A TAM será a primeira companhia das Américas e a quarta do mundo a voar com o A350 XWB, o último lançamento da Airbus. A primeira das 27 aeronaves do modelo encomendada pela companhia brasileira tem entrega prevista para dezembro, para estrear no mês seguinte cumprindo a rota de São Paulo a Manaus. Os jatos seguintes serão empregados nos voos de Guarulhos a Miami e Madri.
A escolha de uma rota nacional para o A350 pode soar estranha, mas vai permitir que as equipes técnicas da companhia, principalmente as operacionais, se familiarizem com o novo modelo, que hoje foi apresentado à Imprensa pela TAM e Airbus, em um evento no aeroporto de Guarulhos.
Após as apresentações e informações sobre o novo jato, embarcamos em um ônibus da GRU Airport no Terminal 4 para a visita ao A350 número 2. De longe o porte da aeronave impressiona, mesmo ao lado de um 747 da British Airways, mas não tanto quanto as suas linhas arrojadas.
O A350 nasceu como uma resposta da fabricante europeia ao inovador Boeing 787 Dreamliner e não há como não comparar os modelos. O design do novo Airbus, como o de seu concorrente, é inovador, mas ao mesmo tempo elegante. De início, chamam a atenção as asas com um desenho diferente e winglets, que segundo a fabricante foi inspirada no voo dos pássaros.
Cada asa mede 32 metros e é construída quase totalmente de materiais compostos. Segundo a Airbus, elas são capazes de mudar de forma durante o voo para aumentar a sustentação e reduzir o arrasto, contribuindo para a economia de combustível.
O formato do bico e as janelas dianteiras também têm um desenho inédito, que garante melhor aerodinâmica. Como um todo, o A350 tem um desenho agradável e moderno, que certamente vai agradar aos amantes da aviação.
As maiores inovações do modelo, porém, estão do lado de dentro, a começar por sua construção. Segundo a Airbus, o A350 é produzido com 70% de materiais avançados, como fibra de carbono e titânio, que o tornam mais leve e de manutenção mais barata.
Mais leve e mais rápido, o A350 é também mais econômico e chega a gastar 25% menos combustível que o Boeing 777, um dos modelos da TAM que ele vai substituir – o outro é o Airbus A330.
Interior
É hora de embarcar e descobrir o conceito da Airbus de Extra Wide Body (cabine extra larga), o tal XWB que completa o nome ao avião. O conceito é simples: com os novos compostos de fabricação e os novos sistemas do avião foi possível criar uma cabine mais larga, que tende a se reverter em mais espaço nas poltronas e conforto aos passageiros. Pelo menos é essa a intenção da Airbus, já que isso depende da configuração definida por cada companhia aérea.
A nova cabine tem largura de 221 polegadas (5,6 metros), suficientes para acomodar nove poltronas de 18” (45,7 cm) de largura na classe econômica. É esta a configuração exibida no A350 2, que é um avião de testes, com vários dispositivos e painéis de instrumentos, usados para fazer testes e acompanhar as reações do aparelho durante o voo. Também é a configuração prevista para as aeronaves da TAM.
Além da largura, a Airbus aumentou o tamanho das janelas, que ficaram próximas às dimensões das do 787, mas mantiveram as persianas tradicionais – o novo novo modelo da Boeing usa um modernoso sistema de fotocromatismo. O tamanho da janela garante uma boa iluminação da cabine, que durante o voo conta ainda com um moderna iluminação com leds, com 16,7 milhões de cores. Assim a Airbus passa a oferecer o sistema de cores conforme a etapa do voo, como o Sky Interior da rival Boeing.
Outro destaque é a ampliação do bagageiro, que segundo a fabricante oferece espaço para mais de uma bagagem por passageiro.
O A350 visitado estava configurado em duas classes: econômica e business. Será essa também a configuração adotada pela TAM nos dois primeiros modelos recebidos. Serão 348 assentos, dos quais 318 na Classe Econômica e 30 na Premium Business, que reclinam até 180 graus (full flat).
Ainda segundo a Airbus, o novo A350 oferece um nível de ruído inferior ao dos concorrentes e uma melhor qualidade do ar da cabine, que é renovada a cada 2 ou 3 minutos. Aliado a uma pressurização menor e à iluminação, isso oferece uma experiência de voo menos cansativa em rotas longas. Segundo a Airbus os resultados têm sido excelentes com os passageiros da Qatar Aiways, a primeira companhia a operar o modelo comercialmente.
De uma maneira geral, o A350 XWB agrada muito e tem tudo para brigar de igual para igual com o Dreamliner. Prova disso são as 781 encomendas recebidas pela fabricante, incluindo os jatos da TAM e também da Azul, que pretende usar o modelo nas suas rotas do Brasil aos Estados Unidos.
Estude: Regulamento brasileiro de aviação civil ANAC
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