Apesar de conhecida por seus dias nublados, Curitiba tem grande potencial para a geração de energia solar. Isso porque, diferentemente do que muitos pensam, não são necessários dias ensolarados para gerar energia solar. O que se precisa é de radiação solar. Assim, ainda que os dias sejam predominantemente nublados, os raios solares ultrapassam as nuvens e conseguem atingir os painéis fotovoltaicos, gerando energia.
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As afirmações são do professor da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) Eloy Casagrande. Segundo ele, a temperatura não torna inviável a produção de energia por sistemas solares, desmistificando que os dias frios de Curitiba seriam outro problema para quem gostaria de investir no setor.
De acordo com Casagrande, nos dias muito frios, mas ensolarados, com céu azul, é possível gerar energia tanto quanto em dias quentes de verão com a vantagem de não superaquecer as placas. “Na região sul do Brasil, que tem clima mais temperado, com verões menos quentes, em geral, os painéis fotovoltaicos não sofrem superaquecimento, o que ocorre nas áreas muito quentes. Além disso, as temperaturas muito altas fazem com que o painel perca eficiência e tempo de vida útil. Por isso, em locais de clima temperado o tempo de vida útil dos painéis fotovoltaicos é maior”, afirma.
Foi preciso superar este mito para que o empresário Milton Ribeiro, que há muito tempo se preocupava com o alto gasto de energia em sua empresa curitibana, resolvesse investir em painéis fotovoltaicos. A mudança, que desfez a ideia de que os dias nublados tornaria inviável a substituição da energia hidrelétrica por energia solar, possibilitou uma economia de mais de mil reais na conta de luz. Com um investimento aproximado de R$ 60 mil, o empresário acredita que em pouco mais de quatro anos terá o retorno do investimento.
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Para o engenheiro eletricista Sérgio Inácio Gomes, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), um dos principais fatores para a expansão do uso da energia solar não só em Curitiba, mas no Brasil como um todo, é o tempo de retorno do investimento em um sistema fotovoltaico.
“De forma geral os sistemas fotovoltaicos são uma boa alternativa para economizar na conta de luz. Entretanto, é preciso ter tudo na ponta do lápis, uma vez que cada consumidor pertence a uma categoria tarifária, que impacta na quantia paga pelo quilowatt/hora, de acordo com as classes. Existem diferentes fatores que devem ser verificados para se chegar à conclusão do payback, que é o tempo estimado para a compensação do retorno do investimento”, fala. Fonte: Portal Solar
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