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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Entrevista com o inventor brasileiro Paulo Gannam sobre novos rumos tecnológicos




2º ENTREVISTA COM PAULO GANNAM.
O inventor brasileiro de inovações tecnológicas.

Formado em jornalismo pela Universidade de Taubaté e especialista em dependência química pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos em Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Natural de São Lourenço-MG, Paulo Gannam já teve alguns trabalhos nessas áreas, como assessoria de imprensa, auxílio em centro de recuperação de dependentes químicos e depois supervisor de Censo pelo IBGE. Mas nos últimos oito anos tem se dedicado à criação e desenvolvimento de novos produtos, sua proteção intelectual, e posterior negociação e busca pela comercialização no mercado através de parcerias com empresas já estabelecidas ou emergentes. Dispensa 70% do seu tempo com essa atividade e, no restante, atua com administração imobiliária.

Duas patentes deferidas, outras 3 em andamento no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Além destas, Paulo Gannam diz ter centenas de ideias acumuladas prontas para serem garimpadas, desenvolvidas e patenteadas.

Hoje, voltamos a conversar com este inventor brasileiro, que vai nos contar um pouco mais sobre os desafios para se levar invenções automotivas até as prateleiras, e sobre como criou um auxiliar de baliza super acessível que promete acabar de vez com aquela embaraçosa roçada de rodas no meio-fio.

Paulo Gannam, em primeiro lugar, nós do IRON TECNO agradecemos por nos prestigiar com um pouco de seu trabalho promissor de inovações tecnológicas.


1 ) IRON TECNO: Na primeira entrevista que publicamos, você nos falou um pouco de sua visão do mundo tecnológico, inovações, meio ambiente, inventores autônomos e tudo a ser enfrentado por quem deseja criar no Brasil. Como nosso país não valora suas mentes prodigiosas, você pensa em deixar o país? Se receber propostas de empresas internacionais ou se obtiver investimentos provenientes de outras nações, como fica?

Resposta: PAULO GANNAM

Não penso em deixar o país, porque mantenho outras atividades profissionais no Brasil que me dão a condição de manter minha vida andando. Inclusive, me permitem continuar trabalhando e investindo no campo das inovações. É necessário custear despesas geradas pelas inovações que já criei e solicitei no INPI. Caso eu venha a obter investimentos provenientes de outros países, ótimo, isto não muda nada, pois a forma de negociar e as possibilidades de parcerias com empresas estrangeiras são inúmeras.

2 ) )  IRON TECNO: Você já considerou patentear suas ideias fora do país? Aconselha isto para alguém?

Resposta: PAULO GANNAM

Já, mas cada projeto requer uma análise profunda do cenário, para ver se é o momento de fazê-lo. Se você não pretende constituir empresa para fabricar e/ou comercializar seu produto, patentear no exterior somente faz sentido se você já tiver conseguido uma empresa investidora para seu projeto.

Se você for aquele empreendedor que quer alavancar uma empresa com base na sua ideia, somente proteja a patente desta ideia lá fora se tiver feito excelente plano de negócios, descoberto bons modelos de negócios, feito uma análise minuciosa do mercado e conseguido investidor, se necessário.

Pois para patentear lá fora, primeiro você gasta uns 10 mil reais (taxas + honorários) para “internacionalizar” sua patente. Depois você tem um prazo de até 30 meses para “nacionalizar sua patente”, isto é, eleger em quais países exatamente deseja proteger sua patente. Só que cada país tem seus preços, suas leis e seu trâmite processual. Para que a coisa ande bem, você vai precisar nomear um representante legal para isso no Brasil e lá fora. Isto inclui sacar do bolso muito dinheiro para pagamento de taxas de advogado local, encargos advocatícios domésticos e, quando necessário, encargos de tradução.

3 ) IRON TECNO: Qual o custo por país?

Resposta: PAULO GANNAM

Por país, tudo isso gira em torno de US $ 2000 a US $ 7000 ou mais. E temos 152 países disponíveis para proteger sua patente (faça as contas!). Se o proprietário de um pedido de patente internacional não entra na Fase Nacional no prazo previsto, em um ou mais países, esses direitos nacionais são perdidos nesses países e a tecnologia cai no domínio público. Qualquer um pode fabricar e comercializar lá fora.

4 ) IRON TECNO: Então para um inventor proteger lá fora não vale a pena?

Resposta: PAULO GANNAM

Se para uma empresa isso já é muito complexo, custoso e difícil, imagine para um inventor. Como consequência, deixamos de ganhar bilhões em royalties e em arrecadação de IR (imposto de renda) com a venda exclusiva e livre de concorrência do produto pelo mundo.

Eu diria que, quase sempre, não vale a pena. O ideal mesmo é você encontrar um empresário idôneo do exterior que acredite na sua ideia e compartilhe de sua visão sobre a gama de negócios que poderiam ser criados a partir de sua ideia. Você tendo ou não tendo patente lá fora, esse empresário, a depender do grau de engajamento dele, pode até investir na elaboração de um novo pedido de patente lá fora, nos países que for do interesse dele. Mas há quem diga que é melhor patentear primeiro lá fora, e, depois, se for o caso, no Brasil, pelo fato de ser mais provável encontrar um investidor lá fora. Para quem tem dinheiro...

5 ) IRON TECNO: Em sua visão atual sobre inventos, um inventor que cria algo revolucionário que vá contra atuais interesses econômicos será excluído com seu invento? Ou o mundo está aberto para soluções revolucionárias na questão tecnológica?

Resposta: PAULO GANNAM

Tendo a acreditar que o tempo vai deixar o mundo cada vez mais receptivo a inovações e com menor poder restritivo sobre elas. Mas sempre faço ressalva com a indústria da saúde. Uma empresa que ganha bilhões todo ano vendendo analgésicos vai querer acabar definitivamente com a dor por meio de uma nova descoberta científica e uma nova substância que ponha fim ao sofrimento humano? Vejo o inventor sendo impossibilitado, por não controlar os fatores de produção, de colocar seu produto no mercado sem uma parceria com uma empresa revolucionária. O grande empresário quer cada vez mais lucro. O que ele pode e vai te oferecer são medicamentos com efeito um pouquinho melhor e um pouquinho menos efeitos colaterais – a cada 5 ou 10 anos. Mas você vai continuar doente e dependente dos remédios que ele te vende. Sair dessa precariedade depende muito das startups, inseridas num ambiente de real fomento à inovação e à pesquisa, e também depende às vezes dessas startups não se permitirem ser vendidas aos grandes grupos, que as adquirem para mero engavetamento do projeto.

6 ) IRON TECNO: Percebemos a importância de seus inventos para indústria automobilística. Tanto o sistema de comunicação de condutores como o sensor de roda – que, ao estacionar, evita o atrito da roda com o meio-fio. Em sua visão, o que leva a indústria de carros não dar a devida atenção a tais inventos? Será que a mentalidade das empresas no Brasil é atrasada em relação a países como China, Rússia, Coreia, Alemanha, Japão, etc. que estão sempre inovando?

Resposta: PAULO GANNAM 

A mentalidade é atrasada e adiantada em qualquer país. Depende da pessoa com quem você está conversando. Temos outras causas. Uma delas é que quanto maior a empresa, mais burocrática ela será nas decisões. Às vezes o diretor de produto adora seu produto e está totalmente disposto a ajudar a implementar todo o marketing do invento. Mas, antes, a sua ideia é obrigada a passar por um tal “Comitê de Ideias”. Aí ferrou...

Sua invenção passa a depender de política e dos votos de pessoas com formações, visões e interesses na maioria das vezes distintos. Ademais, para lançar um produto no mercado, a indústria segue “rituais”. O processo de aprovação de peça de produção (PPAP) é demoradíssimo e caro. Gasta-se milhões de dólares com ele e as decisões são tomadas nas matrizes das montadoras, sendo que as filiais brasileiras não têm direito a “apitar” nada.

A indústria automotiva também tem cronogramas e agendas muitas vezes rígidas de lançamento de novos produtos no mercado. Se você aparece com uma ideia para eles hoje, ela poderá ser avaliada só daqui a 7 anos, o que já pode ter colocado o fator “novidade” de seu produto no ralo. Há ainda uma enxurrada de startups com acesso injustamente exclusivo a programas de aceleração tentando se destacar com seu novo produto, serviço ou negócio. O inventor é excluído desses programas. E há muito mais entrantes no Brasil do que investidores para ajudar esses entrantes. A disputa por patrocínio fica ainda mais acirrada.


7 ) IRON TECNO: O que te levou a ter a ideia de criar um auxiliar de baliza de baixo custo e fácil instalação? 

Resposta: PAULO GANNAM

Foi no final de 2010. Após um cafezinho, subindo a pé uma das ruas de minha cidade, São Lourenço-MG, ouvi um estrondo. Quando olhei para trás, vi que uma senhorinha que tinha sensor de para-choque em seu carro havia acabado de chocar fortemente as rodas na calçada ao encostar o veículo. Olhei para aquilo e me lembrei de minhas “periódicas barbeiragens”, e das de minha mãe também, e do quanto aquilo gerava tensão, prejuízos estéticos, etc.

8 ) IRON TECNO: E como funciona o sistema? Você já testou a eficácia do produto? Fale sobre sua experiência, para o público conhecer mais.

Resposta: PAULO GANNAM 

Sim, testamos a prova de conceito desenvolvida instalando um sensorzinho próximo de uma das rodas e funcionou bem. Veja:


Este sensor pode, por exemplo, comunicar-se com um app, cluster, painel do veículo com display ou central multimídia, de acordo com o gosto do freguês e das formas de fazer da empresa que inserir o produto no mercado. Só que para ser compatível com a maioria dos veículos de passeio e para a maioria das calçadas de nosso país, temos de pensar que no Brasil não existe padrão. Cada calçada é de um jeito e cada chassi tem uma altura.

Então, para realizar leitura precisa em 100% das situações ou na maior parte dos modelos de veículos, o projeto pode exigir um desenvolvimento mecânico e de design. Assim, uma alternativa será adotar um dispositivo para posicionar estes sensores no local adequado para a leitura precisa.

Estes mesmos detectores poderão ser embutidos e colocados abaixo da lataria lateral, cada qual o mais próximo possível de uma das rodas, totalizando, à primeira vista, 4 sensores.

Mas, como disse, há outras formas de fazer deste produto, usando mais software e menos hardware, o que pode baratear ainda mais o custo de produção e de venda.


9 ) IRON TECNO: Já apresentou essa ideia a alguém? Se sim, o que acharam?

Resposta: PAULO GANNAM

Apresentei a vários sistemistas, montadoras, empresas de tecnologia, de monitoramento e rastreamento. Entendem que o produto teria boa vazão no aftermarket e num espectro específico de veículos, atendendo preferências de muitos consumidores. Mas essas empresas também tem suas prioridades de investimentos e cronogramas. Estão focadas em redução de CO2 nos veículos, em carros elétricos, conectados, autônomos, enfim, projetos que consideram mais urgentes e-ou de longo prazo. O cenário é complexo, resta-me ser o oposto – simples. Este é um produto que tem diferenciais competitivos importantes, tanto no preço, quanto na utilidade.

10 ) IRON TECNO: Quais diferenciais?

Resposta: PAULO GANNAM

Ele salva nossas rodas, poupa-nos de micos, e nos ajuda a estacionar, sendo muito mais barato por ser dotado de componentes mais acessíveis. Já os ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) atolam o carro com sensores, câmeras e softwares que esvaziam sua carteira. Não protegem suas rodas dianteiras, e nos irritam com a leitura e movimentos demorados para estacionar o carro numa simples vaga.


A ideia central é de que você não precisa necessariamente de uma função semiautônoma para poder fazer um estacionamento “meia-boca” em vagas difíceis, e também de que não precisará gastar horrores com aquela parafernália de câmeras que calculam a distância. É você, com o auxílio de, no máximo, 4 sensores, quem vai manobrar com liberdade e precisão – e sem esvaziar o bolso! Vai estar pagando por um produto mais eficiente e mais barato.

Esta inovação automotiva pode ser uma opção tanto no aftermarket de veículos pesados, utilitários e quem sabe veículos leves, e no modelo b2b, como opção para gestão de frotas de empresas que querem preservar seu patrimônio de choques e monitorar comportamento e desempenho do motorista.

11) IRON TECNO: Quanto custaria para uma pessoa instalar esse sensor no seu automóvel?

Resposta: PAULO GANNAM 

Isto dependeria das margens de lucro com as quais trabalharem os fabricantes, distribuidores e varejistas. O custo médio de fabricação, por ponto, em larga escala, está em torno de 8 dólares. Imaginando uma pessoa que deseje colocar 4 sensores, um para cada roda, 8X4 sensores = 32 dólares. Convertendo em reais = R$ 124,48 (custo de produção). No varejo/aftermarket, eu estimo um valor em torno de R$ 350,00 (versões simples) a R$ 600,00 (versões Premium). Lembrando que se poderia dar a opção de o consumidor instalar quantos sensores quiser (só na frente, só atrás, próximo só daquela roda que costuma bater com mais frequência, etc).

12) IRON TECNO: Não existem soluções similares no mercado que de uma forma ou de outra serão concorrentes?

Resposta: PAULO GANNAM

Não há nenhum sistema de baixo custo e fácil instalação projetado especificamente para permitir uma baliza perfeita e proteger pneus, rodas e calotas durante encostamento ou estacionamento junto ao meio fio. Sensores de ré protegem para-choques. Retrovisores tilt-down só te dão mera noção visual das rodas traseiras. E park assists muito avançados com sistemas semi-automáticos encarecem o veículo em uns 10 mil reais, sendo restritos a veículos acima da casa de uns 60 mil reais. 

Alguns veículos da Nissan usam câmeras com visão 360 graus, mas são igualmente muito caros se comparados com o sistema que estou propondo. O uso de sensores aliados a um bom software gera o mesmo ou melhor efeito e ainda permite outras formas de monetização via aplicativo.

13 ) IRON TECNO:) Instalar o sensor de ré na lateral do caminhão/carro não teria o mesmo efeito?

Resposta: PAULO GANNAM

Não. Experimente fazer isso e veja o que ocorre. Os 4 sensores de ré possuem leitura dependente uma da outra, ou seja, eles detectam um mesmo objeto existente na frente ou atrás do veículo. Em parte, é isso que os faz serem tão baratos. Cada um dos sensores de roda, em uma de suas possibilidades construtivas, teria um modo independente de leitura, pois o objeto a ser detectado é diferente, está localizado em direções distintas. E a depender das configurações finais do produto, ele não teria tanta semelhança com um sensor de ré. 

Em última análise, mesmo que se alguém resolvesse fazer isso e desse certo (o que não daria), a patente, quando deferida, desestimularia o uso dos sensores de ré para tanto.

14) IRON TECNO: Aqui encerramos. Nós do IRON TECNO agradecemos pela oportunidade em divulgar seu trabalho e seu invento. Em nossa visão, esse invento só ajudará na melhoria do trânsito, e desejamos que sejamos também um pequeno colaborador na divulgação desse benefício. Torcemos para que seja implantado o mais rápido possível para ajudar nas grandes cidades, seja de fácil acesso para todos os motoristas, e de fácil entendimento para todas as idades. 

No que for útil e depender de nossa parte, divulgaremos para que muitos possam conhecer esse invento.

PAULO GANNAM

Fico imensamente agradecido pelo incentivo e solidariedade. Estou nessa estrada há 9 anos, ainda sem êxito em concretizar uma parceria com uma empresa, mas procuro conduzir esta jornada no espírito de um trecho da música de Jim Croce, chamada I Got a name, que diz: “Se isto me levar a lugar algum, chegarei lá orgulhoso”. Um abraço a todos.

Paulo Gannam fala sobre comunicador entre motoristas


Gostou da entrevista com o Paulo Gannam? Conheça mais do trabalho dele aqui: https://paulogannam.wordpress.com/










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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Ferrugem e água salgada geram eletricidade limpa e constante descoberto por pesquisadores dos EUA



Eletricidade da ferrugem




Há muitas maneiras de gerar eletricidade - baterias, painéis solares, turbinas eólicas e hidrelétricas, apenas para citar algumas.

Mas com este novo competidor poucos contavam: a ferrugem.

Pesquisadores das universidades de Tecnologia da Califórnia e Noroeste, ambas nos EUA, descobriram que filmes finos de ferrugem - óxido de ferro - podem gerar eletricidade quando se despeja água salgada sobre sua superfície.

Esses filmes representam uma maneira inteiramente nova de gerar eletricidade e, embora o fenômeno tenha sido demonstrado em uma escala muito pequena por enquanto, abrem a perspectiva do desenvolvimento de novas formas de produção de energia sustentável.

Geração de eletricidade sem reação química

Interações entre compostos metálicos e água salgada geralmente geram eletricidade, mas isso é resultado de uma reação química, na qual um ou mais compostos são convertidos em novos compostos - são essas reações que tipicamente acontecem dentro das baterias.

Em contraste, o fenômeno agora descoberto por Mavis Boamah e seus colegas não envolve reações químicas. Em vez disso, é a energia cinética da água salgada que é convertida em eletricidade.


O mecanismo por trás da geração de eletricidade é complexo, envolvendo adsorção e dessorção de íons, mas essencialmente funciona assim: os íons presentes na água salgada atraem elétrons no ferro que está sob a camada superficial de ferrugem. À medida que a água salgada flui, os íons também fluem, e, através dessa força atrativa, eles arrastam os elétrons no ferro junto com eles, gerando uma corrente elétrica.


O fenômeno, chamado efeito eletrocinético, já havia sido observado em filmes finos de grafeno - folhas de átomos de carbono dispostos em uma rede hexagonal - e é extraordinariamente eficiente, cerca de 30% de eficiência na conversão da energia cinética em eletricidade - como comparação, os melhores painéis solares têm cerca de 20% de eficiência.

No entanto, é difícil fabricar filmes de grafeno, e mais ainda em tamanhos práticos para uso em larga escala. Já os filmes de óxido de ferro são relativamente fáceis de produzir e escalonáveis para tamanhos maiores.

Para esta demonstração inicial, a equipe produziu camadas de ferrugem de 10 nanômetros de espessura sobre uma barra de ferro usando a técnica de deposição de vapor químico.

Quando a água salgada, de concentrações variadas, foi derramada sobre a placa enferrujada, a eletricidade atingiu várias dezenas de milivolts e vários microamperes por centímetro quadrado.

"Para uma perspectiva, placas com uma área de 10 metros quadrados gerariam cada uma alguns quilowatts por hora - o suficiente para uma casa padrão nos EUA. É claro que aplicações menos exigentes, incluindo dispositivos de baixa potência em locais remotos, são mais promissoras no curto prazo," disse o professor Thomas Miller.

Oceano e corpo humano

A exploração do efeito eletrocinético também poderá ser útil em cenários específicos onde soluções salinas estão em movimento - no oceano e no corpo humano são dois bons exemplos.

"Por exemplo, energia das marés, ou coisas flutuando no oceano, como boias, poderiam ser usadas para conversão de energia elétrica passiva," diz Miller. "Você tem água salgada fluindo em suas veias em pulsos periódicos. Isso poderia ser usado para gerar eletricidade para alimentar implantes."

Fonte: Artigo: Energy Conversion via Metal NanolayersAutores: Mavis D. Boamah, Emilie H. Lozier, Jeongmin Kim, Paul E. Ohno, Catherine E. Walker, Thomas F. Miller III, Franz M. Geige
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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Jogo The Blackout Club - 2019


Jogo The Blackout Club - 2019

Sinopse: O Blackout Club é um jogo de terror cooperativo em primeira pessoa centrado em torno de um grupo de amigos adolescentes que investigam um segredo monstruoso sob a pele de sua pequena cidade. 1-4 jogadores exploram missões processualmente geradas contra um inimigo temível que você só pode ver com os olhos fechados.
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Reagan e Gorbachev cessariam Guerra Fria no caso de uma invasão alienígena



Reagan e Gorbachev união caso houvesse invasão alienígena

Novembro de 1987 foi um marco histórico do fim da Guerra Fria. Após um longo período sem contato direto, os líderes dos Estados Unidos e da União Soviética sentaram-se cordialmente numa reunião oficial em Genebra, na Suíça, para discutir questões diplomáticas e armamentistas. De um lado, o presidente americano Ronald Reagan. Do outro, o premiê soviético Mikhail Gorbachev. E assim começavam as negociações que colocariam fim ao conflito que dominou a segunda metade do século 20.


O tratado assinado pelos dois líderes, das duas principais potências nucleares, foi firmado em Genebra após dois dias de conversações entre o Secretário de Estado dos EUA, George Shultz, e o chanceler soviético Eduard Shevardnadaze. "Acabamos de fazer história", assim o presidente Ronald Reagan classificou o tratado assinado com o líder soviético Mikhail Gorbachev, em 8 de dezembro de 1987. Em Washington, foi possível alcançar, entre as duas superpotências adversárias, um acordo de redução dos arsenais nucleares com 150 páginas que previa o desmonte, em três anos, de 2.800 mísseis de curto e médio alcance.

A história seria lembrada dessa forma se, em 2009, Gorbachev não revelasse um pequeno incidente após a reunião. Durante entrevista com Charlie Rose e George Schultz, o ex-líder da União Soviética contou que, enquanto passeava na propriedade com Reagan, o presidente perguntou qual seria o posicionamento da União Soviética diante de uma invasão alienígena.


— O que você faria se os Estados Unidos fossem atacados por alguém do espaço sideral? Você nos ajudaria?

— Sem dúvida nenhuma — respondeu o soviético, sem piscar.

— Nós também — assentiu o americano. 

E assim foi formada uma aliança informal que, o mundo espera, esteja valendo ainda hoje.


No livro How UFOs Conquered The World, o autor David Clarke conta que David Powell, conselheiro de segurança nacional de Reagan, decidiu então apagar todas as “referências interplanetárias” dos discursos do presidente até o fim do governo.

Parece inimaginável que o líder de uma das maiores potências do mundo perguntaria algo do tipo em meio a tensões nucleares e negociações de paz. Mas a população dos Estados Unidos não pensava muito diferente do ex-ator de faroeste. E a cultura popular incentivava a imaginação das pessoas com filmes e livros de ficção científica, dos quais Reagan sempre fora fã. Segundo uma pesquisa da Gallup feita na década de 80, 57% dos americanos acreditavam em UFOs, e 7% afirmavam terem visto um.

É difícil dizer quão sério Reagan estava falando durante a sua conversa com Gorbachev. Mas de uma coisa temos certeza: não foi a primeira vez que uma figura oficial ou um órgão ligado ao governo se preocupou com um ataque extraterrestre. Ou melhor, um ataque de nós, extraterrestres, contra outro planeta.

Em 3 de janeiro de 1993, os presidentes George H. W. Bush, dos Estados Unidos, e Bóris Yeltsin, da Rússia, assinaram o Tratado START II, em Moscou. O tratado previa a redução de dois terços dos arsenais nucleares dos dois países. A meta para 2003 seria a redução de 15 mil ogivas.

Em 2017, a NASA anunciou em seu site uma vaga de emprego singular: o contratado atuaria no Escritório de Proteção Planetária da entidade para evitar que uma “contaminação orgânica e biológica” acontecesse durante a exploração espacial.

Existem regras que impedem a guerra nuclear?

"Estamos caminhando em um campo minado e não sabemos de onde virá a explosão." O alerta foi feito por Igor Ivanov, ex-ministro das Relações Exteriores da Rússia, estr ano, na influente Conferência sobre Política Nuclear, da Fundação Carnegie em Washington, nos Estados Unidos. "Se os Estados Unidos, a Rússia e a China não trabalharem juntos, será um pesadelo para nossos filhos e netos", ecoou Sam Nunn, ex-senador americano e antigo ativista de controle de armas.

Ele incentivou os líderes atuais a repetirem a abordagem adotada pelos presidentes Ronald Reagan (Estados Unidos) e Mikhail Gorbachev (União Soviética) no final da Guerra Fria. E a apoiarem a premissa de que a guerra nuclear não pode ser vencida e, portanto, nunca deve ser considerada.

Reagan sonhava com defesas antimísseis, mas isso não o impediu de negociar um amplo acordo de desarmamento nuclear com o colega soviético.

Os esforços levaram ao Start, ou Tratado de Redução de Armas Estratégicas, que passou a vigorar em 1994 e reduziu o estoque de armas das duas superpotências nucleares.

Hoje, o futuro do sucessor do acordo - o chamado Novo Start - está em xeque. O tratado das forças nucleares de alcance intermediário (INF) entrou em colapso depois que os Estados Unidos e a Rússia deixaram de apoiá-lo.

Para o presidente americano, Donald Trump, os russos quebraram o acordo por anos, mas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nega.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) apoia a visão de Washington, mas os aliados dos Estados Unidos criticam muito a abordagem de Trump sobre assuntos internacionais, como ficou claro na conferência.


Corremos o risco de uma guerra travada 'por engano'?

Em sua palestra na Conferência sobre Política Nuclear, em Washington, a embaixadora da Alemanha nos Estados Unidos, Emily Haber, falou em "erosão do sistema de regras" que regulava o sistema internacional. Para ela, o amplo uso de sanções econômicas punem países em vez de moldarem suas condutas futuras - crítica indireta às sanções americanas contra a Rússia após a invasão da Crimeia em 2015.

A embaixadora alemã também criticou a série de provocações de Putin, que, segundo ela, corroeram a confiança global e o processo diplomático. Mas, como muitos palestrantes da conferência enfatizaram, não há apenas o desmoronamento do antigo acordo de controle de armas ou o aumento das tensões entre superpotências nucleares. Eles temem que algo novo e perigoso esteja se aproximando.

Imagine mísseis altamente precisos voando a velocidades hipersônicas, armas cibernéticas, a possível militarização do espaço, o impacto da inteligência artificial e assim por diante. Todo o sistema de alerta sobre o qual a dissuasão nuclear se sustenta poderia ser minado. Como disse o ex-senador americano Sam Nunn: "Nesta nova era, é muito mais provável que haja guerra por engano ou erro de cálculo - por interferência de terceiros - do que por um ataque premeditado". Esta não foi uma conferência para elevar os ânimos. Sua mensagem era profundamente séria.

Há acordo no horizonte?

O tratado das forças nucleares de alcance intermediário, ou INF, pode ser ressuscitado e ainda atrair a China? Esqueça essa possibilidade, afirma Andrea Thompson, subsecretária de Estado para Controle de Armas dos Estados Unidos. É possível então que o tratado do Novo Start seja salvo? O tempo é curto. O acordo expira no início de fevereiro de 2021. E, embora as apresentações de funcionários do alto escalão dos Estados Unidos e da Rússia tenham reconhecido sua utilidade, houve pouco entusiasmo por qualquer prorrogação.

O Novo Start não deve ser cancelado ainda, mas pode se tornar uma vítima do clima hostil entre Washington e Moscou. Também não havia boas notícias para a conferência sobre outro princípio da diplomacia de Trump - o prometido acordo nuclear com a Coreia do Norte. Na cúpula de Hanói, Trump fez uma grande barganha com Pyongyang. Mas seu colega norte-coreano só estava preparado para sacrificar uma pequena parte do programa nuclear de seu país, exigindo em troca a suspensão de sanções econômicas. Trump escolheu ir embora.

Stephen Biegun, o representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, afirmou que a posição do governo Trump endureceu. Mas, apesar de todos os esforços de Biegun para mostrar o raciocínio do presidente como coerente e crível, não há consenso sobre o rumo da política dos Estados Unidos para a Coreia do Norte.


A preocupação continua no ar

Se os tratados que limitam armas à moda antiga estão se desfazendo, será mais difícil concordar com medidas para controlar as novas armas? A era do controle tradicional de armas acabou? Havia um consenso - de russos, europeus e americanos - de que um diálogo sobre a estabilidade estratégica entre Washington e Moscou é urgentemente necessário.

Isso não será fácil, dada a constante investigação sobre os esforços do governo russo para interferir na eleição presidencial americana de 2016, ou as ações de Putin na Síria e na Ucrânia. No auge da Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética se ameaçaram com destruição mútua. Isso produziu um sistema de tratados e entendimentos, mas parece que o antigo livro de regras já foi descartado.

Antigas inimizades estão de volta e podem ser mais perigosas do que nunca, dada a aparente falta de qualquer mecanismo ou disposição humana para administrar essas crescentes tensões.



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Sim, a NASA procura por vida inteligente no universo embora muitos neguem esse fato.



Afinal, a NASA procura por vida inteligente no universo?

Com a recente chegada do 50º aniversário dos pousos lunares da Apolo, as pessoas de todo o mundo foram lembradas das realizações notáveis, há meio século, que levaram os humanos a um mundo alienígena. Foi, como o famoso astronauta Neil Armstrong disse, “…um grande salto para a humanidade”.

E, no entanto, também foi apenas um pequeno passo, e não apenas para Armstrong, mas também em termos das futuras missões espaciais da humanidade. Os planos atuais para retornar à Lua foram reiterados pelo vice-presidente Mike Pence, que falou na recente comemoração do “One Giant Leap” (Um Grande Salto), um evento que marcou o 50º aniversário do desembarque da Apolo 11.


Pence disse para uma platéia que incluía o astronauta Buzz Aldrin: "Tenho orgulho de relatar sob a direção do presidente dos Estados Unidos da América, a América retornará à Lua dentro dos próximos cinco anos, e o próximo homem e a primeira mulher na Lua serão astronautas estadunidenses".

Isso só serve para mostrar os momentos emocionantes em que vivemos, e pode não haver campo onde isso seja mais evidente do que no setor aeroespacial, com o atual impulso de empresas privadas como a Blue Origin e outras para levar a humanidade às estrelas.

Além dos muitos benefícios para a humanidade que podem resultar do nosso desejo de avançar ainda mais para o cosmos, há outras descobertas marcantes que poderiam ser feitas também. Indiscutivelmente, o maior deles pode ser o de finalmente aprender a resposta para a velha pergunta: “estamos sozinhos?”


À medida que nossa tecnologia terrestre melhora, muitos astrônomos e astrobiólogos acham que é apenas uma questão de tempo até encontrarmos evidências de “vida lá fora” também, seja por meio de evidências de “assinaturas tecnológicas” (isto é, evidência da vida encontrada através da detecção de tecnologias avançadas que possam estar sendo usadas), ou mesmo da descoberta de formas mais simples de vida durante nossa eventual viagem a outros mundos, seja em viagens tripuladas, ou com a ajuda de sistemas robóticos que enviamos em nosso lugar.

É interessante, portanto, que com todo o interesse na potencial descoberta da vida alienígena, a agência espacial americana (NASA), na verdade, utiliza muito pouco em tecnologias que possam nos ajudar a encontrar a vida lá fora.

Pelo menos esse é o caso, de acordo com Jason Wright, astrônomo da Pennsylvania State University, que recentemente conversou com The Conversation sobre o plano bobo de “invadir a Área 51”, entre outras coisas. (Wright disse que nem tinha ouvido falar sobre o último meme da Área 51 até a AlterNet pergunta-lo sobre isso).

No entanto, muito mais interessante do que a discussão sobre a Área 51 e teorias alienígenas que foram levantadas sobre isso ao longo dos anos, foram os pensamentos de Wright sobre a busca por vida alienígena. Wright ao The Conversation: "A busca pela vida no Universo é uma grande prioridade para a NASA e para a ciência estadunidense. Muitas de nossas missões a Marte e nossos telescópios espaciais são projetados com a detecção de bioassinaturas em mente – ‘bioassinaturas’ sendo sinais de vida como microfósseis ou evidência de metabolismo nas atmosferas de planetas distantes."

PDF sobre veículos espaciais

No entanto, Wright também disse que apesar de todo o interesse que existe em encontrar vida alienígena, o financiamento desses programas continua a ser um problema: "Mas apesar dos bilhões de dólares gastos nessas missões, acho que muitos ficariam surpresos em saber que a NASA e a National Science Foundation gastam perto de nada à procura de vida inteligente no Universo, incluindo a vida tecnológica que, afinal, poderia ser mais fácil de encontrar".

E continuou. "Eu acho que o nível de financiamento para o campo deve ser determinado da maneira como o resto da ciência é, por meio da revisão competitiva de propostas de pesquisa. Então, eu não sei qual é o nível ‘certo’, mas sei que não é zero."

Em um artigo no início deste ano, intitulado “Searches for Technosignatures: The State of the Profession” (“Pesquisas por Assinaturas Tecnológicas: O Estado da Profissão”), Wright pediu mais interesse da NASA e da National Science Foundation em prol da busca por tecnologias de vida alienígena. Wright argumentou: "A busca pela vida no Universo é um tema importante da astronomia e astrofísica para a próxima década. As pesquisas por assinaturas tecnológicas são complementares às pesquisas por bioassinaturas, pois oferecem um caminho alternativo para a descoberta e abordam a questão de se a vida complexa (ou seja, tecnológica) existe em outros lugares da Galáxia."

Wright argumenta que a agência espacial e outras agências e organizações capazes de liderar o caminho neste campo não o fizeram, em parte devido a estigmas que se tornaram associados à ideia de vida alienígena, e que caminhos poderiam levar à sua eventual descoberta. De acordo com Wright, a NASA evitou o tópico, “como resultado de décadas de passado político, distorção do esforço com tópicos não científicos, como OVNIs, e confusão em relação ao escopo do termo SETI [Search for Extraterrestrial Intelligence (Procura por Inteligência Extraterrestre)].

SETI, ou a busca por inteligência extraterrestre, permanece um tanto controversa hoje. Embora tenha sido endossado por pessoas como Carl Sagan e muitos outros notáveis ??defensores da ciência ao longo dos anos, tornou-se uma sombra do esforço outrora ambicioso e coordenado de décadas atrás, e hoje é amplamente financiado de forma independente. 

Wright diz: "O Astro2020 Decadal deve abordar a falta de envolvimento da NASA, tornando o desenvolvimento do campo uma prioridade explícita para a próxima década. Recomenda-se que a NASA e a NSF apoiem ??o treinamento e o desenvolvimento curricular no campo, de forma a apoiar a equidade e a diversidade e fazer chamadas explícitas para propostas do financiamento de buscas por assinaturas tecnológicas.

Como Wright observa, descobrir a vida alienígena pode exigir um pouco mais do que encontrar evidências de tecnologia alienígena, um processo que pode começar agora mesmo, com tecnologias já à nossa disposição, e sem ter que sair da Terra.

A questão que permanece é se podemos passar da ideia altamente estigmatizada de vida alienígena por tempo suficiente para concretizarmos novos e inovadores planos para o futuro. Esses planos são tão importantes quanto quaisquer planos atuais para futuras missões espaciais; e, finalmente, eles poderiam fornecer respostas sobre se estamos realmente sozinhos neste estranho e misterioso Universo. Fonte: Revista UFO 

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terça-feira, 30 de julho de 2019

Etiópia da exemplo para o mundo e planta 353 milhões de árvores para melhorar o seu futuro


Etiópia planta 353 milhões de árvores 


Plantar 353 milhões de árvores em apenas 12 horas parece tarefa impossível. Mas é exatamente isso que o governo da Etiópia declara ter alcançado, na sequência de uma campanha de reflorestação que mobilizou todo o país. O exemplo veio do próprio primeiro-ministro, Abiy Ahmed, que lançou mãos a uma obra à medida do desafio das alterações climáticas.


"O problema do ambiente é global, mas o impacto sente-se ainda mais neste país. A maior parte dos problemas que temos, como a fome, está diretamente ligada à falta de medidas de proteção ambiental", afirma Samuel Geleta, professor da Universidade de Salisbury.



A Etiópia apresenta a iniciativa como um recorde mundial, batendo a proeza da Índia que, em 2017, colocou 66 milhões de árvores no solo no mesmo período de tempo.

O objetivo final é plantar 4 mil milhões de árvores até ao final do verão, sendo que muitos funcionários públicos foram mobilizados para o fazer.

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José Da Cruz pescador da Baía constata que a maré já avançou três metros que o normal




José da Cruz tem 46 anos e é pescador na Baía.


É no Manguezal que, junto à família, ganha o sustento com a captura do caranguejo. Ao resto do mundo liga-o apenas um rádio e o respeito pela natureza. Não aprendeu a ler nem a escrever, mas sabe que o Árctico está a descongelar e que as alterações climáticas são um problema de todos.



"De há uns 10 anos para cá, notei uma mudança aqui nessa ilha, é a maré, porque a maré avançou uns três metros a mais que o normal. Eu trazia 10,12 cordas de caranguejos. Hoje, trago quatro, cinco cordas."


Carlos Nobre, investigador da Universidade de São Paulo, sublinha a importância destes ecossistemas costeiros de transição.

“Nesta época em que precisamos de retirar gás carbono da atmosfera para evitar as piores consequências das mudanças climáticas, os manguezais são essenciais. Nesta época em que precisamos de ter uma barreira para amortecer um pouco o impacto da severidade que vem dos oceanos, das ondas, das tempestades, das ressacas, os manguezais são essenciais e prestam um serviço ecossistêmico muito grande e protegem as populações que vivem nessas áreas".


Os manguezais representam quase 14 mil quilômetros quadrados da costa brasileira. Nos últimos 100 anos, ao longo da Baía, o nível das águas subiu 20 a 30 centímetros.
Fonte: Euro News

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Jogo Monster Boy And The Cursed Kingdom - 2019



Jogo Monster Boy And The Cursed Kingdom - 2019

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