Ela está chegando e já tem até nome: Croatá Laguna EcoPark. Trata-se da primeira cidade 100% inteligente e sustentável a ser construída no Brasil, com apoio das companhias italianas Planeta Idea e SocialFare e da StarTAU, nome do Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv, em Israel. O empreendimento ...
está sendo erguido no Ceará e deve se tornar referência para outros municípios do Brasil, assim que for inaugurado (ainda em 2017, segundo prometem os envolvidos no projeto). Em sua primeira fase, a cidade contará com espaço residencial para 150 casas, além de um porto (que até 2025 deve ser o segundo maior do Brasil!) e áreas destinadas ao lazer, comércio, serviços públicos e indústria. Entre outros benefícios, o empreendimento terá:
– corredores verdes ao longo de toda a cidade;
– ciclovias de ponta a ponta do município;
– tratamento de águas residuais;
– aproveitamento de águas pluviais;
– coleta inteligente de resíduos;
– produção de energia solar e eólica;
– praças com equipamentos esportivos que geram energia por meio dos movimentos dos cidadãos;
– monitoramento da qualidade do ar e da água;
– redes inteligentes de eletricidade e água;
– iluminação pública inteligente;
– aplicativos para serviços de mobilidade compartilhada – como carros, motos e bikes;
– hortas compartilhadas espalhadas por toda a cidade;
– infraestrutura digital com wi-fi grátis para todos os moradores.
E mais: a população poderá saber tudo o que acontece na cidade, em tempo real, por meio de aplicativo, que funciona como uma espécie de painel de controle do Croatá Laguna EcoPark. Quem aí já quer começar a fazer as malas para mudar para o local? Uma casa por lá custará cerca de R$ 24.300, segundo os idealizadores, que podem ser pagos em até 120 vezes, exatamente para serem uma alternativa à população de baixa renda. Já pensou se todas as cidades do Brasil fossem reformuladas de acordo com o modelo?
Israelenses ajudam a construir, no Ceará, a primeira cidade inteligente para população de baixa renda
Em Croatá, distrito do município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, está sendo construída a primeira smart city social do país, uma cidade inteligente que atenderá área com forte déficit habitacional e de outros serviços. Será o primeiro protótipo real de uma cidade inteligente para população de baixa renda. Lotes residenciais custam a partir de R$ 24.300,00, que podem ser pagos em 120 vezes, corrigidos pelo INCC e, após a entrega, pelo IGPM.
A nova cidade se chama Croatá Laguna Ecopark e é uma iniciativa conjunta de duas organizações italianas, Planeta Idea e SocialFare - Centro para Inovação Social, com a StarTAU, Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv, que compartilham esforços para gerar impacto social e tecnológico.
Conhecedores da posição de Israel como líder nos setores de alta tecnologia, os italianos buscaram este mês em Tel Aviv startups e tecnologias altamente inovadoras que vão forjar o futuro das cidades inteligentes no Brasil. As três empresas israelenses que participarão são Magos, fabricante de radares para segurança, GreenIQ?, sistema que controla a irrigação com base na previsão do tempo, economizando até 50% de água, e Pixtier, plataforma em nuvem que fornece mapas em 3D, permitindo planejamento e gerenciamento eficientes das cidades.
Em vez de morar em um bairro anônimo do subúrbio, o habitante estará imerso num sistema social integrado, com sinal wi-fi liberado, aplicativos específicos para serviços de transporte alternativo, compartilhamento de bicicletas e motos, pagamentos via smartphone, além de reaproveitamento das águas residuais, controle computadorizado da iluminação pública e praças dotadas de equipamentos esportivos que geram energia. A tecnologia também oferecerá ajuda para desenvolver programas sociais, como cursos de prevenção médica, nutrição, alfabetização digital e hortas compartilhadas.
A ideia da smart city social insere-se em um contexto internacional que identifica, sobretudo nos países emergentes, dois fenômenos: 1) os fluxos migratórios dos campos levarão a população que vive nas cidades dos atuais 50% a um percentual de 80% nos próximos 25 anos; 2) 27% da população mundial têm menos de 15 anos. Isso quer dizer que, nos próximos anos, essas pessoas entrarão para o mercado de trabalho e precisarão de casas e serviços. “Essa tipologia de cidade nasce para gerir de forma ordenada tais fluxos com serviços inovadores”, disse Gianni Savio, diretor geral da Planet Idea, à revista Comunità Italiana.
A previsão é concluir a primeira fase dos trabalhos em 2016, constituída por 150 casas e toda a infraestrutura. O projeto deve ficar pronto no final de 2017. Croatá faz parte de uma região valorizada por causa do crescimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que está destinado a se tornar, até 2025, o segundo porto em movimentação de cargas, depois do Porto de Santos. Os seis pilares da smart city social são: planejamento urbano e organização, arquitetura além das regras tradicionais da habitação social, tecnologia dedicada, mobilidade inteligente, vida comunitária, energia limpa. Fonte: O Arquivo.com
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