Membrana de madeira
A mesma equipe da Universidade de Maryland, nos EUA, que
criou uma madeira à prova de balas, uma madeira antichama e
uma esponja de madeira, acaba de mostrar que esse material natural e
renovável pode ser usado para gerar energia por meios não poluentes.
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Tian Li e seus colegas criaram um dispositivo que transforma
calor em eletricidade com base em íons.
Como as correntes iônicas são o princípio da bioeletricidade
que permeia os seres vivos, a equipe espera estar abrindo caminho para
aproveitar o calor do corpo humano para fornecer energia para aparelhos
eletrônicos e implantes médicos.
Membrana iônica
Li transformou um pedaço de madeira em uma membrana flexível
que mantém as nanoestruturas naturais da madeira, usadas pela planta para
movimentar a água entre as raízes e as folhas. São canais com estrutura fractal
que descem até a dimensão de uma única célula.
A membrana foi era envolta por eletrodos de platina e
recebeu um eletrólito à base de sódio, que se infiltrou na celulose. Os íons de
sódio do eletrólito adentram pelos micro e nano-canais, que então regulam o
fluxo de íons do eletrólito e geram o sinal elétrico.
"As paredes dos canais carregados [eletricamente] podem
estabelecer um campo elétrico que aparece nas nanofibras e, assim, ajudam a
regular efetivamente o movimento de íons sob um gradiente térmico,"
explicou Li.
"Nós somos os primeiros a mostrar que este tipo de
membrana, com suas matrizes expansivas de celulose alinhada, pode ser usada
como uma membrana seletiva iônica de alto desempenho pela nanofluídica e para a
transmissão molecular e estende enormemente as aplicações da celulose sustentável
em nanoiônicos," finalizou ele.
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