Propriocepção
Engenheiros suíços apresentaram uma mão biônica que permite que pacientes amputados recuperem sua propriocepção.
Propriocepção é a capacidade do nosso cérebro para sentir instantaneamente e com precisão a posição de nossos membros durante e após o movimento - mesmo no escuro ou com os olhos fechados. É ela, por exemplo, que nos mantém equilibrados de pé sem que tenhamos que ter consciência de cada minúsculo movimento das nossas pernas e pés.
Resultado de 10 anos de pesquisa e desenvolvimento, a nova mão biônica permite que os pacientes alcancem algo em uma mesa e verifiquem a consistência, a forma, a posição e o tamanho, sem ter que olhar para o objeto.
A prótese, já testada com sucesso em pacientes, funciona estimulando os nervos no coto. Os nervos podem então fornecer feedback sensorial aos pacientes em tempo real, quase como na mão natural.
Feedback tátil e de posição
Próteses mioelétricas atuais já permitem que os pacientes recuperem o controle motor voluntário de seu membro artificial explorando a função muscular residual no antebraço. No entanto, a falta de qualquer feedback sensorial significa que os pacientes têm que confiar fortemente em informações visuais, o que pode impedir de sentir que o membro artificial faz parte do corpo, tornando seu uso mais artificial.
Recentemente, vários grupos de pesquisa conseguiram fornecer feedback tátil em pacientes amputados, levando a uma melhor função e incorporação da prótese. Mas esta prótese biônica apresentada agora levou as coisas um passo adiante.
"Nosso estudo mostra que a substituição sensorial baseada na estimulação intraneural pode fornecer feedback de posição e feedback tátil simultaneamente e em tempo real. O cérebro não tem problema em combinar essas informações e os pacientes podem processar os dois tipos em tempo real com excelentes resultados," explicou o professor Silvestro Micera, da Escola Politécnica Federal de Lausanne.
Treinamento sensorial
A estimulação intraneural restabelece o fluxo de informações externas utilizando pulsos elétricos enviados por eletrodos inseridos diretamente no coto. Os pacientes então passam por um treinamento para aprender gradualmente a traduzir esses pulsos em sensações proprioceptivas e táteis.
Essa técnica permitiu que dois amputados recuperassem uma alta acuidade proprioceptiva, com resultados comparáveis àqueles obtidos em indivíduos saudáveis.
O fornecimento simultâneo de informações de posição e feedback tátil permitiu que os dois amputados determinassem o tamanho e a forma de quatro objetos com um ótimo nível de precisão (75,5%).
Fonte: inovacaotecnologica.com
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