As temperaturas no inverno no Ártico aumentarão entre 3ºC e
5ºC até 2050 e entre 5ºC e 9ºC até 2080, mesmo com cortes nas emissões de gases
de efeito estufa, de acordo com o Acordo de Paris.
Mas mesmo se as emissões globais parassem de um dia para o
outro, as temperaturas continuariam a subir de 4ºC para 5ºC até 2100, em
comparação com o final do século XX. Esse aumento é “bloqueado” no sistema
climático pelos gases de efeito estufa já emitidos e pelo armazenamento de
calor do oceano.
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Em um novo relatório ambiental da ONU, a organização adverte
que este aumento de temperatura irá devastar a região e desencadear o aumento
do nível do mar em todo o mundo. Além disso, o rápido degelo poderia acelerar
ainda mais a mudança climática e inviabilizar os esforços para alcançar o
objetivo de longo prazo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura
global a 2 ° C.
Outras pressões ambientais no Ártico, identificadas pela ONU
em seu relatório, “uma visão gráfica da mudança do Ártico”, incluem a acidificação
dos oceanos e a poluição por plásticos. O documento foi apresentado
quarta-feira na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Mais fusão, emissões
e acidificação
Segundo a ONU, os impactos globais do aumento das
temperaturas no Ártico também seriam enormes.
De 1979 até hoje, estima-se que o gelo ártico do mar
diminuiu em 40%, e que o derretimento da camada de gelo da Groenlândia e as
geleiras do Ártico contribuem para um terço do aumento do nível do mar em todo
o mundo.
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Portanto, mesmo em conformidade
com o Acordo de Paris, espera-se que o aquecimento do Ártico seja reduzido em
45% em relação a hoje. Em todo o mundo, esses solos congelados contêm
aproximadamente 1,672 bilhão de toneladas métricas de carbono.
Assim, espera-se que o aumento do degelo contribua
significativamente para as emissões de dióxido de carbono e metano. O
aquecimento resultante, por sua vez, levará a um descongelamento adicional, um
efeito conhecido como “feedback positivo”. Essa mudança climática
acelerada pode até inviabilizar a meta de 2 ° C do Acordo de Paris.
A mudança climática também terá consequências para a
acidificação dos oceanos, especialmente nas espécies marinhas do
Ártico. Isso ocorre porque a água fria pode reter mais CO2 dissolvido,
enquanto o gelo derretido propaga ainda mais essa acidez. Desde o início
da revolução industrial, o oceano do mundo tornou-se 30% mais
ácido. Quanto mais ácida a água, mais energia os corais, moluscos,
ouriços-do-mar e plâncton do Ártico precisam usar para construir suas conchas e
esqueletos.
Apesar de sua imagem primitiva, as características
geográficas e o clima frio do Ártico fazem do oceano, do fundo do mar e da
costa da região um sumidouro de poluentes de todo o mundo. Apenas 1.000
dos 150.000 produtos químicos em uso em todo o mundo são monitorados
regularmente. Portanto, a ONU afirma que um sistema de aprovação global é
necessário para novos produtos químicos.
Fonte: engenhariae.com.br
Nota importante
Nota importante
De acordo com
cientistas da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Londres, a
quantidade de gelo derretido chega a 125 trilhões de toneladas por ano. Fato
que proporciona um aumento no nível do mar, que, apesar de ser de poucos
centímetros em algumas regiões, já é o suficiente para promover um
desequilíbrio ambiental. Em 2010, o nível dos oceanos deverá estar
aproximadamente um metro acima do que estava previsto pelo Painel do Clima das
Nações Unidas (IPCC).
A elevação da temperatura global está afetando o equilíbrio ambiental, atingindo todos os tipos de vida. Várias espécies de animais marinhos e peixes estão ameaçadas pelo degelo. Um exemplo bastante representativo é a redução do gelo na Antártica, a qual fez com que a população de pinguins diminuísse em 33%.
Calcula-se que aproximadamente 200 milhões de indivíduos serão afetados com o aumento do nível do mar, e que 60% da população residente em áreas costeiras terão que migrar para outras regiões, pois os riscos de inundações serão constantes causando destruições e mortes.
A elevação da temperatura global está afetando o equilíbrio ambiental, atingindo todos os tipos de vida. Várias espécies de animais marinhos e peixes estão ameaçadas pelo degelo. Um exemplo bastante representativo é a redução do gelo na Antártica, a qual fez com que a população de pinguins diminuísse em 33%.
Calcula-se que aproximadamente 200 milhões de indivíduos serão afetados com o aumento do nível do mar, e que 60% da população residente em áreas costeiras terão que migrar para outras regiões, pois os riscos de inundações serão constantes causando destruições e mortes.
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