Uma equipe internacional de geólogos e geofísicos descobriu que, ante um terremoto iminente, os parâmetros das ondas gravitacionais internas, que oscilam nas camadas estratificadas da atmosfera, se alteram cinco dias antes de um evento sísmico.
Esses dados podem ajudar os especialistas a desenvolver métodos de previsão de terremotos no curto prazo, assim como hoje ocorre com as tempestades.
Atualmente, é possível prever desastres sísmicos que variam de dezenas de anos a meses - no entanto, ainda é impossível determinar o tempo exato do evento. Previsões de curto prazo mais precisas e confiáveis são necessárias para que as pessoas possam ser evacuadas da zona de impacto sísmico.
Em busca desse instrumento, os geólogos têm registrado várias anomalias e manifestações de processos geofísicos em regiões sismicamente ativas. A lista de precursores dos terremotos é atualizada constantemente e, quanto mais dados sobre os terremotos, maior é a precisão de uma previsão.
Ondas de gravidade internas
Em busca de novos precursores de terremotos, Vitalii Adushkin e seus colegas processaram dados de satélite extraídos de terremotos que ocorreram em três regiões sismicamente ativas: no Uzbequistão, em 26 de maio de 2013; no Quirguistão em 8 de janeiro de 2007; e no Cazaquistão em 28 de janeiro de 2013.
Ocorre que, cinco dias antes do desastre sísmico, nos três casos os parâmetros das ondas de gravidade internas mudaram - onda interna é a flutuação das massas de ar que, ao contrário das ondas sonoras, também possui um componente transversal, assim como ocorre com as ondas longitudinais.
Os dados mostraram que a temperatura da atmosfera intermediária (a camada da atmosfera da Terra que inclui a estratosfera e a mesosfera) varia ao longo do tempo de forma característica e que os comprimentos de onda das ondas de gravidade internas foram de 14,2 km na estratosfera e 18,9 km na mesosfera.
"Isso significa que processos ocorrem na litosfera da Terra, cujo desenvolvimento gera instabilidades convectivas na atmosfera mais baixa. Eles são a causa das ondas de gravidade internas em regiões sismicamente ativas. As ondas de gravidade interna, quando atingem a mesosfera, podem ser destruídas. Quando isso acontece, a energia dessas ondas se transforma em movimento térmico, o que afeta a temperatura," explica Sergey Popel, do Instituto de Pesquisas Espaciais, na Rússia.
Mais importante ainda para o desenvolvimento de um indicador, os pesquisadores constataram que o comprimento de onda começa a crescer de 4 a 5 dias antes do evento, atingindo seu valor máximo dois dias antes do terremoto, e depois diminuindo acentuadamente no dia anterior ao abalo sísmico.
Esses dados poderão agora ser usados para identificar ondas de gravidade internas em regiões sismicamente ativas e, eventualmente, para fazer previsões de curto prazo do momento do início dos eventos sísmicos futuros. Fonte: Revista: Doklady Earth Sciences
Em busca de novos precursores de terremotos, Vitalii Adushkin e seus colegas processaram dados de satélite extraídos de terremotos que ocorreram em três regiões sismicamente ativas: no Uzbequistão, em 26 de maio de 2013; no Quirguistão em 8 de janeiro de 2007; e no Cazaquistão em 28 de janeiro de 2013.
Ocorre que, cinco dias antes do desastre sísmico, nos três casos os parâmetros das ondas de gravidade internas mudaram - onda interna é a flutuação das massas de ar que, ao contrário das ondas sonoras, também possui um componente transversal, assim como ocorre com as ondas longitudinais.
Os dados mostraram que a temperatura da atmosfera intermediária (a camada da atmosfera da Terra que inclui a estratosfera e a mesosfera) varia ao longo do tempo de forma característica e que os comprimentos de onda das ondas de gravidade internas foram de 14,2 km na estratosfera e 18,9 km na mesosfera.
"Isso significa que processos ocorrem na litosfera da Terra, cujo desenvolvimento gera instabilidades convectivas na atmosfera mais baixa. Eles são a causa das ondas de gravidade internas em regiões sismicamente ativas. As ondas de gravidade interna, quando atingem a mesosfera, podem ser destruídas. Quando isso acontece, a energia dessas ondas se transforma em movimento térmico, o que afeta a temperatura," explica Sergey Popel, do Instituto de Pesquisas Espaciais, na Rússia.
Mais importante ainda para o desenvolvimento de um indicador, os pesquisadores constataram que o comprimento de onda começa a crescer de 4 a 5 dias antes do evento, atingindo seu valor máximo dois dias antes do terremoto, e depois diminuindo acentuadamente no dia anterior ao abalo sísmico.
Esses dados poderão agora ser usados para identificar ondas de gravidade internas em regiões sismicamente ativas e, eventualmente, para fazer previsões de curto prazo do momento do início dos eventos sísmicos futuros. Fonte: Revista: Doklady Earth Sciences
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