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domingo, 14 de abril de 2019

Bioplástico comestível são feitos com resíduos de maçã e laranja para ajudar o planeta


 Imagine beber seu cafezinho no trabalho e depois comer o copo descartável? Pois a pesquisadora Veronika Bátori, que recentemente recebeu seu doutorado em “Recuperação de Recursos” na Universidade de Borås, na Suécia, está trabalhando para tornar isso possível. Ela deu os primeiros passos para criar produtos descartáveis ​​ou filmes bioplásticos a partir dos resíduos de frutas.

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Na tese “Desperdícios de frutas para biomateriais: desenvolvimento de biofilmes e objetos 3D em um sistema de economia circular”, ela explica as possibilidades de uso dos resíduos de maçãs e laranjas -, escolhidos pelo fato de serem mais difíceis de descartar. “Ambas contêm muita água e matéria orgânica e, se forem colocadas em aterros, criam uma produção descontrolada de metano. Tais frutas também são difíceis de queimar por causa da água e não funcionam bem como ração animal por causa dos altos níveis de açúcar e baixo pH”, afirma Veronika. 

A pesquisadora usou dois métodos para criar bioplásticos. Em um deles, chamado de método de fundição de solução, uma solução polimérica é fundida em uma superfície não pegajosa que, em seguida, seca a uma fina película de base biológica. O outro é chamado de moldagem por compressão, onde ela usa as propriedades de auto-ligação dos polímeros, por meio de pressão e calor, para criar objetos 3D.
Novos usos

“Os materiais se comportaram de maneira diferente nos diferentes métodos. Os filmes residuais de laranja eram mais fortes que os de bagaço de maçã, mas pequenos furos estavam presentes em sua estrutura. Para obter uma superfície uniformizada, precisávamos adicionar uma substância química com baixa concentração. Objetos 3D de bagaço de maçã, por outro lado, eram muito mais fortes do que os feitos de resíduos de laranja. Entretanto, nos dois casos o bagaço de maçã parecia mais fácil de trabalhar”, explica.



 Veronika descreve ambos processos como básicos e que não exigem muitos produtos químicos ou temperaturas tão altas. Além disso, tem um fator não é menos importante: o produto se propõe a ser comestível, agora será gostoso? “Os produtos do bagaço de maçã são mais saborosos. Eu provei quase todos os meus produtos. E eles são sem glúten”, garante a criadora do bioplástico. 



O potencial de substituir os materiais descartáveis ​​comuns é grande. O material pode ser usado para fazer copos, pratos, talheres. Já em relação aos filmes plásticos, eles podem ser usados ​​para embalar alimentos ou até para criar sacos de lixo para resíduos alimentares-, uma vez que podem se degradar na natureza. Alguns passos já foram dados, mas a pesquisadora salienta que é preciso aperfeiçoar a solução. “Os materiais precisam de melhorias, por exemplo, quando se trata de resistir a fluidos. Hoje, eles se dissolvem em água e isso não é uma boa propriedade para uma caneca, por exemplo. Então, precisamos de mais pesquisa e aprimoramento da produção”, conclui.


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