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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Feiticeiro xamã africano Credo Mutwa fala sobre extraterrestres segundo sua experiência e conhecimento do seu povo



Vusamazulu Credo Mutwa é um interessante personagem da Ufologia Mundial. Apesar de viver em um dos recônditos mais miseráveis do mundo, é autor de diversos livros de sucesso. Ele nasceu em 21 de julho de 1921 na província de KwaZulu, na África do Sul, local do antigo reino dos zulus, e é ao mesmo tempo um sangoma e um sanusi, algo equivalente a um xamã e a um curandeiro, respectivamente. Credo Mutwa teve infância e adolescência muito difíceis, com experiências traumatizantes. Hoje, beirando os 90 anos, leva uma vida simples e vende quadros que pinta para a sua subsistência. Como pode um homem com este perfil ter influência na Ufologia Mundial? É o que se verá neste trabalho, onde apresentamos sua visão sobre misticismo, conspiracionismo e a presença alienígena na Terra, numa mistura complexa.

Caberá ao leitor fazer uma análise crítica das informações oferecidas e decidir se tudo não passa de delirante fantasia de um indígena africano ou se estamos diante de uma inquietante porta que conduz a verdades há muito tempo escondidas da humanidade. Mas, para entendermos a história de Credo Mutwa, temos que conhecer algo sobre o colonialismo europeu na África, que infelizmente dilacerou as culturas do continente — tal como as dos índios norte e sul-americanos — devido à ilimitada ganância que norteava os governos conquistadores, não permitindo o florescimento de qualquer outra visão de mundo que não fosse a assimilação das religiões e costumes europeus. Mesmo em 2010 a ferida da intolerância ainda está aberta na África e no Oriente.



Esses conflitos em sua formação marcaram profundamente o caráter de Credo Mutwa, que demonstra estar em permanente angústia por ver até hoje os povos africanos sofrendo com epidemias, pobreza e manipulações políticas que levam a inúteis instabilidades sociais, catástrofes e genocídios indescritíveis. Mas a África é um continente mágico e lá encontramos, entre outros países, o antigo Egito, com seus mistérios e pirâmides — que, talvez, jamais conseguiremos decifrar. Parte do Velho Testamento se passa neste país do norte do continente, pois os judeus lá estiveram. A África é também a terra dos dogons, com sua mitologia ligada ao espaço, e de assombrosas experiências ufológicas, sendo talvez a principal delas a de Ruwa, no Zimbábue, ocorrido em 1994 [Veja UFO 163, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].


O INQUIETANTE ENCONTRO COM REPTILIANOS
Em setembro de 1999, Credo Mutwa concedeu uma entrevista para o jornalista e escritor norte-americano Rick Martin, em que narrou uma desconcertante experiência com seres que descreveu como reptilianos, os quais ele chama de Quitauri. Disse Credo Mutwa que certa vez, durante uma busca por ervas medicinais no Monte Inyangani, no Zimbábue, teria sido abduzido e passado por vários tipos de experimentos a bordo de uma nave alienígena — entre eles implante nasal, uma experiência sexual com uma mulher humanóide, cortes na perna e inserção de sondas. Como se isso tudo não bastasse, ele ainda teria visto outro ser humano dentro das mesmas instalações — que muitos anos depois reencontrou em uma rua. “Não sei o que as criaturas me fizeram a bordo da nave. Apenas sei que a dor se foi, mas, em seu lugar, visões raras agora fluem em minha cabeça”, disse Mutwa para descrever o que se passou durante a abdução alienígena, que o marcaria para sempre.

Ele descreveu as interessantes imagens de que fala. “São visões de cidades, algumas das quais reconheci em minhas viagens, mas que estavam quase destruídas, com edifícios despedaçados e estavam inundados de lodo, com janelas como buracos vazios”. Credo Mutwa também disse que era como se tivesse ocorrido uma grande inundação e os edifícios tivessem sido afetados. “Era uma visão horrível”. Foi por sua notoriedade no meio tribal africano que visões como esta atraíram a atenção de estudiosos de possíveis cataclismos — entre eles os ufólogos. Caso seu relato seja uma visão profética, é bastante razoável atribuir tais eventos ao que ocorreu a uma cidade costeira após um devastador tsunami. Já os que crêem no Novo Testamento tem em Lucas um reforço para as visões do indígena africano: “Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. E sobre a Terra haverá a angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas”.


O PLANO DOS ILLUMINATI
Em sua narrativa e obra, Vusamazulu Credo Mutwa se refere recorrentemente aos reptilianos e aos Illuminati. Mas quem são eles? Os primeiros seriam seres de uma civilização altamente avançada que estariam para a classe dos répteis, biologicamente, o que a raça humana representa para a classe dos mamíferos. Em outras palavras, uma espécie reptiliana seria dotada de elevada inteligência e, segundo alguns estudiosos, também de poderes psíquicos muito desenvolvidos. Na Ufologia existem três correntes principais para explicar a presença desses seres na Terra. Primeiro, seriam criaturas que estariam manipulando a humanidade através de uma antiqüíssima linhagem de representantes humanos, com os quais manteriam ligação genética e espiritual. Estes “representantes”, possuidores de grande poder econômico e político, seriam os Illuminati ou iluminados.




A segunda teoria advoga que os reptilianos seriam seres de outras dimensões ou de universos paralelos, ou ainda do plano espiritual ou astral, e que teriam comportamento e semelhança com répteis, sendo análogos aos demônios da Bíblia. Existem inúmeras obras religiosas nas quais demônios são relacionados a répteis, a começar pelo Gênesis, em que a serpente ofereceu a maça à Eva. Finalmente, a terceira corrente crê que os reptilianos sejam criaturas de evolução terrestre que, depois do crescimento da humanidade e de inúmeros ciclos climáticos no planeta — tais como glaciações, vulcanismos, quedas de meteoros etc —, preferiram se mudar definitivamente para a segurança de cavidades subterrâneas, onde manteriam sua civilização. O leitor deve recordar que o surgimento dos mamíferos na Terra se deu muito mais recentemente do que o dos répteis.

ALIMENTANDO-SE DE SERES HUMANOS
Qualquer uma das hipóteses acima apresentadas realça a incrível capacidade, ainda que não comprovada, desses seres se passarem por humanos, de iludirem nossos sentidos e de manipularem a nossa vontade. Credo Mutwa fala desta possibilidade recorrentemente. A maioria dos textos sobre os reptilianos — especialmente os recebidos através das chamadas canalizações — nos informa que eles teriam se estabelecido no interior do planeta, talvez em instalações tecnologicamente muito avançadas, que seriam acessadas através do que se conhece como “portais interdimensionais”. Em outras palavras, essas instalações estariam em uma dimensão entre o mundo físico e os planos espirituais mais densos, conhecidos como “plano astral inferior”.

Credo Mutwa, ao que parece, acredita na primeira hipótese, já que em outra entrevista, desta vez concedida ao escritor e conferencista britânico David Icke, radicado nos Estados Unidos, citou com ênfase uma lenda africana que relata como foi o primeiro contato dos reptilianos com a humanidade, que até aquele primeiro encontro vivia em harmonia com a natureza. Novamente notamos nesta entrevista alguma semelhança entre sua narração e o cenário apresentado no livro bíblico do Gênesis. Os reptilianos, ou Quitauri, seriam constantemente acusados de se alimentar de seres humanos, tanto de maneira sutil, sugando-nos através de nossas atitudes materialistas e emoções negativas, como de maneira literal, tal como fazemos com nossos animais.

Temos na casuística ufológica, porém, muitos relatos de contatos nos quais os reptilianos demonstraram sentimentos afetivos com seus abduzidos, mas estes acontecimentos não são tão numerosos na literatura especializada quanto às agressões que cometem. Influenciado pelo eminente estudioso e autor Zecharia Sitchin, recentemente falecido [Veja edição UFO 173, agora disponível na íntegra em ufo.com.br], Credo Mutwa levanta a hipótese de que os Quitauri seriam os antigos deuses sumérios denominados anunnakis, que teriam dado início a um sutil esquema de escravidão da humanidade, conforme a mitologia daquele povo, ainda sendo desvendada.

A ligação entre esses reptilianos e a humanidade, como um todo, seria feita pelos tais Illuminati. É amplamente disseminada a idéia de que estes ocupam postos de destaque em governos de todo o mundo, assim como de grandes corporações e dos bancos mais poderosos do planeta. É dito também que os Illuminati estariam igualmente presentes nas linhagens de “sangue azul” de determinados países, compondo membros de distintas monarquias. Alguns autores defendem até que sejam descendentes diretos dos nefilins, deuses igualmente mitológicos hipoteticamente surgidos de cruzamentos entre humanos e um tipo específico de seres extraterrestres, os citados anunnakis.


LEGADO DE CENTO E VINTE ANOS
Para entender muitas das colocações de Credo Mutwa tem que se recorrer à Bíblia. Por exemplo, no Gênesis temos o seguinte: “Sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, nasceram suas filhas. Então, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: o meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porquanto ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte anos”. Está nesta passagem das escrituras a confirmação do que dissera o africano, ou vice-versa? Talvez o último trecho da citação do Gênesis ajude: “Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade”.

Por este ângulo, fica evidente porque os Illuminati são um prato cheio para o imaginário dos “conspiracionistas” de plantão, que vêem e propalam seus aludidos poderes de maneira cada vez mais exagerada. Assim é muito comum ver as palavras e idéias de Credo Mutwa sobre os reptilianos serem utilizadas em artigos mirabolantes que se multiplicam na internet, misturando temas diversos entre si e com a presença alienígena na Terra. Aliás, este é um problema que afeta muito a Ufologia: uma pessoa escreve o que quer na rede mundial e não precisa provar nada para ninguém.



LIGANDO UFOLOGIA COM RELIGIÃO

Este autor não corrobora nem compactua com as “conclusões” que foram tiradas a partir da entrevista de Credo Mutwa concedida a David Icke — a mais famosa —, sobre o poder e o papel dos Illuminati no plano terrestre, se é que ele existe. O indígena africano deixa claro, naquele trabalho com Icke, que o continente africano está sendo deliberadamente destruído e desestabilizado por forças poderosas e malévolas. Mas que “ataque orquestrado” seria esse? Colocando-se de maneira simples, seriam ações de uma espécie de seres subservientes aos Quitauri, os chamados grays ou cinzas, também conhecidos como mantidanes e aos quais se atribui boa parte das abduções alienígenas. Eles teriam interesse em prejudicar a evolução espiritual da humanidade a fim de escravizá-la não somente em corpo físico, mas também impedir a reintegração cósmica da raça humana.

A pergunta que fica é: mas por que essa atitude dos tais seres? “Para se ‘alimentarem’ dos seres humanos terrestres, de uma maneira que ainda não teríamos capacidade de compreender”, diz o indígena africano. Evidentemente, as palavras e conclusões de Credo Mutwa em relação aos Quitauri devem ser medidas levando-se em consideração sua imensa frustração com relação às condições sócio-econômicas dos povos genuinamente africanos, com as quais ele convive no seu cotidiano. Essas condições dão tintas pesadas às suas idéias com relação ao tal “ataque orquestrado”, que estaria voltado para deliberadamente destruir o legado cultural africano. Não há como não fazer um paralelo disso com as narrativas bíblicas a respeito de “anjos caídos”. Mas, neste caso, como sempre, estamos novamente ligando Ufologia com religião, por mais que se tente evitar.

Outro conhecido pesquisador que esteve com Credo Mutwa é o jornalista alemão Andreas Mueller, que nos últimos 10 anos se especializou na investigação dos agroglifos. Em entrevista concedida a Mueller, em abril de 2005, Credo Mutwa fez importantes revelações sobre a origem das enigmáticas figuras nos campos, popularmente conhecidas como círculos ingleses [Veja detalhes no DVD Afinal, O Que Se Passa, código DVD-038 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. “Seria um meio utilizado pelos deuses para se comunicarem com a humanidade, tanto em caráter mundial quanto tribal”. De fato, em 1875, pouco antes da sangrenta guerra entre os zulus e os ingleses, ocorreu a formação de um círculo que não deixava dúvidas do que estaria por vir. Para olhos inadvertidos, a figura seria apenas mais um agroglifo com motivos abstratos. Porém, inserido no contexto da época, era uma mensagem bastante simples de ser interpretada: a representação da formação militar utilizada pelos ingleses na ocasião. Sobre este círculo, Credo Mutwa disse ainda que, “nossos agroglifos, na África não são somente círculos: eles são tão ou mais complexos que os ingleses. Nosso maior agroglifo apareceu em Zululand. Era formado por quatro círculos dentro de um grande quadrado e, no centro, havia a figura de um canhão”. Ele disse também que o desenho na plantação se formou um pouco antes da terrível Batalha de Ulundi, em 1879, quando os ingleses utilizaram peças de artilharia e, pela primeira vez, metralhadoras rotativas contra os zulus.



UMA ADVERTÊNCIA AOS ZULUS
O que é desconcertante no agroglifo de Zululand — que Credo Mutwa considera extremamente importante — é o fato de os ingleses realmente terem utilizado a formação de quadrado no campo de batalha, conforme se sabe pela documentação das táticas e cenários de guerra. Sendo assim, de fato os zulus teriam sido advertidos pelos entes que consideram deuses sobre a guerra que estaria por vir e que técnicas os inimigos usariam. Coincidência? Avisados a tempo, os zulus tiveram sucesso em repelir o primeiro ataque, porém isso só serviu para ferir o orgulho inglês, que investiu novamente de maneira esmagadora para submeter definitivamente os bravos — embora tecnologicamente mais atrasados — guerreiros africanos.

Outro agroglifo surgido no continente africano, porém em 1958, na região de Natal, na África do Sul, é digno de menção. Era um enorme triângulo contendo círculos em seu interior, conforme croqui fornecido pelo próprio Credo Mutwa na ocasião da entrevista com Mueller. Esta figura tem notória semelhança topológica com o agroglifo descoberto em Ipuaçu (SC), de 30 de outubro de 2009, cujo diagrama é apresentado no texto. A Revista UFO publicou a investigação do ocorrido no oeste catarinense e ainda ofereceu uma visão panorâmica do mistério dos desenhos em plantações [Veja edições UFO 149 e 161, agora disponíveis na íntegra em www.ufo.com.br].

A similaridade entre o agroglifo de Natal, na África do Sul, e o de Ipuaçu, em Santa Catarina, implica em que tenham mensagens similares? Não se pode afirmar. Infelizmente, ainda não se descobriu a Pedra da Roseta para a interpretação dessas formações. Milhares de autores e estudiosos místicos no mundo todo se dedicam a essa tarefa, muito prejudicada pelos desenhos nos campos falsificados por bandos de forjadores, com os mais variados propósitos. Entretanto, Credo Mutwa acredita que as formações nas plantações não sejam tão abstratas como alguns imaginam. “Ontem elas trouxeram advertências para a tribo zulu, hoje para a humanidade”, diz.



CREDO MUTWA E A NATUREZA
Como todo sangoma, Credo Mutwa pesquisa ervas medicinais. Em seu site ele demonstra depositar muita esperança em que elas venham a servir de alívio em tratamentos para várias enfermidades, entre as quais a aids, que ainda hoje devasta com força total as populações africanas [Endereço: http://credomutwa.com]. Entre tais ervas se destaca os frutescens de Sutherlandia [Sutherlandia frutescens], poderosa planta medicinal que há séculos tem sido utilizada pelos povos do sul do continente africano. Tem ação terapêutica restabelecendo o bem-estar, a imunidade e prolongando a vida, além de combater a depressão e a ansiedade.

Muito entristece Credo Mutwa o modo como os animais da África são apresentados ao mundo, ora em safáris, ora como meros elementos da cadeia alimentar. Ocorre que, para as milenares tribos africanas, cada um desses animais tem um significado mágico. Por exemplo, para os zulus o leão não é o rei dos animais e sim o juiz deles, enquanto o búfalo simboliza a fertilidade e a abundância. Não deixa de ser um dado interessante saber como um indígena africano — e não apenas um indígena africano qualquer, mas um considerado significativamente especial — vê seu continente e a natureza que o cerca.

O aspecto de humanidade de Credo Mutwa se sobressai e torna suas assertivas no campo ufológico, no mínimo, algo a ser pensado. Em 21 de julho de 2011 ele completará 90 anos, idade avançada mesmo para alguém que vive em uma terra onde a longevidade é comum. Pode-se dizer que uma das principais obras de sua vida é entrelaçar o passado e o presente de diversas civilizações, da América do Sul ao Himalaia, além de moldar o legado indígena da América do Norte à tradição zulu. Entre os diversos panoramas espirituais e ufológicos que entremeiam seu trabalho, um bem terreno e material se destaca: seu infinito amor à África e sua gente.
Ardil, barbárie e tortura

Mas, a contrapor-se à tamanha generosidade, há forças poderosas querendo calar o indígena africano — e se elas não têm origem além do plano terreno, sua natureza humana é igualmente ou mais aterradora. Um exemplo é o fato ocorrido no início de 2010. Através de um ardil, Credo Mutwa foi atraído para um local onde supostamente estariam jovens zulus para conversar sobre questões místicas. Porém, ele acabou sendo taxado de traidor pelos seus conterrâneos por compartilhar os segredos da cultura zulu com o mundo. Foi então barbaramente torturado e tentaram até arrancar suas unhas. Ameaçado de morte, teve roubado seu colar ancestral, conhecido como Colar dos Mistérios ou Colar do Conhecimento. Segundo o relato de Credo Mutwa, havia apenas um misterioso homem branco entre os zulus, cujo interesse na barbárie é desconhecido. Até a data de publicação desta edição, não houve solução para a perda do colar, o que deixou o indígena africano consternado, dada a sua importância para um sangoma, verdadeiro detentor do legado de seu povo. Fonte: Revista UFO


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Engenheiro formado aos 9 anos, Laurent Simons o fenômeno da natureza



Engenheiro aos 9 anos. Laurent Simons é belga e é um fenómeno da natureza. Passou para os bancos da universidade quase sem ter passado pelos da escola e está prestes a concluir o curso na universidade de Eindhoven, na Holanda.

"Demorei dois anos a terminar a escola primária. Fiz o secundário num ano e meio, - o que também foi normal para mim. E, na universidade, faço uma cadeira todas as semanas", conta.

Este menino faz numa semana as cadeiras que demoram oito semanas a fazer aos restantes estudantes.

O pai, Alexander Simons, considera que a escolha de o deixar evoluir ao seu ritmo foi a melhor: "Acho que ele teria perdido muita da sua juventude se ainda estivesse na escola, se estivesse lá contra a sua vontade. Agora, aqui, é como um parque de jogos onde ele pode fazer o que quiser.

Laurent, que tem pouco contacto com os outros alunos, evolui ao seu ritmo, acaba o curso em dezembro e já tem planos para o futuro: "O meu objectivo é, na verdade, prolongar a vida, o que na realidade é substituir partes de seres humanos por tecnologia, por exemplo, órgãos artificiais e braços de robô, pernas de robô, coisas assim." Pleno entendimento sobre inteligência artificial.

O menino engenheiro sonha inventar a vida eterna através da robótica e nada parece impossível para quem, aos 9 anos, não joga à bola com meninos mas com robôs. Fonte: Euro News



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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Os ciclopes do bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte um tipo de extraterrestre?


Os ciclopes do bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte

As primeiras décadas da Ufologia foram ricas em registro de casuística, com todo o tipo de contato e de extraterrestres sendo descritos por pessoas que muitas vezes sequer sabiam o que era um disco voador. Em todo o mundo, o fenômeno seguiu em crescimento, com épocas de maior incidência de avistamentos e contatos, que ficaram conhecidas como ondas ufológicas. Os contatos aos quais nos referimos aqui são contatos diretos ou, como ficou eternizado pelo filme de Steven Spielberg, contatos imediatos.

Diferentemente do que vemos hoje, e de acordo com as testemunhas do início da Ufologia, os extraterrestres pareciam mais curiosos sobre nós do que nós sobre eles. Há muitos casos nos quais os visitantes se mostraram intrigados por bicicletas, isqueiros, rádios e outros objetos de nosso dia a dia. Além disso, o comportamento dos alienígenas em relação aos humanos não era agressivo nem messiânico — era apenas o de quem tenta se comunicar com seres estranhos.

O caso que conheceremos a seguir é um dos tantos que acabaram se perdendo com o passar do tempo, que mostra um interessante tipo de interação entre alienígenas e humanos, além de um tipo diferente de ser, cuja descrição, em sua totalidade, é única. As testemunhas, com o passar do tempo, mantiveram suas narrativas e os pesquisadores que se dedicaram ao caso parecem ter acreditado nelas.

A pesquisa do caso

Durante uma onda ufológica, em 1965, uma matéria surpreendente, sob o título Tripulante de Disco Voador Desceu em Belo Horizonte?, saiu publicada no jornal O Diário, conhecido por sua linha editorial rígida e conservadora, porta-voz oficioso que era da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte. A matéria dizia que três crianças teriam observado, em 1963, um estranho objeto voador com vários tripulantes. Ainda segundo o jornal, a história só estava sendo publicada naquele momento graças a um vizinho, cuja esposa, dona Zita Ianni, vira recentemente um UFO de grandes dimensões, do tipo cilindro voador, com janelas retangulares e iluminadas, flutuando majestosamente sobre a Estação de Distribuição Elétrica da Central Elétrica de Minas Gerais (Cemig) do bairro Sagrada Família, na periferia de Belo Horizonte. Impressionado com a narrativa dos meninos, o citado vizinho os convenceu a relatar o caso ao repórter de O Diário.

Imediatamente à publicação da matéria, o ufólogo Alberto Francisco do Carmo, então associado do Centro de Investigação Civil de Objetos Aéreos Não Identificados (Cicoani), foi até o local para investigar o caso e conseguiu realizar a primeira entrevista com os meninos e seus familiares. O professor Húlvio Brand Aleixo, diretor do Cicoani, efetuaria subsequentemente mais de 15 contatos com eles, isoladamente e em conjunto. Cada detalhe foi repassado, em uma reconstituição minuciosa do caso no próprio local e à noite, com a participação de todos os envolvidos. Posteriormente, para completar o dossiê, foi feita a cobertura fotográfica, entrevistados alguns vizinhos e iniciada a aplicação de testes psicológicos que, infelizmente, por razões que fugiram ao controle do grupo, tiveram que ser interrompidos.

O relatório de Aleixo, com o título O Caso de Sagrada Família, foi publicado inicialmente em inglês no Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos Sobre Discos Voadores (SBEDV) e posteriormente uma tradução em português saiu na mesma publicação, de maio de 1968. A remontagem do evento que fazemos a seguir, na qual procuramos inserir o máximo possível de detalhes, baseia-se na investigação de Aleixo e no relatório, ainda mais completo, elaborado por Carmo e concluído em 24 de janeiro de 2005, e em nossas próprias pesquisas in loco, realizadas em 25 e 26 de junho de 2005 quando então pudemos entrevistar uma das testemunhas principais, o senhor José Marcos Gomes Vidal.


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O resultado das agressões ao meio ambiente feita pelo homem aparecem no mundo, Veneza está inundada sob o risco de desaparecer


Assim caminha a humanidade isso é progresso?



O presidente da Câmara de Veneza culpou as alterações climáticas pela “situação dramática” da cidade e pediu a conclusão do projeto de construção de barreiras exteriores para limitar as inundações.

O nível da água atingiu esta terça-feira o valor mais alto dos últimos 50 anos: 1,87m, o que significa que mais de 85% da cidade ficou inundada.

Duas pessoas morreram na ilha Pellestrina. Uma das vítimas é um idoso que terá morrido eletrocutado quando a água entrou em casa e provocou um curto-circuito.

A Basílica de São Marcos está inundada e aumenta a preocupação sobre os danos nos mosaicos e nas obras de arte da mais conhecida igreja de Veneza.

As autoridades falam numa "tragédia”. Dizem que vai ser preciso começar do zero e exigem medidas para controlar as inundações

Para além de Veneza, a chuva forte que tem caído desde terça-feira, afeta particularmente as regiões da Sicília e Calábria.


 
O nível da água atingiu esta terça-feira o valor mais alto dos últimos 50 anos: 1,87m, o que significa que mais de 85% da cidade ficou inundada.

Duas pessoas morreram na ilha Pellestrina. Uma das vítimas é um idoso que terá morrido eletrocutado quando a água entrou em casa e provocou um curto-circuito.

A Basílica de São Marcos está inundada e aumenta a preocupação sobre os danos nos mosaicos e nas obras de arte da mais conhecida igreja de Veneza.

As autoridades falam numa "tragédia”. Dizem que vai ser preciso começar do zero e exigem medidas para controlar as inundações

Para além de Veneza, a chuva forte que tem caído desde terça-feira, afeta particularmente as regiões da Sicília e Calábria.
Fonte: Euro News



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A crise do conhecimento humano, não se sabe se o universo é plano ou esférico




Teoria do Universo Plano

Se lhe parece difícil de acreditar que ainda existam pessoas que afirmam que a Terra é plana, talvez também possa lhe causar algum espanto o fato de que toda a teoria científica atual, expressa no famoso modelo do Big Bang, propõe que o Universo é plano.

Não se trata de algo filosófico, mas da matemática hoje disponível para descrever o que aconteceu logo após a grande explosão que teria dado origem ao Universo - e, convenhamos, modelar o início do Universo inteiro não é tarefa pequena, de forma que a matemática usada é extremamente simplificada.

Mas também não é só teoria: Virtualmente todos os dados cosmológicos coletados até hoje se enquadram nessa ideia de que o Universo é plano, o que significa que ele não teria curvatura, semelhante a uma folha de papel.

É claro que existem os descontentes com a "Teoria do Universo Plano" - sem contar os proponentes do Universo Holográfico.

E um trio deles acaba de apresentar dados observacionais que mostram um Universo esférico, ou fechado. Em outras palavras, assim como no modelo cosmológico padrão, aceito pela comunidade científica, se você sair com uma nave espacial em qualquer direção irá viajar para sempre, no modelo do universo fechado sua viagem sempre lhe trará de volta ao seu ponto de partida.


Dados das lentes gravitacionais

Eleonora Di Valentino e seus colegas usaram dados do telescópio espacial Planck, que operou de 2009 a 2013 mapeando o fundo cósmico de micro-ondas, um mar de luz primordial que restou do Big Bang.

Um conjunto de observações mostra que há mais lentes gravitacionais - um alongamento da luz devido à forma do espaço-tempo, que pode ser distorcido pela matéria - do que o esperado. E esses dados podem ser explicados se a forma do Universo for diferente do que pensávamos.

O efeito extra de lente gravitacional implica a presença de mais matéria escura do que o proposto pelo modelo atual, o que levaria o Universo a uma esfera finita, em vez de uma folha plana infinita.

Segundo essas observações, o Universo tem 41 vezes mais chances de ser fechado do que plano. "Esses são os dados cosmológicos mais precisos e estão nos dando uma imagem diferente," disse Alessandro Melchiorri, da Sapienza Universidade de Roma.

Crise cosmológica

Se o Universo for realmente fechado, isso se torna um grande problema para a nossa compreensão do cosmos.

Por exemplo, outro enigma cosmológico é que nossas imediações cósmicas parecem estar se expandindo mais rápido do que deveriam, algo que é difícil de explicar com nosso modelo padrão de cosmologia, que inclui um universo plano, e a equipe calculou que isso fica ainda mais difícil com um universo esférico, juntamente com algumas outras incompatibilidades cósmicas que ainda carecem de explicação.

É tão ruim que o trio afirma que seus dados desencadearam uma "crise cosmológica".

"Em um universo fechado, essas anomalias são mais graves do que pensávamos," disse Melchiorri. "Se nada estiver de acordo, temos que pensar muito sobre o nosso modelo do universo e sua formação".

A explicação usual da formação do Universo inclui um período logo após o Big Bang, chamado inflação, quando o Universo se expandiu rapidamente. Nossos modelos atuais de inflação levam a um universo plano; portanto, se o nosso Universo for realmente fechado, esses modelos terão que ser mudados.

"Nós precisamos de um novo modelo e ainda não sabemos como ele é," disse Melchiorri. Ninguém encontrou uma maneira de conciliar essas observações do telescópio Planck com as muitas medidas cosmológicas discordantes, algumas das quais incluem até mesmo outras observações do próprio observatório Planck.

Existe a hipótese de que os novos dados sejam apenas uma flutuação estatística, mas os dados do observatório WMAP, que também mapeou a radiação cósmica de fundo, já foram igualmente interpretados de forma a mostrar um Universo esférico.

Assim, vamos ter que esperar por mais dados. O Observatório Simons, atualmente em construção no Chile, poderá medir as lentes gravitacionais de maneira ainda mais precisa do que o telescópio Planck, e deverá nos dizer se realmente existe uma crise de magnitude cósmica em nossas teorias cosmológicas.

Fonte: Revista: Nature Astronomy


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A inteligência artificial não é muito inteligente, o que fazer para torna-la realmente inteligente


Estupidez automatizada


Apesar das muitas preocupações com a inteligência artificial e seu crescente papel na sociedade, o fato é que a geração atual de programas de inteligência artificial não é nem um pouco inteligente.

Existem basicamente dois tipos de aprendizado de máquina: as redes neurais profundas, as responsáveis pelo famoso "aprendizado profundo", e as redes de aprendizado por reforço. Ambos são baseados no treinamento do sistema, usando quantidades enormes de dados, para executar uma tarefa específica, por exemplo tomar uma decisão, nota-se que sem a ajuda humana futuros robôs não serão tão inteligentes.

Durante o treinamento, o resultado desejado é fornecido juntamente com a tarefa. Com o tempo, o programa aprende a resolver a tarefa com precisão cada vez mais rápida, embora ninguém entenda exatamente como o programa funciona - é a chamada "caixa preta" da inteligência artificial.

"O problema com esses processos de aprendizado de máquina é que eles são basicamente completamente burros," comenta o professor Laurenz Wiskott, da Universidade Ruhr, na Alemanha. "As técnicas subjacentes datam da década de 1980. A única razão para o sucesso atual é que hoje temos mais capacidade de computação e mais dados à nossa disposição".

Mas a equipe do professor Wiskott é uma das que estão tentando eliminar a estupidez da inteligência artificial e torná-la realmente esperta.


Inteligência artificial não supervisionada

Hoje, a inteligência artificial pode ser superior aos humanos especificamente na única tarefa para a qual cada programa foi treinado - ela não consegue generalizar ou transferir seu conhecimento nem mesmo para tarefas similares.

"O que queremos saber é: como podemos evitar todo esse treinamento absurdo e longo? E acima de tudo: como podemos tornar o aprendizado de máquina mais flexível?" disse Wiskott.

A estratégia consiste em ajudar as máquinas a descobrir estruturas nos dados de forma autônoma. As tarefas podem incluir, por exemplo, a formação de categorias ou a detecção de alterações graduais em vídeos. A ideia é que esse aprendizado não supervisionado permita que os computadores explorem o mundo autonomamente e realizem tarefas para as quais não foram treinados em detalhes.

"Uma tarefa pode ser, por exemplo, formar agrupamentos," explica Wiskott. Para isso, o computador é instruído a agrupar dados semelhantes, em busca, por exemplo, de um rosto em uma foto. Transformando os píxeis em pontos em um espaço tridimensional, isso significa agrupar pontos cujas coordenadas estão próximas umas das outras. Se a distância entre as coordenadas for maior, elas serão alocadas para diferentes grupos. Isso dispensa a enormidade de fotos e suas descrições, como é usado hoje.

Esse método oferece mais flexibilidade porque essa formação de aglomerados é aplicável não apenas a fotos de pessoas, mas também a carros, plantas, casas ou outros objetos.


Princípio da lentidão

Outra abordagem adotada pela equipe é o princípio da lentidão. Neste caso, não são as fotos que constituem o sinal de entrada, mas imagens em movimento: Se todas as características que mudam muito lentamente são extraídas de um vídeo, surgem estruturas que ajudam a construir uma representação abstrata do ambiente. "Aqui, também, o objetivo é pré-estruturar os dados de entrada," destaca Wiskott.

Eventualmente, os pesquisadores combinam as duas abordagens de maneira modular com os métodos de aprendizado supervisionado, a fim de criar aplicativos mais flexíveis e, no entanto, muito mais precisos.

"Maior flexibilidade naturalmente resulta em perda de desempenho," admite o pesquisador. "Mas, a longo prazo, a flexibilidade é indispensável se quisermos desenvolver robôs capazes de lidar com situações novas." 


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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O Teletransporte um fenômeno que pode ser uma nova forma de abdução

O fenômeno de teletransporte pode ser uma nova forma de abdução

Vejamos o espantoso relato da experiência vivida por Asunción Sarmiento em meados de junho de 1990, na Espanha: “Levei as crianças ao colégio e, ao voltar, na curva de La Garita, vi uma névoa muito espessa na frente do carro. Foi algo tão imprevisível que não deu tempo de frear, e acabei penetrando nela em cheio. Não me lembro de mais nada, até que apareci em Caldera de Los Marteles e notei que o automóvel estava estacionado metade na estrada e metade fora dela”. Ela descreveu a este autor uma sequência de acontecimentos que superam o inimaginável. Então com 33 anos, a mulher de olhos vivos relatou um dos mais espetaculares casos de teletransporte de que se tem notícia nos últimos anos.


Poderíamos até duvidar da honestidade, da sanidade mental ou senso de realidade de Asunción, se já não tivéssemos encontrado várias outras testemunhas, em diferentes pontos do mundo, que relataram praticamente o mesmo tipo de acontecimento. No Caso de La Garita, como ficou conhecido, a protagonista conduzia um veículo Renault 5 pela Rodovia do Sul das Ilhas Canárias, já saindo da capital, Las Palmas. Na altura do desvio de La Garita, Asunción parou em um posto de gasolina da estrada principal da cidade para abastecer o carro. Em seguida, topou com aquela névoa densa, em um local onde nunca algo do tipo havia sido visto. De repente, sentiu como se alguém golpeasse a janela do veículo e, logo em seguida, se viu entre a estrada e a relva — pensou que tivesse sofrido um acidente, mas não soube explicar como fora parar em Caldera de Los Marteles, a tantos quilômetros de distância.

Tentar chegar em casa

Outro detalhe que intrigou a protagonista dessa experiência — e os pesquisadores — é o fato de que, quando entrou na névoa, tinha menos de um quarto de tanque de combustível no carro, recém-abastecido. Mas ao reaparecer, muitos quilômetros adiante, o veículo contava com mais de meio tanque. Ao recuperar os sentidos, sua primeira atitude foi tentar chegar em casa, e somente lá Asunción se acalmou. Mais tarde, já refeita, ela foi aos três postos de combustível existentes entre La Garita e La Caldera de Los Marteles para perguntar aos frentistas se porventura se recordavam dela ou a tinham visto abastecer — mas ninguém soube dizer se Asunción estivera naquela estrada. O que mais a preocupou foi que, além de tudo, não havia gastado nem um pouco do dinheiro que levava consigo no bolso. Como pôde abastecer seu veículo?


Quatro meses depois do fato, na madrugada de 14 de outubro, duas jovens viveram uma experiência semelhante quando percorriam de carro a estrada N-340, entre Terragona e Valência, na Espanha. Em determinado momento, próximo da Central Nuclear de Vandellós, a motorista caiu em um estranho estado de torpor. Suas pálpebras foram ficando cada vez mais pesadas, até que perdeu o controle do veículo. Quando conseguiu abrir os olhos novamente, ambas estavam saindo de uma fraca neblina próximo de uma ponte que cruza o Rio Ebro, na mesma estrada. Simplesmente, mais de 30 km foram percorridos aparentemente em uma fração de segundo. A acompanhante foi afetada de igual modo nesse inusitado acontecimento e também não se recorda de nada.

Decorridas três semanas do fato, a motorista, Ana Charo — que ainda estava perturbada com a experiência —, não se opôs a relatar o acontecimento em uma entrevista: “Não sei o que aconteceu, mas o certo é que ninguém pode dirigir por tantos quilômetros em estado sonambúlico. Ademais, naquela noite chegamos à Valência uma hora depois do habitual. Há que se considerar também que íamos praticamente sozinhas pela estrada”. O que teria ocorrido a Ana e à sua acompanhante? 
Fonte: Revista UFO


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Jogo Code Vein PC - 2019

J o g o  C o d e  V e i n  P C - 2019


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Sinopse:   Diante da morte certa, nos erguemos. Monte sua equipe e embarque numa jornada aos confins do inferno para revelar o seu passado e escapar desse pesadelo vivo em CODE VEIN.

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Músculos artificiais: Avanços bem complicado



Músculos artificiais enrolados


Não é totalmente incomum que desenvolvimentos em algumas áreas venham em bateladas.
É o que aconteceu agora com o campo dos músculos artificiais: Nada menos do que três avanços independentes foram apresentados ao mesmo tempo, publicados no mesmo dia.

E esta não foi a única coincidência: Embora tecnicamente bem diferentes, os três grupos demonstraram novos designs de músculos artificiais envolvendo torcer e enrolar as fibras para dar-lhes maior força e resistência. Isso não é tão complexo visto que já existe um estudo para desenvolver robôs com movimento de uma mosca, em uma questão de tempo isso tornará uma realidade.

Cada uma das três versões pode ser controlada de uma forma diferente: via calor, eletricidade ou química.

Cada equipe sugere aplicações particulares para seus atuadores, que poderão encontrar usos em dispositivos médicos miniaturizados, microrrobôs e tecidos inteligentes que respondem a mudanças ambientais, entre outras.

Mehmet Kanik e colegas do MIT desenvolveram uma fibra de polímero de duas faces fabricada com uma técnica de desenho iterativo escalonável.

Os músculos artificiais são ativados pelo calor, podem elevar mais de 650 vezes o seu próprio peso e resistir a esticamentos de mais de 1.000%, mantendo-se resilientes após milhares de ciclos de uso


Jiuke Mu e seus colegas - incluindo a brasileira Mônica Jung de Andrade, da Universidade do Texas em Dallas - criaram um tipo de fibra na qual a energia é fornecida por um revestimento eletrotérmico feitos com materiais baratos, incluindo fios comerciais de nylon e bambu.

O poder contrátil dos músculos construídos a partir dessas fibras é 40 vezes maior do que a registrada pelos músculos humanos e nove vezes maior do que a capacidade do músculo eletroquímico de maior potência apresentado anteriormente.

Os músculos artificiais criados por Jinkai Yuan e seus colegas da Universidade de Bordeaux, na França, são autênticos micromotores de alta energia, compostos por fibras de nanocompósitos com memória de forma. Um conceito da robótica.

Esses materiais, já amplamente usados em músculos artificiais e materiais inteligentes, foram torcidos para armazenar mais energia, que pode ser liberada sob demanda após uma pequena mudança de temperatura.
Fonte: Revista Science


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No futuro haverá Birrobôs que são meio máquina e meio vivo, abre-se um caminho para máquinas vivas

Robôs meio biológicos

Dispositivos robóticos macios, acionados por tecido neuromuscular que disparam quando estimulados pela luz, mostraram que podemos estar mais perto de construir biorrobôs autônomos do que imaginávamos.

Em 2014, as equipes dos professores Taher Saif e Rashid Bashir, da Universidade de Illinois, nos EUA, inspiraram-se nos espermatozoides para desenvolver os primeiros biobots autopropulsores alimentados por células musculares cardíacas derivadas de ratos.

"Aquela geração de bots de cauda única utilizou tecido cardíaco que bate por si só, mas eles não podiam sentir o ambiente ou tomar decisões," ressalva Saif.

Por isso eles construíram uma nova geração de biorrobôs de cauda dupla, impulsionados por tecido muscular esquelético, tecido este estimulado por neurônios motores. Os neurônios têm propriedades optogenéticas, disparando quando controlados por luz.

"Nós usamos modelos computacionais [...] para determinar quais atributos físicos levariam à natação mais rápida e eficiente," disse Saif. "Por exemplo, analisamos variações no número de caudas e comprimentos de cauda para o design mais eficiente do nadador bio-híbrido".


Máquinas vivas

Agora que dominaram a técnica de controle do movimento usando os neurônios, a equipe pretende ir além e usar redes neurais com controle hierárquico, de forma a atingir movimentos mais complexos e, eventualmente, programáveis.


Saif afirma que ele e sua equipe vislumbram esse avanço levando ao desenvolvimento de sistemas sintéticos vivos e multicelulares com a capacidade de responder de maneira inteligente às informações ambientais, para aplicações em tecnologias de bioengenharia, medicina e materiais com capacidade de autocura.

No entanto, eles reconhecem que, assim como os organismos vivos, seus biorrobôs não poderão ser construídos da mesma forma que robôs mecatrônicos em uma linha de produção.

"Assim como os gêmeos não são verdadeiramente idênticos, duas máquinas projetadas para desempenhar a mesma função não serão as mesmas," comentou Saif. "Uma delas poderá se mover mais rápido ou curar-se de danos de maneira diferente da outra - um atributo exclusivo das máquinas vivas."

Em outras palavras, quando seu biorrobô nascer, será preciso esperar para ver qual a sua personalidade, e só então decidir se ele é adequado para desempenhar a função que você espera dele.

Fonte: Artigo: Neuromuscular actuation of biohybrid motile botsAutores: Onur Aydin, Xiaotian Zhang, Sittinon Nuethong, Gelson J. Pagan-Diaz, Rashid Bashir, Mattia Gazzola, M. Taher A. Saif


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'Stalkerware': o software usado para espionar seu parceiro na internet


Amy diz que tudo começou porque o marido dela parecia conhecer detalhes íntimos de suas amizades.

"Ele costumava soltar coisas quando conversávamos, como saber que a Sarah tinha um bebê. Coisas realmente privadas que ele não deveria saber."

"Quando eu perguntava como sabia dessas coisas, ele respondia que eu mesma tinha falado sobre isso e me acusava de 'louca'", conta ela.

Amy (nome fictício) também começou a se perguntar por que seu marido sempre sabia onde ela estava.
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"Às vezes, ele dizia que tinha me visto em um café com meus amigos e que estava passando ali por acaso. Comecei a questionar tudo e não confiar em ninguém, nem mesmo nos meus amigos."


Por meses, esse tipo de situação se tornou mais comum, transformando o que já era um casamento abusivo em um pesadelo que chegou a um final assustador depois de uma viagem de Halloween em família.

'Relatório diário'


"Saímos para visitar uma plantação de abóboras. Excepcionalmente, estávamos tendo um bom fim de semana, tudo estava indo bem. Nosso filho de 6 anos estava brincando no chão e estava bem feliz", lembra Amy.

"Meu marido me entregou o telefone dele para mostrar uma foto que tinha tirado na fazenda e, naquela fração de segundo, vi um alerta aparecer em sua tela. Dizia: 'O relatório diário sobre o Mac de Amy está pronto'."

"Senti um calafrio percorrer meu corpo e parei de respirar por um minuto. Tive que me desculpar e fingi que precisava ir ao banheiro. Tive de continuar ali pelo meu filho e fingir que não tinha visto nada."

"Assim que pude, fui à biblioteca para usar o computador e pesquisar sobre o spyware que ele poderia estar usando. Foi quando tudo fez sentido, após meses pensando que estava ficando louca."

O "stalkerware", também conhecido como spouseware, é um poderoso software de vigilância que geralmente é vendido livremente na internet.


Ele permite acessar todas as mensagens de um dispositivo alheio, registrar as atividades na tela, rastrear localizações de GPS e até usar a câmera para espionar o que uma pessoa faz.

De acordo com a empresa de segurança cibernética Kaspersky, o número de pessoas que descobriram esse tipo de software em seus dispositivos aumentou em pelo menos 35% em 2018.

Os pesquisadores da Kaspersky dizem que suas tecnologias de proteção detectaram o stalkerware em 37.532 dispositivos até o início de outubro de 2019.

E o principal pesquisador de segurança da empresa, David Emm, diz que esta é apenas a "ponta de um iceberg muito grande".

"A maioria das pessoas protege rotineiramente um laptop ou computador de mesa, mas muitas pessoas não protegem um dispositivo móvel", diz ele.

"Essas informações são provenientes das instalações do nosso produto de segurança (em smartphones)... e esse número nem chega perto do que seria o total".

As conclusões do Kaspersky indicam que a Rússia é o país com os mais altos níveis de atividade de stalkerware. Eles são se seguidos pela Índia, Brasil, Estados Unidos e Alemanha.


Como se proteger?

Outra empresa de segurança diz que existem medidas práticas que as pessoas podem adotar caso suspeitem que estejam sendo espionadas.

"É sempre aconselhável verificar quais aplicativos estão no seu telefone e executar uma busca por vírus quando necessário. Se houver um aplicativo no seu dispositivo que você não reconheça, vale a pena procurar informações na internet e removê-lo, se necessário", diz Jake Moore, da empresa Eset.

"Como regra geral, se você não estiver usando um aplicativo, exclua-o."

Depois que Amy percebeu que seu computador tinha sido afetado, ela desenvolveu uma grande desconfiança em relação a tecnologia, que só agora está superando.

Depois que Amy percebeu que seu computador tinha sido afetado, ela desenvolveu uma grande desconfiança em relação a tecnologia, que só agora está superando.

Especialistas dizem que essa é uma resposta psicológica comum a um trauma como esse.

Jessica é outra vítima do stalkerware. Seu ex-marido costumava espioná-la regularmente através do microfone do telefone e fazia jogos psicológicos ao repetir frases específicas que ela e seus amigos tinham usado em conversas privadas.

Já faz anos que ela deixou esse relacionamento, mas até hoje ela ainda deixa o telefone no carro quando vai ver seus amigos.

Impacto vitalício


Gemma Toynton, da organização britânica contra o abuso doméstico Safer Places, diz ter notado esse efeito a longo prazo em vários dos casos com os quais lidou.

"Isso reduz a confiança da pessoa", explica. "Faz com que ela veja o telefone ou laptop como uma arma, porque foi assim que o aparelho foi usado."

"A tecnologia se tornou, em suas mentes, em uma rede que as cerca e muitas pessoas param de usar a internet."

"Realmente afeta toda a sua vida. O fato de esses stalkerware estarem em alta é uma preocupação real."
Até governos espionam e essa moda pegou. 

Amy, que é americana, agora está divorciada e mora a muitos quilômetros do ex-marido.

Ele tem uma ordem de restrição que o impede de entrar em contato direto com ela. O homem tem permissão legal apenas para combinar a logística de encontros com o filho por carta.

Amy diz que mais deve ser feito para legislar contra o uso desse tipo de tecnologia.

"A empresa do aplicativo pisca uma pequena mensagem com o aviso que diz: 'Não aprovamos que você espie esposas.' No entanto, eles sabem o que seus clientes estão fazendo. Esse software causa danos reais."


Testando o software

Testei um dos produtos de stalkerware mais populares, que me custou 140 libras (R$ 570) por três meses de serviço de vigilância.

Comprei isso online e instalei no celular do meu trabalho. Levei cerca de uma hora e consultei o atendimento de 24 horas oferecido pela empresa quando me deparei com problemas.

Empresas de software de espionagem divulgam seus produtos como serviços de "monitoramento de empregados" ou "controle parental".

Em vários países é ilegal usar esse tipo de produto para espionar a esposa ou marido sem sua permissão, por isso, os sites dessas empresas estão cheios de alertas contra esse tipo de uso.

Mas alguns desses sites trazem links para artigos recomendando o uso do software como ferramenta para monitorar "esposas e maridos que traem".

Em um chat ao vivo com a empresa cujo produto eu estava testando, perguntei diretamente: "Quero instalar isso no aparelho de minha mulher, isso permanecerá secreto?"

O representante da empresa respondeu: "A aplicação começará a funcionar em modo oculto imediatamente após a instalação. Estou disposto a ajudar".

Também instalei cinco dos principais softwares de segurança no celular infectado e realizei um escaneamento. Todos eles alertaram ter encontrado "software potencialmente danoso". 

Fonte: BBC News


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A verdade sobre o uso de drogas na antiguidade revelado pelos cientistas



As referências ao consumo de drogas na Antiguidade são escassas e isoladas. Quando aparecem, as drogas são mencionadas quase por acaso — e se concentram em aspectos medicinais e religiosos, deixando de lado qualquer alusão ao uso recreativo.

Há, no entanto, um comércio internacional de drogas desde 1000 a.C., e a arqueologia se juntou à ciência para desvendar a verdade que parece ter sido cuidadosamente ocultada por escritores antigos e seus subsequentes tradutores.

Havia várias maneiras de alterar a realidade nas civilizações antigas do mundo Mediterrâneo, mas duas drogas dominavam: o ópio e a maconha.

Uma pesquisa minuciosa, realizada nas últimas duas décadas, começou a revelar padrões no uso dessas drogas — até então desconhecidos inclusive pelos historiadores clássicos do século 20.


Aparecimento do ópio

Uma das primeiras pistas que os povos antigos consideravam a papoula muito mais do que uma planta bonita vem do seu uso frequente em estátuas e gravuras.


Os arqueólogos descobriram que, já em 1600 a.C., eram fabricados pequenos frascos na forma de "cápsulas" de papoula, a esfera volumosa que fica sob as pétalas da flor que produz o ópio. O formato dessas cápsulas artificiais tornava razoável supor para que eram usadas, mas até recentemente era impossível ter certeza.

Em 2018, a revista científica Science divulgou que o uso de novas técnicas para analisar os resíduos das cápsulas encontradas em escavações revelou que o material de origem vegetal continha não apenas ópio — mas, às vezes, outras substâncias psicoativas.

Esses frascos e cápsulas foram encontrados em toda região do Levante, do Egito e Oriente Médio. A uniformidade dos recipientes sugere que faziam parte de um sistema organizado de fabricação e distribuição.


A planta feliz

Mesmo antes, o ópio era cultivado na Mesopotâmia. Alguns pesquisadores não duvidam que os assírios estavam cientes das propriedades da planta.

De fato, o nome assírio da papoula pode ser lido (dependendo de como as tabuletas cuneiformes que a mencionam são interpretadas) como Hul Gil, que significa 'planta feliz'.

Também foram encontrados jarros contendo resíduos de ópio nas tumbas egípcias, o que não é surpreendente, uma vez que a papoula foi amplamente cultivada no Egito.

Na era clássica, o extrato da planta era conhecido como 'Opium Thebiacum', proveniente da cidade do Egito à qual os gregos deram o nome de Tebas. Outra versão era chamada de 'Opium Cyrenaicum', uma variação ligeiramente diferente da planta, cultivada mais a oeste, na Líbia.
'Poções sutis e excelentes'

Há uma passagem muito sugestiva na Odisseia, de Homero, em que Helena de Troia mistura uma droga no vinho que afasta as memórias tristes, a dor e a raiva. "Quem a tomava, naquele dia seria incapaz de derramar lágrimas, mesmo que lhe morresse o pai ou a mãe, mesmo que lhe matassem um irmão ou um filho diante de seus próprios olhos."


Helena, disse Homero, tinha essas "poções sutis e excelentes" pois havia ganhado de Polidamna, esposa de Tom, uma mulher proveniente do Egito, "cuja terra, fértil em trigo, produzia inúmeras drogas, muitas, quando misturadas, eficazes para a cura e muitas para a morte."

O nome Tom é significativo, uma vez que os egípcios acreditavam que o deus chamado Thoth havia ensinado à humanidade o uso do ópio, de acordo com Galeno, filósofo e médico da Grécia Antiga.
Sonho eterno

Dioscó
rides — médico, farmacêutico e botânico da antiga Grécia, autor do livro De Materia Medica (uma enciclopédia da fitoterapia) — descreveu a técnica de colheita:

"Aqueles que produzem ópio devem esperar até o orvalho secar para cortar levemente com uma faca ao redor da parte superior da planta. E tomar cuidado para não cortar o interior."

"Na parte externa da cápsula, faça um corte para baixo. Quando o líquido sair, use o dedo para colocá-lo em uma colher. Ao retornar mais tarde, é possível colher mais resíduos após engrossar e ainda mais no dia seguinte."


Dioscórides também alerta sobre a overdose. "Mata", diz ele sem rodeios.

Na verdade, muitos romanos compravam ópio exatamente por esse motivo. O suicídio não era pecado no mundo romano, e muitas pessoas que sofriam com doenças e a velhice optavam por tirar a própria vida com uma onda suave de ópio.

Não é muito provável que seja coincidência que as divindades gregas Hipnos — deus do sono — e Tânatos — seu irmão gêmeo, o deus da morte sem violência — sejam representadas com coroas ou ramos de papoulas.


O ópio era um sonífero comum, ao mesmo tempo em que o filósofo grego Teofrasto dizia: "do sumo da papoula e da cicuta vem a morte fácil e indolor".
Em tablete

Os romanos tomavam uma espécie de vinho à base de ópio para combater a insônia e 'mêkonion', uma bebida de folhas de papoula, que era menos potente.

O ópio podia ser comprado na forma de pequenos tabletes em postos especializados na maioria dos mercados. Na cidade de Roma, Galeno recomendava um varejista localizado a poucos passos da Via Sacra, perto do Fórum Romano.



Na próspera Cápua, os vendedores de drogas ocupavam uma área conhecida como Seplasia — mais tarde, "seplasia" se tornou um termo genérico para drogas, perfumes e cremes que alteravam a mente.

Cícero, filósofo romano, faz uma referência irônica a esse fato ao comentar sobre dois dignatários: "Eles não mostraram a moderação geralmente consistente com nossos cônsules... seu andar e comportamento eram dignos da Seplasia".


Fábricas de drogas


A cannabis tem uma história ainda mais antiga que o ópio. Chegou à Europa antes mesmo de começarem seus primeiros registros, junto com o misterioso povo Yamna, proveniente da Ásia Central. No norte e centro da Europa, a planta está presente há mais de 5 mil anos.

Sem dúvida, era apreciada por seu uso na fabricação de cordas e tecidos — mas foram encontrados braseiros contendo cannabis carbonizada, o que mostra que aspectos menos práticos da planta também foram explorados.


Sabe-se que os chineses cultivavam uma cannabis significativamente mais forte que a planta selvagem há pelo menos 2,5 mil anos — e tanto o produto quanto o conhecimento de como produzi-lo teriam percorrido a Rota da Seda.

Na cidade de Ebla, localizada onde hoje é a Síria, os arqueólogos descobriram o que parece ter sido uma grande cozinha não muito longe do palácio da cidade, com oito fogões e panelas com capacidade para até 70 litros.

Mas não havia vestígios de restos de comida, como costuma acontecer em cozinhas antigas.


Algumas menções

Dioscórides estava familiarizado com a maconha e relatou que o uso excessivo tendia a sabotar a vida sexual do usuário, a ponto de recomendar o uso da droga para reduzir o desejo sexual em indivíduos ou em situações em que esses impulsos poderiam ser considerados inadequados.

O filósofo romano Plínio, o Velho, também fala sobre a "erva do riso", que ele diz ser "intoxicante" quando adicionada ao vinho, ao enumerar as propriedades de muitas plantas em seu livro História Natural.

Galeno descreve, por sua vez, como a maconha era usada em reuniões sociais para ajudar a trazer "alegria e riso".

Meio milênio antes, o historiador grego Heródoto havia escrito sobre algo semelhante.
A análise dos recipientes encontrados deixa poucas dúvidas de que o local era utilizado apenas para a fabricação de produtos farmacêuticos psicotrópicos.

Por que não aparecem nos textos?

Parece que os citas, que viviam perto do Mar Negro, combinavam negócios com prazer.

Heródoto, que foi um antropólogo extraordinariamente competente, assim como o primeiro historiador do mundo, comenta que eles faziam roupas de cânhamo tão finas que era impossível diferenciá-las das feitas com linho.

"Depois, os citas pegam as sementes de cannabis e jogam sobre pedras quentes, onde [queimam] e levantam fumaça", escreveu Heródoto.

"Armam uma tenda e ficam embaixo dela, enquanto a fumaça emergia tão densamente que nenhum banho de vapor grego seria capaz de produzir mais. Os citas uivavam de alegria em seu banho de vapor".

Essa é uma típica passagem sobre o uso de drogas no mundo antigo.

Heródoto era realmente tão ingênuo que não reconheceu a influência da droga? Ou seria um tabu discutir sobre o tema — no mundo clássico ou nos mosteiros, onde os textos antigos eram copiados e preservados?

Parece estranho que, embora as descobertas arqueológicas sugiram que o uso recreativo de drogas estava longe de ser incomum na Antiguidade, as referências a essa prática tendam a ser escassas em número e conteúdo.

É difícil de encontrar, inclusive, referências ao uso medicinal da cannabis em textos antigos.

Mas agora os arqueólogos sabem o que procurar.


Por exemplo, uma tumba romana do século 4 d.C. de uma menina de 14 anos que morreu ao dar à luz foi encontrada na década 1990, perto da cidade de Beit Shemesh (próximo a Jerusalém).

Acreditava-se que uma substância achada na área abdominal do esqueleto fosse incenso, até que análises científicas revelaram se tratar de tetra-hidrocanabinol (THC), um componente da cannabis. Parece provável que a droga tenha sido usada para aliviar a dor do parto e, finalmente, para ajudá-la a morrer.

Quando se trata de drogas no mundo antigo, precisamos ler nas entrelinhas, como é o caso de grande parte da história.


Outras seis maneiras como os povos antigos alteravam a realidade

Cravagem ou Esporão do centeio

Conhecido desde o ano 600 a.C., não era consumido voluntariamente. O fungo era comum no centeio e, às vezes, encontrado em outros cereais. Causava delírio, alucinações e, frequentemente, a morte.

Lótus azul
Foi imortalizada no livro Odisseia, de Homero, em que Ulisses deve levar sua tripulação à "terra dos comedores de lótus". O alcaloide psicoativo da flor de lótus azul causa leve euforia e tranquilidade, combinadas com um aumento da libido.

Mel
O mel das flores de rododendro contém neurotoxinas que causam alteração da consciência, delírio e náuseas. Era consumido recreativamente na antiga Anatólia e ocasionalmente por apicultores descuidados em outros lugares.

Meimendro-negro
Plínio descreveu os efeitos desta planta como semelhante à embriaguez, quando inalada como fumaça ou ingerida. Em geral, era usada como parte de um coquetel alucinógeno para fins mágicos ou medicinais.

Beladona
Poetas como Ovídio indicam que as bruxas usavam beladona em feitiços e poções. Embora o resultado mais comum após o consumo seja a morte, doses cuidadosamente calculadas podem provocar alucinações que duram dias.

Peixe dos sonhos
Originário do Mediterrâneo, o Sarpa salpa, também chamado de peixe dos sonhos, é uma espécie de peixe capaz de causar alucinações vívidas, e é possível que tenha sido consumido na Roma antiga. Fonte: BBC News



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Jogo The Outer Worlds - 2019


Jogo The Outer Worlds - 2019

Sinopse:   The Outer Worldsé um novo RPG de ficção científica para um jogador da Obsidian Entertainment e Private Division. Explorando uma colônia espacial, o personagem que você decidir se tornar determinará o curso da história. Na equação corporativa da colônia, você é uma variável inesperada..

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

Um engenheiro da NASA propõe um motor que pode chegar quase a velocidade da luz


Um engenheiro da NASA propôs um design para um novo tipo de propulsor espacial que, em teoria, poderia chegar a 99% da velocidade da luz. Com isso seria possível ir à Lua em menos de 1 segundo, a Marte em 12 minutos ou à Netuno em 4 horas.

Proposto por David Burns, do Marshall Space Flight Center no Alabama, o Helical Drive (Propulsor Helicoidal), se aproveita do fato de que a massa de um objeto aumenta de acordo com sua velocidade. Simplificando bastante a ideia, imagine um “tubo” longo e fechado, com um objeto dentro que se move constantemente de uma ponta para a outra.


Quando o objeto atinge uma das pontas do tubo, gera uma força de aceleração no sentido do movimento. Mas ao atingir o outro lado, o objeto gera uma aceleração igual no sentido contrário. As forças se cancelam, e o tubo permanece parado.

É o postulado pela terceira lei de Newton: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”

Mas se fosse possível alterar a massa do objeto durante o trajeto de um lado para o outro a força gerada em um dos lados seria maior, gerando movimento em direção a este lado. Na proposta de Burns o objeto seriam íons, e sua massa seria alterada modificando sua aceleração com um acelerador de partículas.




De acordo com os cálculos do engenheiro, seria possível atingir uma velocidade máxima de 297 milhões de metros por segundo, 99% da velocidade da luz ( 299.792.458 metros por segundo). Entretanto, o próprio Burns é o primeiro a afirmar que a ideia é no momento apenas um conceito que ‘não foi analisado por especialistas no assunto’ e que ‘pode conter erros nos cálculos’. O motor também teria de ser grande, com cerca de 200 metros de comprimento e 12 metros de diâmetro.

Além disso, o conceito é extremamente ineficiente: seriam necessários 165 Megawatts de força para gerar um impulso de 1 Newton, equivalente à força necessária para pressionar uma tecla no teclado de seu computador. Mas assim como em uma vela solar ou propulsor iônico, tal força seria acumulada com o tempo, com a velocidade da espaçonave dobrando a cada segundo.

Corrida espacial para chegar em Marte

A aceleração seria lenta, mas a velocidade final, dado tempo suficiente, seria muito superior a qualquer coisa já construída. Burns trabalhou na ideia de forma privada e sem qualquer subsídio da NASA, ou seja, o propulsor helicoidal não é um projeto oficial da agência espacial norte-americana. O cientista sabe que a ideia é controversa, mas afirma: “você tem que estar preparado para ser envergonhado. É muito difícil inventar algo completamente novo e que realmente funciona”. Fonte: New Scientist



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Coronavírus - A Origem - Documentário - 2020

Título Original: My Octopus Teacher Lançamento: 2020 Gêneros: Documentário Idioma: Inglês Qualidade: 1080p / Full HD / WEB-DL Duração: 1h 25...

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