Gigantes são,
geralmente, considerados como personagens mitológicas; fantasia de estórias
infantis ou exagero dos relatos históricos e religiosos, símbolos de poder,
figuras criadas pela imaginação dos antigos. Sendo assim, como explicar as
peças arqueológicas que remetem à existência destas criaturas?
Esqueletos, monumentos ciclópicos, encontrados em todo o
mundo, cuja engenharia a ciência contemporânea não consegue explicar? Com
tantos registros e evidências não seria absurdo supor que eles existiram e
desempenharam um papel muito importante na história da raça humana.
Os cientistas resistem em aceitar essa idéia. A confirmação
da existência destes seres provocaria, necessariamente, uma mudança radical em
mais de uma área do conhecimento: história, biologia evolucionista,
arqueologia, antropologia.
Entretanto, a busca da verdade científica exige
flexibilidade de pensamento capaz de rever as teorias ortodoxas diante de
descobertas inesperadas que, eventualmente, venham a acontecer.
Muitos estudiosos têm defendido a teoria de uma raça pré-Adâmica e a existência
de raças humanas que podem ter habitado o planeta em épocas muito remotas.
Nessa linha de raciocínio os gigantes são uma hipótese
significativa que não pode ser simplesmente descartada sem uma investigação
minuciosa; existem mitos numerosos que se referem a eles.
Considerar todos esses mitos como mera fantasia é, no
mínimo, uma atitude ingênua e preguiçosa daqueles que preferem a ignorância ao
trabalho de pesquisa e de possível reformulação de um conjunto de idéias
comodamente estabelecido. Um exemplo clássico de referência histórica à
existência de gigantes é um texto da Bíblia judaico-cristã:
Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre
a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos
homens eram belas e escolheram esposas entre elas.
O Senhor então disse: "Meu espírito não permanecerá
para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só
de cento e vinte anos. Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí
por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas
geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados em tempos antigos. [GENESIS
6:1-4]
Texto
acima refere-se gigantes vivendo em uma época antes do dilúvio de Noé e depois
desta grande inundação. Freqüentemente, são denominados Nephilim e
relacionados aos "anjos caídos".
Adão, tal como aparece no texto bíblico, é considerado o
primeiro ser humano criado por Deus. Seria, então, um indivíduo.
Entretanto, é de senso comum que a maior parte do Gênesis é
uma escritura essencialmente alegórica e, portanto, Adão pode ser entendido
como um nome genérico designativo de toda uma geração de humanos pertencente a
uma raça anterior ao surgimento do homo sapiens, a espécie humana
conhecida atualmente.
Essa concepção abre espaço teórico para a admissão da raça
ou raças pré-adâmicas. Seguindo a mesma lógica e considerando o conhecimento
contemporâneo da geologia, é perfeitamente admissível que catástrofes naturais
como o dilúvio não tenham ocorrido somente uma vez na história do planeta; ao
contrário, vários cataclismos mudaram a face da Terra aos longo das eras.
Estes episódios são mencionados em numerosos textos das mais
diferentes culturas. Os registros sobre os gigantes aparecem sempre
relacionados a uma época bem anterior ao "Adão bíblico".
Muitos estudiosos, entre os quais o mais popular é autor
de best sellers Eric Von Daniken (Eram os Deuses Astronautas e
outros), têm interpretado os "anjos caídos" ou a "queda dos
anjos" como uma visita de seres extraterrestres que chegaram a este
planeta em um tempo que a ciência denomina de pré-história.
Tais
seres teriam realizado um mega-processo de colonização da Terra que incluiu
interferências na atmosfera e experiências genéticas cujo resultado foi a
espécie humana; uma espécie que evoluiu através de diferentes tipologias cuja
descêndencia é a humanidade contemporânea.
Uma das "pistas" mais citadas para a interpretação
das personas angélicas com seres de outros planetas é a palavra
"elohim", que também aparece no Gênesis bíblico referindo-se ao
"Criador de todas as coisas", o "o Senhor". Ocorre que
"elohim" é uma plural que significa "deuses", em
contraposição ao singular "Elohi".
Outra palavra que sugere um Criador ou uma criatura
humanóide é "Jeová", cuja análise etimológica revela a contração de
dois vocábulos hebraicos "Yod + Eva", mais precisamente,
"Jah-Hovah" ou ainda "Jod-Hoavah", duas palavras que se
referem a "macho" e fêmea", respectivamente, ou seja, um ser
hermafrodita.
o Hermafroditismo teria sido uma característica das
primeiras raças humanas tal como aparece na estrutura biológica de alguns
organismos que existem até hoje, especialmente entre criaturas microscópicas,
planta ou em vermes, como a minhoca.
RAÇA DESAPARECIDA
A Doutrina Secreta defendida pelos adeptos da Teosofia
apresenta uma teoria completa da evolução das raças humanas ou Antropogênese,
começando por seres etéreos e assexuados, passando por densificação dos corpos,
da forma, pelo hermafroditismo chegando, finalmente, às primeiras raças
sexuadas com indivíduos machos e fêmeas.
A Teosofia mantém essa hipótese sem nenhum recurso à
interferência de extraterrestres, atendo-se apenas a concepção de evolução
humana em tempo simultâneo ao próprio surgimento da Terra, em seus primórdios,
como esfera em estado de fusão e densidade mais próxima da matéria
líquido-gasosa (estado crítico) que se torna matéria sólida ao longo de
trilhões de anos.
Os gigantes, uma raça
de humanos desaparecida, seja como fruto de experiências genéticas de
extraterrestres ou uma raça arcaica, seriam, então, parte de uma cadeia de
tipos humanos criados em um ciclo natural de evolução da natureza terrena e
poderiam, de fato, ter existido. Mitologias de muitos povos falam desses homens
colossais.
Ainda na Bíblia, um deles chega a ser explicitamente
nomeado: Golias, um guerreiro filisteu, aquele que foi derrotado pelo pequeno
Davi, segundo rei dos judeus. Também os gregos contam histórias de gigantes
referindo-se a eles como uma primeira geração de filhos de deuses, nascidos da
união da Terra (Gaia) com o Céu (Urano):
Prometeu, o Titã,
acorrentado, sofre o castigo de Zeus por ter roubado o fogo dos deuses para
entregá-lo aos homens. A águia come o fígado do Titã que se recompõe
eternamente para ser novamente devorado. Prometeu foi salvo por Hércules.
ILUSTRAÇÃO: Rubens.
Entre os povos nórdicos, também chamados vikings, os
gigantes são personagens de inúmeras lendas, a começar pela Antropogênese, tal
como na Grécia. Ali, nas regiões geladas do norte europeu, o Gigante de neve
Ymir deu origem a todos os outros gigantes do mundo.
Somente depois dos gigantes é surge a raça de humanos tal
como a conhecemos hoje, criada por deuses. Na mitologia viking, gigantes,
homens comuns e deuses conviveram e muitas estórias falam de episódios
envolvendo as três raças, como a união entre o deus Freyr e a gigante Gerd.
Também são famosos gigantes como Kvasir, de cujo sangue foi feito o hidromel,
uma espécie de vinho que confere a quem o bebe a inspiração para criar poesias
magníficas. O hidromel era guardado por outro gigante, Suttung. Odin (um deus),
seduzindo a filha de Suttung, Gunnlod, também gigante, roubou a bebida mágica
que, desde então, tornou-se exclusiva para o consumo dos deuses.
Vários trechos de A Doutrina Secreta (obra
teosófica), no volume denominado Antropogênese, de H.P. Blavatsky, transcendem
a esfera da lenda fazendo referências históricas à existência dessas criaturas
fantásticas:
Porque,
em verdade existiram Gigantes (...) na ordem da criação, encontramos
testemunhos que atestam a existência, na flora, das mesmas dimensões
proporcionais, variando pari passu com as da fauna. (...) A série
evolutiva do mundo animal prova que o mesmo se passou nas raças humanas. (p.
294)
Tertuliano (...) certificou que havia, no seu tempo, um certo número de de
gigantes em Cartago (...) jornais de 1858 (...) mencionam o achado de um
"sarcófago de gigante" no sítio ocupado por aquela cidade. (...)
Filóstrato (...) fala de um esqueleto gigante de 22 côvados, visto por ele
próprio no promontório de Sigeu. (p. 196)
Era crença de toda a antiguidade, pagã e cristã, que a humanidade primitiva foi
uma raça de Gigantes. Algumas escavações feitas na América (em terraços e
cavernas) puseram a descoberto, em casos isolados, grupos de esqueletos com
nove e doze pés de altura.
Tais esqueletos pertencem a tribos dos primeiros tempos da
Quinta Raça [a atual] e cuja estrutura degenerou para a média atual de cinco a
seis pés. Podemos admitir sem dificuldade que os Titãs e os Ciclopes das idades
primitivas eram realmente da Quarta Raça (a Atlante) ... Ciclopes reais (...)
eram mortais dotados de "três olhos". (p. 311)
CICLOPES (...) as ruínas ciclópicas (assim chamadas até hoje) são uma
prova da existência dos Ciclopes, aquela raça de gigantes (...) a Quarta Raça
Primitiva (...) podia possuir três olhos, sem que o terceiro olho fosse
necessariamente no meio da testa ... (p. 312)
Os
"buddhas" do Vale Bamiyan, Afeganistão, destruídos pela ação da
milícia taleban. As estátuas maiores têm proporções colossais: 55 metros e 38
metros de altura, respectivamente.
Esses gigantes, cujo corpo e metabolismo ainda não eram inteiramente
densificados na matéria física atual, engendraram descendência com animais
gerando monstros hoje conhecidos, também através de relatos lendários, como
criaturas cuja aparência misturava características antropomórficas e
zoomórficas: sátiros, faunos, centauros, são os exemplos mais conhecidos.
Entre os testemunhos arqueológico-arquitetônicos da realidade de uma raça de
gigantes, os teósofos mencionam monumentos colossais bastante conhecidos:
pirâmides, que no passado foram consideradas como peculiaridade da civilização
egípcia, hoje espantam o mundo com suas similares; primeiro as descobertas na
América pré-colombiana e mais recentemente, pirâmides na Bósnia, na Ucrânia e
na China. Os círculos de pedras como Stonehenge (Inglaterra), que possuem seus
"aparentados" em vários lugares do mundo sendo que última ruína deste
tipo foi descoberta em território brasileiro, no estado do Amazonas.
As estátuas inexplicáveis e gigantescas da Ilha da Páscoa
(ilustração acima); os "budas" do Afeganistão, destruídos pelo
fanatismo religioso dos Talebans, muçulmanos que dominaram aquele país até
pouco tempo (até pouco depois da primeira metade da primeira década dos anos
2000), quando foram destituídos pela intervenção bélica norte-americana. Estes
cinco "budas" seriam, na verdade, representantes das cinco raças
humanas; quatro já extintas sendo a quinta, a raça atual.
Eram estátuas de tamanhos diferentes; a maior era colossal,
ou seja, uma referência às dimensões gigantescas dos homens entre a primeira e
a quarta raça. A raça contemporânea, de hoje, a quinta raça, de menor estatura,
foi precedida pelos gigantes Atlantes (quarta Raça) e Lemurianos (Terceira
Raça).
A primeira e a segunda Raças, formadas por indivíduos de proporções
também colossais não eram, porém, dotadas de corpos densos sendo por isso
denominadas de "os sem ossos".
O evolucionismo teosófico, que em tudo se contrapõe ao
darwinismo e à antropologia acadêmica ortodoxa, sustenta-se também recorrendo a
elementos da geologia e da bioquímica:
Há muito o homem contemporâneo acostumou-se a pensar em
gigantes, centauros, sereias e outros seres fantásticos como personagens
mitológicos, figuras simbólicas, alegorias cuja existência objetiva seria
completamente impossível.
Os relatos dos povos antigos são considerados como uma
incrível proeza de imaginação que, entretanto, de alguma forma, deve ter-se
perdido posto que a humanidade atual não é capaz de conceber nem sequer uma
pequena fração dessas fábulas por conta própria.
Até mesmo a simples forma física e a evolução das espécies
mostram como procede a Natureza. O gigantesco Sáurio coberto de escamas, o
Pterodáctilo, o Megalossauro e o Iguanodonte... todos esses monstros
"antediluvianos"... apareceram sob a forma de infusórios
filamentosos, sem carapaça nem concha, sem nervos, músculos e orgãos, nem sexo,
reproduzindo suas espécies por gemação, como o fazem também os animais
microscópicos... Por que então não podia suceder o mesmo ao homem?
Por que não haveria ele, em seu desenvolvimento, isto é, em
gradual condensação, de conformar-se à mesma lei? Todas as pessoas isentas de
preconceitos hão de preferir acreditar que a Humanidade Primitiva tinha
uma forma etérea - ou... uma forma imensa, filamentosa, de aspecto
gelatinoso que sob a ação de Deuses ou "Forças" naturais evolucionou
e se condensou durante milhões de séculos e que, em seu impulso e tendência
físicos chegou a assumir gigantescas proporções até ganhar estabilidade com enorme
forma física do homem da Quarta Raça [Atlantes]... (p 167/168)
Se podemos conceber uma bola de "névoa ígnea" que se converte pouco a pouco - à medida que gira nos espaços interestelares durante evos e evos - em um planeta, em um globo com luz própria para finalmente ser um Mundo ou uma Terra povoada de homens, havendo assim passado de corpo plástico e mole para um Globo rochoso; se vemos tudo evolucionar neste Globo desde o ponto gelatinoso...
Se podemos conceber uma bola de "névoa ígnea" que se converte pouco a pouco - à medida que gira nos espaços interestelares durante evos e evos - em um planeta, em um globo com luz própria para finalmente ser um Mundo ou uma Terra povoada de homens, havendo assim passado de corpo plástico e mole para um Globo rochoso; se vemos tudo evolucionar neste Globo desde o ponto gelatinoso...
Protoplasma, Monera, que logo passa do seu estado de
protista à forma animal para depois crescer e tornar-se um gigantesco e
monstruoso réptil... e mais tarde diminuir gradativamente até o tamanho do
crocodilo... como só o homem, então, poderia subtrair-se à lei geral? ... A
crença nos Titãs tem por fundamento um fato antropológico e fisiológico. (p
170)
Fonte: sofadasala
BIbliografia
Bíblia Sagrada. São Paulo: Ed. Claretiana, 2005.
BLAVATSKY, H.P.. A Doutrina Secreta vol III - Antropogênese. [Trad. Raymundo Mendes Sobral] São Paulo: Pensamento, 2001.
Giants - A Result of Genetic Warfare - IN TOHTH WEB (out of ewb)
Mitologia Greco-Romana - vol I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Os Viquingues vol I. (coleção Grandes Impérios e Civilizações). Madrid: Ed. del Prado, 1997.
Bíblia Sagrada. São Paulo: Ed. Claretiana, 2005.
BLAVATSKY, H.P.. A Doutrina Secreta vol III - Antropogênese. [Trad. Raymundo Mendes Sobral] São Paulo: Pensamento, 2001.
Giants - A Result of Genetic Warfare - IN TOHTH WEB (out of ewb)
Mitologia Greco-Romana - vol I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Os Viquingues vol I. (coleção Grandes Impérios e Civilizações). Madrid: Ed. del Prado, 1997.
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