de anos. No entanto, eles ainda existem e aqui estão os close-ups para provar isso" afirma o caçador de alienígenas sem respaldo de estudo ou pesquisa científica alguma.

O sensacionalista aproxima a imagem para escolher formas específicas que ele afirma serem estruturas extraterrestres. Diz que elas mostram os edifícios com toda a sua glória, posando que a NASA está tentando mantê-los em segredo do público.

No entanto, o professor Nigel Watson BSc, PhD da Universidade de Física e Astronomia de Birmingham, que trabalha com análise física e simulação central no experimento LHCb do CERN e também em desenvolvimento de detectores para futuros experimentos na física de partículas, discorda.

Ele diz que as marcações provavelmente são apenas rochas na superfície do asteroide. A maioria dos asteroides são apenas um agregado de pedregulhos rochosos reunidos pela atração gravitacional exercida pelo conjunto. Uns poucos são um bloco sólido rochoso e, menos ainda são metálicos.

"Desde pelo menos novembro de 2018, quando a sonda Osiris-Rex começou a enviar imagens do asteroide Bennu, houve alegações de que existem estruturas alienígenas em sua superfície", disse Watson, autor de UFOs da Primeira Guerra Mundial.

"Isso não é surpreendente, pois esse corpo é coberto por um terreno muito acidentado de rochas, que, em combinação com condições variadas de luz e sombra, produzem o que parecem pirâmides e outras estruturas artificiais. Estes são produtos da imaginação e da pareidolia e não há evidências de que os alienígenas tenham estabelecido uma base nessa rocha espacial".

Bennu é um asteróide do tamanho de cinco campos de futebol que a NASA está estudando em detalhes há anos. Foi chamado de asteroide do "dia do juízo final" porque tem uma chance extremamente pequena de atingir a Terra nos próximos cem anos. No entanto, pelo tamanho do asteroide não significaria em absoluto o fim da humanidade.

É grande o suficiente para destruir uma cidade, porém, potencialmente matando milhões se ele se chocar com uma área povoada. Segundo o cientista da NASA, Dante Lauretta: "Não estamos falando de um asteroide que poderia destruir a Terra. Não estamos nem perto desse tipo de energia para causar impacto".

No mês passado, a NASA divulgou suas melhores fotos de Bennu. E Osiris-Rex encontrou sinais de água em Bennu apenas alguns dias depois de pousar na misteriosa rocha espacial.

De acordo com o The Sun, se um risco maior aparecer pelo caminho, a NASA afirma que dirá ao mundo que o planeta está prestes a ser destruído , em vez de mantê-lo em segredo para ajudar seus principais cientistas a sobreviver. Isso porque não haveria "maneira" da agência espacial esconder um asteroide catastrófico se estivesse se dirigindo para a Terra.

De qualquer maneira, não dependemos de aviso algum para investigar mais a fundo qualquer teoria da conspiração que nos chega. Fonte: Revista UFO



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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Saturno supera Júpiter em quantidade de luas segundo astrônomos




Órbitas retrógradas e prógradas

Astrônomos descobriram 20 novas luas orbitando Saturno. Isso eleva o número total de luas do planeta para 82, superando Júpiter, que tem 79, como o planeta com maior número de luas no Sistema Solar.

Cada uma das luas recém-descobertas tem cerca de cinco quilômetros de diâmetro. Dezessete delas orbitam o planeta na contramão, ou em direção retrógrada, significando que seu movimento é oposto à rotação do planeta em torno de seu eixo. As outras três luas orbitam na direção prógrada - na mesma direção em que Saturno gira.

Leia também: Lente que pode observar de noite

Duas das luas prógradas estão mais próximas do planeta e levam cerca de dois anos para viajar ao redor de Saturno. As luas retrógradas, mais distantes, e uma das luas prógradas, levam mais de três anos para completar uma órbita.

"Estudar as órbitas dessas luas pode revelar suas origens, bem como informações sobre as condições de Saturno no momento de sua formação," explicou Scott Sheppard, da Instituição Carnegie, nos EUA

Grupos de luas de Saturno

As luas externas de Saturno parecem estar agrupadas em três grupos diferentes em termos das inclinações dos ângulos em que estão orbitando ao redor do planeta. Duas das luas prógradas recém-descobertas se encaixam em um grupo de luas exteriores, com inclinações de cerca de 46 graus, chamadas de grupo Inuit, batizadas em homenagem à mitologia da nação indígena esquimó. Essas luas podem ter-se originado de uma lua maior que se despedaçou no passado.

Da mesma forma, as recém-anunciadas luas retrógradas têm inclinações semelhantes às de outras luas saturnianas retrógradas conhecidas anteriormente, indicando que também são fragmentos prováveis de uma lua-mãe maior que teria se partido. Essas luas retrógradas estão no grupo Nórdico, com nomes vindos da mitologia nórdica. Uma das luas retrógradas recém-descobertas é a lua mais distante conhecida em torno de Saturno.

"Esse tipo de agrupamento de luas externas também é visto em torno de Júpiter, indicando colisões violentas ocorridas entre luas no sistema saturniano, ou com objetos externos, como asteroides ou cometas," explicou Sheppard.

A outra lua prógrada recém-encontrada tem uma inclinação próxima a 36 graus, o que é semelhante ao outro agrupamento de luas internas prógradas ao redor de Saturno, chamado grupo Gálico. Mas esta nova lua orbita muito mais longe de Saturno do que qualquer outra lua prógrada, indicando que ela pode ter sido empurrada para fora ao longo do tempo ou pode não estar associada ao agrupamento mais interno de luas prógradas.

As novas luas foram descobertas usando o telescópio Subaru, no topo de Mauna Kea, no Havaí. Fonte: Revista Ciência



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domingo, 27 de outubro de 2019

Descoberto a origem do segundo objeto interestelar que visitou o nosso sistema solar


A revista científica especializada Nature Astronomy acaba de publicar novas informações sobre o cometa 2I/Borisov, o segundo objeto interestelar até agora detectado – o “novo” Oumuamua. Uma equipe de cientistas acredita ter descoberto a origem do primeiro cometa proveniente do exterior do Sistema Solar, chamado inicialmente C/2019 Q4 e rebatizado como 2I/Borisov.

O novo artigo, publicado na Nature esta terça-feira (14), confirma que o corpo celeste vem de fora do Sistema Solar e não é muito diferente dos cometas que já conhecemos. Realmente, o 2I/Borisov é surpreendentemente familiar.

O primeiro visitante

O primeiro objeto interestelar, o asteroide Oumuamua (Mensageiro das Estrelas, em havaiano), com a forma de um charuto, foi detectado em 2017 com um telescópio no Havai, nos Estados Unidos.

A importância do Oumuamua reside no fato de ser o primeiro asteroide detetado que não vem do Sistema Solar. A natureza do “Mensageiro das Estrelas” está rodeado de mistérios desde o dia em que foi descoberto por astrônomos da Universidade do Hawai, em outubro de 2017.

Depois de constatar mudanças na velocidade do seu movimento, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian sugeriu que o asteroide poderia ser uma “sonda” enviada à Terra intencionalmente por uma “civilização alienígena”.

No último ano, o mundo da astronomia debruçou-se no estudo do corpo celeste e as mais várias teorias já foram apresentadas em artigos científicos: desde o seu passado violento, passando pela possibilidade de ser um sistema binário, e até o provável local de onde veio o Oumuamua. 

Investigadores também sugeriram que milhares de objetos semelhantes ao Oumuamua podem estar presos no Sistema Solar.

Imagem de Oumuamua pelo NASA Solar System Exploration

O segundo objeto interestelar

O novo cometa foi identificado pelos especialistas depois do alerta, em 30 de agosto, de um astrônomo amador, Gennadiy Borisov, natural da Crimeia, para um objeto estranho no céu. 

Após análises dos dados recolhidos, mediante observações com telescópios na Espanha e no Havai, astrônomos profissionais concluíram que o objeto provém de outro sistema solar, desconhecido, dada a sua órbita.

O cometa é formado essencialmente por poeira ligeiramente avermelhada, na cauda, tendo o seu núcleo sólido cerca de um quilómetro de raio. De aconrdo com o jornal Público , o 2I/Borisov é avermelhado, de cauda curta e com uma longa cabeleira, fazendo lembrar a cor e a morfologia dos cometas nativos do Sistema Solar.

“O 2I/Borisov é um cometa com uma órbita altamente hiperbólica, o que significa que veio do espaço interestelar”, revelou um dos líderes da investigação, Piotr Guzik, da Universidade Jaguelónica, na Polônia, em declarações ao mesmo jornal. “Morfologicamente, parece um cometa típico do nosso Sistema Solar e a sua cor também é compatível com a que observamos nos cometas do nosso sistema”, acrescentou.


Quanto às comparações com o primeiro corpo interestelar, os cientistas frisam que o 2I/Borisov é maior e mais brilhante do que o Oumuamua e poderá ser observado melhor em dezembro quando estiver ainda mais próximo do Sol. “Nesse encontro, o cometa poderá ser observado sobretudo por telescópios profissionais, mas mesmo assim parecerá muito tênue.

Poderá ser detectado por astrofotógrafos amadores, mas não será visível mesmo em telescópios amadores grandes”, disse ainda Piotr Guzik, citado pelo jornal Público.

No novo estudo, disponível no arXiv, uma equipe de investigadores poloneses tentou rastrear a trajetória do cometa, o que os levou a um sistema binário de estrelas anãs vermelhas localizado a 13,15 anos-luz de distância do Sol. O sistema, onde ainda não foram encontrados exoplanetas, é conhecido como Kruger 60 e localiza-se na constelação de Cepheus.

Espera-se que o 2I/Borisov se aproxime do nosso planeta em 10 de dezembro deste ano, a uma distância de cerca de 1,8 unidades astronômicas. O cometa permanecerá dentro do Sistema Solar durante cerca de seis meses. De acordo com uma simulação da trajetória esperada do cometa, o objeto celeste passaria entre as órbitas de Júpiter e Marte.

Ao LiveScience, Ye Quanzhi, astrônomo da Universidade de Maryland (EUA), disse que as evidências de que o cometa se originou no Kruger 60 são bastante convincentes. Segundo o cientista, a observação de objetos interestelares dá uma oportunidade rara aos investigadores de estudar sistemas distantes. 

Se estes resultados se confirmarem, o cometa Borisov tornar-se-ia o primeiro objeto interestelar sobre o qual se traçou a origem. Os autores do artigo apontam que os seus resultados não podem ser considerados como conclusivos, uma vez que o processo de recolha de dados adicionais na rota do 2I/Borisov pelo Espaço ainda continua.

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O Oumuamua, por outro lado, parece ter vindo da direção da estrela brilhante Vega, mas, de acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, os cientistas não acreditam que esse é o local de onde o objeto veio originalmente, sugerindo que provavelmente veio de um recém formado sistema estelar. Fonte: Revista UFO


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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Impressão digital da Terra ajudará a procurar vida em outros planetas






Impressão digital da Terra

Dois astrônomos canadenses montaram uma "impressão digital" da Terra, uma informação que deverá ser usada para identificar planetas além do nosso Sistema Solar capazes de suportar vida.

Eles usaram mais de uma década de dados coletados por satélite para construir um espectro de trânsito da Terra em infravermelho, que mostra a presença de moléculas-chave geradas por processos de natureza biológica.

O trânsito é o mecanismo mais usado para descobrir exoplanetas, consistindo nas alterações de brilho apresentados pela estrela conforme o planeta passa à sua frente em relação à Terra. Com telescópios com resolução suficiente é possível obter também informações sobre a atmosfera do exoplaneta conforme ele entra e sai do "eclipse".

Embora vários outros pesquisadores já tivessem tentado montar um espectro de trânsito da Terra - como seríamos observados por alienígenas usando a mesma técnica - este é o primeiro resultado empírico na faixa do infravermelho. Os dados mostraram a presença simultânea de ozônio e metano, que se espera ver apenas quando há uma fonte orgânica desses compostos no planeta. Essa detecção é chamada de "bioassinatura".

"Neste trabalho, construímos um espectro de trânsito empírico da Terra usando espectros de ocultação solar. A geometria da ocultação solar é mostrada [na figura abaixo]. Essa geometria é notavelmente semelhante à de um exoplaneta em trânsito, exceto que, no último caso, é possível investigar simultaneamente todos os parâmetros de impacto e, portanto, todas as camadas atmosféricas," escreveram Evelyn Macdonald e Nicolas Cowan, da Universidade McGill.Os dados foram gerados pelo satélite canadense SCISAT, criado para monitorar a camada de ozônio da Terra estudando partículas na atmosfera à medida que a luz solar passa por ela.

Em geral, os astrônomos podem dizer quais moléculas são encontradas na atmosfera de um planeta observando como a luz de sua estrela muda à medida que brilha através da atmosfera. Para isso, basta esperar que o planeta passe - ou transite - à frente da sua estrela para que um telescópio possa fazer essa observação.

Com telescópios sensíveis o suficiente, os astrônomos esperam identificar moléculas como dióxido de carbono, oxigênio ou vapor de água, que podem indicar se um planeta é habitável ou mesmo habitado.

PDF Astronomia e Astrofísica

De acordo com sua análise, Macdonald e Cowan afirmam que o telescópio espacial James Webb, ainda a ser lançado, será sensível o suficiente para detectar dióxido de carbono e vapor de água em exoplanetas próximos. Ele poderá até ser capaz de detectar a bioassinatura de metano e ozônio, se for gasto tempo suficiente observando o planeta alvo, diz a dupla.

Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society

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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Incrivel existir uma Lua que brilha mais que um Sol




Lua em raios gama

Se nossos olhos pudessem enxergar o comprimento de onda de uma radiação de alta energia, chamada raios gama, a Lua pareceria mais brilhante do que o Sol! Esta é uma das revelações mais curiosas do telescópio espacial Fermi, da NASA, que tem observado nossa vizinha durante a última década.

Criado um rádio que pega todas as estações do universo


As observações de raios gama não são sensíveis o suficiente para mostrar claramente a forma do disco da Lua ou quaisquer características da sua superfície, revelando apenas um brilho proeminente centrado na posição da Lua no céu.

Mario Mazziotta e Francesco Loparco, ambos do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália, analisaram esse brilho da radiação gama da Lua em busca de entender melhor um outro tipo de radiação do espaço: partículas em movimento rápido chamadas raios cósmicos.

Corrida espacial de vários países para chegar em Marte

"Os raios cósmicos são na maior parte prótons [átomos de hidrogênio] acelerados por alguns dos fenômenos mais energéticos do Universo, como as rajadas de ondas de estrelas explodindo e jatos produzidos quando a matéria cai em buracos negros," explicou Mazziotta.

Como essas partículas - sim, raios cósmicos são partículas, e não raios - são eletricamente carregadas, elas são fortemente afetadas por campos magnéticos, algo que a Lua não tem. Por decorrência, até raios cósmicos de baixa energia podem atingir sua superfície, transformando a Lua em um prático detector de partículas espacial. Quando os raios cósmicos a atingem, eles interagem com a superfície pulverulenta da Lua, chamada regolito, produzindo assim sua emissão de raios gama. A Lua absorve a maioria desses raios gama, mas alguns escapam, podendo ser capturados por um telescópio.

Lago de ossos mistério do Himalaia

Mazziotta e Loparco analisaram as observações lunares do Fermi, reunindo dados dos raios gama com energias acima de 31 milhões de elétron-volts - mais de 10 milhões de vezes mais do que a energia da luz visível - e organizaram esses dados ao longo do tempo, mostrando como exposições mais longas melhoram a visão obtida com o telescópio.

"Vista nessas energias, a Lua nunca passaria pelo seu ciclo mensal de fases e ficaria sempre cheia," observou Loparc

Cósmicos e astronautas

Como a NASA planeja enviar seres humanos para a Lua até 2024 através do programa Artemis, com o objetivo final de enviar astronautas a Marte, entender os vários aspectos do ambiente lunar assume uma nova importância. Essas observações de raios gama são um lembrete de que os astronautas na Lua precisarão de proteção contra os mesmos raios cósmicos que produzem essa radiação gama de alta energia.

A rotação da Terra mostrada em um vídeo

Embora o brilho de raios gama da Lua seja surpreendente e impressionante, o Sol brilha mais em raios gama com energias superiores a 1 bilhão de elétron-volts. Raios cósmicos com energias mais baixas não alcançam o Sol porque o seu poderoso campo magnético funciona como um escudo para eles. Mas raios cósmicos muito mais energéticos podem penetrar neste escudo magnético e atingir a atmosfera mais densa do Sol, produzindo raios gama que podem chegar até os sensores do telescópio Fermi.

Israel pode ter colonizado a lua acidentalmente

Embora a Lua em raios gama não apresente um ciclo mensal de fases, como destacou Loparco, seu brilho muda com o tempo. Os dados do Fermi mostram que o brilho da Lua varia em cerca de 20% ao longo do ciclo de atividade de 11 anos do Sol. Variações na intensidade do campo magnético do Sol durante o ciclo alteram a taxa de raios cósmicos que chegam à Lua, alterando sua própria produção de raios gama. Fonte: Inovação Tecnológica

PDF sobre astronomia e astrofísica



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sábado, 24 de agosto de 2019

Estudo revela 10 bilhões de planetas como o nosso na Via Láctea



Astrônomos têm encontrado alguns planetas que parecem ter água e temperatura superficial ideal para abrigar formas de vida, como é o caso dos mundos que orbitam as estrelas GJ 357 e os planetas da estrela Teegarden. Acontece que podem existir muito mais planetas parecidos com a Terra por aí, e aqui mesmo na nossa galáxia. Pesquisadores da Penn State University usaram dados do telescópio Kepler, da NASA, para estimar o número de planetas semelhantes à Terra na Via Láctea e a conclusão é que há um monte deles.



Publicado esta semana no The Astronomical Journal, o estudo sugere que há um planeta quente e aquoso orbitando uma em cada quatro estrelas semelhantes ao Sol. Isso significa que pode haver até 10 bilhões de mundos semelhantes à Terra em nossa galáxia. Se você estiver se perguntando o que significa "semelhante à Terra", a equipe definiu que se trata de um planeta que tem de três quartos a um e meio o tamanho da Terra, e quando ele orbita sua estrela a cada 237 a 500 dias.

Reptilianos raça extraterrestre na Terra

Essa é uma informação muito animadora para a busca por vida alienígena, já que espera-se encontrá-la em lugares com temperatura semelhante à nossa e água em forma líquida. Também é uma descoberta importante porque ajuda os astrônomos a saberem onde procurar, o que poupará tempo e recursos. "Receberemos muito mais retorno do investimento se soubermos quando e onde procurar", disse Eric Ford, professor de astrofísica e co-autor do novo estudo.

“O Kepler descobriu planetas com uma ampla variedade de tamanhos, composições e órbitas”, disse Ford. “Entretanto, simplesmente contar exoplanetas de um determinado tamanho orbital ou distância é enganoso, já que é muito mais difícil encontrar pequenos planetas longe de suas estrelas do que encontrar grandes planetas perto de suas estrelas”.

Para estimar quantos planetas o Kepler poderia ter perdido, os pesquisadores simularam em computador hipotéticos universos de estrelas e planetas, baseados em uma combinação do catálogo de Kepler, além do catélogo da pesquisa das estrelas de nossa galáxia da nave Gaia, da Agência Espacial Européia.

A simulação deu aos cientistas uma noção de quantos exoplanetas em cada universo hipotético o Kepler teria detectado e quais tipos. Eles puderam então comparar esses dados com o que o telescópio Kepler real detectou em nosso universo, e assim estimar a quantidade de planetas do tamanho da Terra orbitam nas zonas habitáveis de suas estrelas.

Reptilianos raça forte talvez a evolução dos dinossauros

“Ao comparar os resultados com os planetas catalogados pelo Kepler, caracterizamos a taxa de planetas por estrela e a forma com que isso depende do tamanho do planeta e da distância orbital”, disse Danley Hsu, um estudante de pós-graduação da Penn State e co-autor do trabalho. “Nossa nova abordagem permitiu que a equipe levasse em conta vários efeitos que não foram incluídos em estudos anteriores”.


O próximo passo na busca por vida alienígena é estudar planetas potencialmente habitáveis. "Os cientistas estão particularmente interessados ??em procurar biomarcadores - moléculas indicativas de vida - nas atmosferas dos planetas aproximadamente do tamanho da Terra", disse Ford. Fonte: Business Insider, Phys



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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Incrível vídeo mostra rotação de nosso planeta em relação à Via Láctea




Ao contrário das famosas gravações em câmera lenta, os vídeos em timelapse, cada vez mais populares na internet, apresentam detalhes curiosos sobre as mudanças de cenas (ou frames) que raramente são notados pelos olhos humanos em velocidade normal.


O resultado desse tipo de vídeo sempre impressiona — e foi o que aconteceu com o registro de 8 minutos captado pelo artista Aryeh Nirenberg, que conseguiu compilar cerca de três horas de filmagem em um vídeo incrível que mostra a rotação da Terra em relação à Via Láctea.

O resultado mostra um pouco mais da grandiosidade e da beleza do planeta em que vivemos.





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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Avião espacial reutilizável agenda primeiro voo desenvolvido pela ULA





Avião espacial

Com a aposentadoria dos ônibus espaciais, pode estar começando a era dos aviões espaciais.

O Dream Chaser (Caçador de Sonhos), construído pela empresa Sierra Nevada Corporation, finalmente encontrou um foguete para impulsioná-lo ao espaço.

O foguete, que deverá levar a pequena nave até a Estação Espacial Internacional será o Vulcan, um veículo de lançamento atualmente em desenvolvimento pela ULA (United Launch Alliance), uma associação entre a Lockheed Martin e a Boeing.

Embora nem o Dream Chaser e nem o foguete Vulcan jamais tenham ido ao espaço, a Sierra Nevada recentemente foi contratada pela NASA para uma série de voos de reabastecimento da ISS - pelo menos seis -, juntando-se a duas outras empresas privadas que já enviam carga e experimentos para a Estação Espacial, a SpaceX e a Orbital ATK.

"[O Dream Chaser] é o único avião espacial de propriedade privada no mundo que existe e que é capaz de decolar e aterrissar em uma pista e é reutilizável. Nosso primeiro lançamento será em 2021, então mal podemos esperar para ter a primeira missão bem-sucedida," disse Fatih Ozmen, presidente da empresa durante uma cerimônia para apresentação dos planos de voo.


Com 9 metros de comprimento, 7 metros de envergadura e 16 metros cúbicos de área útil, a nave foi projetada para levar até seis passageiros ao espaço, mas a versão que está pronta e prepara-se para voar em 2021 é voltada apenas para cargas, e sua capacidade para transportar astronautas ainda deverá ser aferida pela NASA.

No final das missões de carga, o Dream Chaser fará uma reentrada na atmosfera, do mesmo modo como faziam os ônibus espaciais, devendo pousar no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Depois de uma inspeção e reabastecimento, ele estará pronto para voar de novo. Um dos planos da empresa para a versão tripulada é utilizá-lo para o turismo espacial.

Avião espacial

O avião espacial é bastante parecido com o projeto HL-20

toneladas para a órbita baixa da Terra - o Dream Chaser vazio pesa apenas 9 toneladas. O foguete usa motores desenvolvidos pela empresa espacial Blue Origin, pertencente ao fundador da Amazon, Jeff Bezos.

A ULA, fabricante do foguete, fez uma ressalva de que pode haver atrasos no desenvolvimento do Vulcan, mas que isso não atrapalhará os planos para lançamento do avião espacial porque a empresa possui outro foguete bem testado, o Atlas V, que consegue dar conta do recado.

Fonte: Inovação Tecnológica

Leia também: Israel pode ter iniciado a colonização na Lua




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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Estrelas mais estranhas já vistas deixam astrônomos confusos, localizadas a cerca de 360 anos-luz de distância




Trânsitos aleatórios

Estas podem ser as estrelas mais estranhas já observadas. Um par de estrelas, localizadas a cerca de 360 anos-luz de distância, apresentou 28 diminuições na intensidade de sua luz ao longo de 87 dias.

Medições desse tipo normalmente indicariam um sistema orbital de planetas - exceto que os tempos das quedas no brilho parecem totalmente aleatórias.

As estrelas, coletivamente chamadas de HD 139139, foram vistas se comportando de forma estranha pelo telescópio espacial Kepler, antes que ele ficasse sem combustível e interrompesse as observações. O telescópio caçava exoplanetas observando diminuições regulares na luz das estrelas causadas por um planeta passando entre a estrela e o telescópio - essas passagens são chamados de trânsitos.

As quedas na luz da HD 139139 parecem com trânsitos, todas semelhantes em tamanho e forma. Mas quando Saul Rappaport e Andrew Vanderburg, da Universidade do Texas em Austin, analisaram mais de perto os dados, descobriram que os trânsitos pareciam totalmente aleatórios - não mais do que quatro deles poderiam ser causados pelo mesmo corpo celeste em órbita.

Se os trânsitos são causados por planetas, os pesquisadores calcularam que teria de haver muitos deles, muito mais do que qualquer outro sistema planetário já descoberto. "Eu poderia construir para você um sistema de planetas que explicaria essas quedas [no brilho], mas seria realmente imaginário," disse Vanderburg.


Natural ou feito por alienígenas?


Algo estranho está acontecendo no sistema, por isso os pesquisadores tentaram encontrar, dentre todas as explicações possíveis, uma que pudesse se encaixar.

Uma explicação potencial seria um planeta em desintegração ou um disco de asteroides espalhando poeira à medida que passa na frente das estrelas, o que bloquearia alguma luz e depois se dissiparia. Mas um planeta em desintegração ainda produziria padrões nos tempos de trânsito, e os asteroides teriam que estar todos emitindo nuvens de poeira do mesmo tamanho e da mesma densidade, o que é improvável.

Manchas solares e variações internas na luz das estrelas também não se encaixam porque elas teriam que aparecer e desaparecer em questão de horas. As manchas escuras que vemos em nosso próprio sol duram de dias a meses, então isso exigiria um novo tipo de mancha solar nunca visto.

Com todas as explicações simples descartadas, é tentador considerar que as variações na luz podem ser causadas por uma enorme estrutura alienígena construída em torno das estrelas para coletar sua energia, conhecida como esfera de Dyson. Isso não pode ser descartado definitivamente, mas os astrônomos também consideram essa explicação altamente improvável.

"Em astronomia, temos uma longa história de não entender alguma coisa, pensar que é alienígena e, mais tarde, descobrir que é outra coisa", disse Vanderburg. "As chances são muito boas de que esse será outro desses casos."


Fonte: Artigo: The Random Transiter - EPIC 249706694/HD 139139Autores: Saul Rappaport, Andrew Vanderburg, M. H. Kristiansen, M. R. Omohundro, H. M. Schwengeler, I. A. Terentev, F. Dai, K. Masuda, T. L. Jacobs, D. LaCourse, D. W. Latham, A. Bieryla, C. L. Hedges, J. Dittmann, G. Barentsen, W. Cochran, M. Endl, J. M. Jenkins, A. Mann Revista: arXiv



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Coronavírus - A Origem - Documentário - 2020

Título Original: My Octopus Teacher Lançamento: 2020 Gêneros: Documentário Idioma: Inglês Qualidade: 1080p / Full HD / WEB-DL Duração: 1h 25...

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