Os arqueólogos, que trabalham na região desde 2012, não
esperavam encontrar restos de uma comunidade que remonta ao terceiro
milênio a.C. "Kunara fornece novos elementos sobre um povo que
permaneceu desconhecido nos estudos da Mesopotâmia", disse Aline Tenu, da
missão arqueológica francesa que trabalha na região.
Artigo publicado no periódico do Centro Nacional
Francês de Pesquisa Científica (CNRS), explica que a pesquisa no local só foi
possível após a derrubada do líder iraquiano Saddam Hussein, em 2003. Com isso,
o Curdistão virou uma região autônoma.
Cinco áreas escavadas
revelaram grandes fundações de pedra que se estendem por metros e evidenciam
que eram antigas lavouras. Os pesquisadores também encontraram pedaços de
argila com cerca de 10 centímetros quadrados que tinham escrita cuneiforme – um
dos primeiros sistemas de escrita. Isso mostra que o povo “tinha
compreensão da escrita acádia e suméria, bem como de seus vizinhos
mesopotâmicos”, afirmou Philippe Clancier, especialista do CNRS.
Outros itens indicam que a cidade era rica e próspera e
mantinha relações comerciais com regiões distantes. Foram encontrados ossos de
ovelhas e porcos, restos de leões e ursos – animais de prestígio naquela
época –, sugerindo que a comunidade realizou caçadas ou recebeu
presentes.
Ferramentas e cerâmicas feitas de materiais nobres também
foram descobertas. "A cidade deve ter sido bastante próspera",
comentou Tenu. "Pedras raras como obsidiana e cornalina eram usadas para
produzir equipamentos comuns."
Artigo publicado
no periódico do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS),
explica que a pesquisa no local só foi possível após a derrubada do líder
iraquiano Saddam Hussein, em 2003. Com isso, o Curdistão virou uma região
autônoma.
Fonte: revistagalileu
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