A pistola Luger
originou-se num projeto de Hugo Borchardt de 1893. Tempo depois George Luger
concebeu e produziu a arma que foi batizada com seu nome.
As primeiras Luger foram fabricadas com calibre 7,65mm e
adotadas pelo Exército Suiço. O seu projeto caiu nas graças de diversas nações
e cerca de dois milhões de pistolas foram produzidas por variados fabricantes
em no mínimo 35 versões.
A Pistola P08 foi uma dessas variações. Foi adotada pelo
Exército Alemão em 1908 e seguiu como a principal pistola até a Walther P38
também ser adotada em 1938. O principal calibre da P08 era 9 mm, porem outras
versões de 7,65mm foram feitas. A P08 tornou-se uma das armas clássicas armas
da Segunda Guerra Mundial.
De simples manuseio, fácil de mirar e geralmente muito bem
fabricada. Seu complexo sistema de ação sensível à poeira e sujeira exigia uma
fabricação precisa. Ainda assim a Luger P08 provou ser uma pistola robusta e
resistente. Foi substituída nas linhas de produção devida a demanda por
pistolas ser alta e sua fabricação lenta. Em 1942 entraram em circulação as
últimas fabricadas.
A Luger mais tradicional, a P08, possuía um cano de 103 mm
de comprimento e outro modelo mais antigo, a P17 Artillerie era dotada de um
cano de 203 mm e possuía um pente para 32 cartuchos, já fora de linha entre
1939 e 1945.
Essas pistolas foram um dos troféus mais desejados da
Segunda Guerra Mundial e muitas dessas ainda existem em coleções.
Fonte: segundaguerra.net
Pais: Alemanha
Calibre: 9mm
Comprimento: 222mm
Comprimento do cano: 103mm
Peso: 0,877kg
Velocidade inicial do projétil: 381m/s
Pente: 8 munições
A Marinha Alemã(na época Germânica) faria a primeira
encomenda em 1904 (seguindo-se outras em 1906 e 1908), seguida pelo Exército em
1908 No entanto, os alemães acabaram criando variações específicas para cada
força armada, devido ao emprego que previam para essas armas. A Luger foi
popular durante a Primeira Guerra Mundial utilizada principalmente pela
infantaria do Exército Alemão, inicialmente utilizava calibre 7.65x22mm
Parabellum, apartir da qual seria modificada para 9x19mm Parabellum, sendo
desenvolvido um novo cartucho. Esta conjugava perfeitamente precisão velocidade
e poder de parada. Junto do já mencionado 7,65mm Luger, estes seriam os dois
únicos calibres empregados pela Luger ao longo de sua história. Este modelo de
cartucho (9mm) seria no futuro padrão para a maioria das pistolas automáticas
que viriam a ser fabricadas.
Apesar das restrições impostas pelo Tratado de Versalhes, em
relação a derrota da Alemanha, a pistola continuou a ser fabricada, quer no
interior da fronteira com a Alemanha ou em linhas de produção no resto da
Europa. Como pistola militar, a Luger não justificava a reputação que granjeou.
É elegante, boa de manusear e atira com precisão, mas sofre de várias
limitações para ser considerada uma boa arma militar. Sua manufatura é bastante
dispendiosa. O mecanismo tem muitas peças miúdas que requerem usinagem e
montagem cuidadosas, e as molas têm de ser fabricadas com certo cuidado. O
sistema de culatra articulável é sensível às variações da potência do cartucho,
o que pode emperrar o funcionamento da arma. Lama, poeira, gelo e neve também
provocam enguiços, e uma vez que o mecanismo não é coberto, nada impede que
esses agentes penetrem nele.
Quando posta de lado com a sua sucessora, a Walther P38, não
há dúvida sobre qual seja uma melhor pistola para uso militar. Mesmo assim
foram fabricadas algo em torno de quatro milhões de unidades desta arma, e até
hoje os colecionadores pagam altos preços por um exemplar em bom estado
O Exército Português tornou-se num dos
primeiros exércitos do mundo a dispor de uma pistola automática como arma
regulamentar ao adotar a Luger de calibre 7,65 mm e cano de 120 mm em 1908,
dando-lhe a denominação oficial de Pistola 7,5 mm m/1908. Em 1909 Marinha
Portuguesa também adoptou a Luger, mas de calibre 9 mm e cano de 100 mm,
dando-lhe a denominação oficial de Pistola Parabellum m/910. Em 1912, a Marinha
voltou a receber uma nova remessa de pistolas Luger com algumas alterações em
relação às de 1909, que receberam a denominação Pistola Parabellum m/912. Em 1935
foi a vez da Guarda Nacional Republicana ser equipada com pistolas Luger 7,65
mm. O Exército Português voltou a reequipar-se com pistolas Luger a partir de
1941, mas desta vez com calibre 9 mm e cano de 100 mm, denominadas Pistola 9 mm
Parabellum m/943. Estas pistolas serviram como arma de serviço dos oficiais do
Exército até 1961, quando foram substituídas pela Walther P38. Parte das
pistolas remanescentes, foram então distribuídas aos apontadores de lança
granadas-foguete e morteiro das unidades em combate na Guerra do Ultramar, para
disporem de uma arma de defesa próxima.
Fonte: www.oarquivo.com.br /
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